Publicado em 09/01/2025 - Atualizado 09/02/2025

Dificuldade para engravidar? Entenda tudo sobre o assunto!

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),estima-se que uma a cada seis pessoas no mundo tem dificuldade para engravidar. Considera-se como infertilidade a incapacidade de gerar filhos, após um ano ou mais de tentativas regulares (sem uso de contraceptivos),por pessoas em idade fértil.

Neste conteúdo, explicamos tudo a respeito. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

Como saber se tenho dificuldade para engravidar?

Esta é uma dúvida que aflige muitas pessoas, boa parte delas jovens e saudáveis, à época que decidem ter um filho. O diagnóstico da infertilidade é confirmado pelo ginecologista especialista em reprodução humana.

Para tanto, o médico realiza uma anamnese aprofundada, faz uma avaliação física e pede alguns exames complementares, tanto para o homem como para a mulher. Os mais solicitados são:

Quais são as causas do problema?

A dificuldade para engravidar pode tanto ter origem na mulher como no homem. A seguir, mostramos algumas causas que podem estar atrapalhando a tão sonhada gravidez.

Causas da infertilidade feminina

Quando se trata de infertilidade feminina, há fatores de origem ovariana, tubária e peritoneal. Assim, as principais causas são endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e problemas na ovulação. Além delas, há outras razões, cuja incidência é bem menos expressiva.

Endometriose

A endometriose é caracterizada pelo crescimento do endométrio fora da cavidade uterina. Em alguns casos, a doença não apresenta sintomas específicos, o que pode dificultar o seu diagnóstico.

No entanto, a maioria das mulheres apresenta sinais do problema. Esses incluem dor pélvica, sobretudo as colicas menstruais progressivas – a cada mes pioram, menstruação irregular, com cólicas e/ou sangramentos intensos e desconforto durante as relações sexuais.

Para tratar a endometriose, o mais recomendado é realizar uma cirurgia para retirar os tecidos anormais e/ou aderências e desobstruir as tubas uterinas. Outras possibilidades são fazer uso de medicamentos específicos e, em último caso, para mulheres que estão tentando engravidar, optar pela fertilização in vitro (FIV).

Síndrome dos ovários policísticos

SOP ocorre quando os ovários apresentam inúmeros pequenos cistos que causam um desequilíbrio hormonal e afetam a ovulação da mulher. Para saber se possui o problema, é preciso ficar atenta aos sinais, como menstruação irregular, excesso de pelos, acne e ganho de peso. No entanto, somente exames de imagem e hormonais são capazes de oferecer um diagnóstico preciso.

Problemas na ovulação

Quando os óvulos não conseguem amadurecer, são danificados ou apresentam anomalias cromossômicas, dificilmente a mulher conseguirá engravidar. Esses problemas costumam ser mais comuns em mulheres acima de 35 anos, já que a qualidade dos óvulos diminui conforme o avanço da idade.

Conseguir se manter no peso ideal e/ou tomar medicamentos para melhorar a ovulação são medidas que podem resolver o problema. Mas quando essas estratégias não forem suficientes e houver o desejo de engravidar, o melhor a se fazer é optar pelos tratamentos de reprodução assistida.

Síndrome MRKR

A síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser (MRKR), mais conhecida como Síndroime de Rokitnaski, é caracterizada pela ausência do útero. Trata-se de uma condição rara, que atinge uma a cada cinco mil mulheres e costuma ser diagnosticada na adolescência, devido à ausência da menstruação.

Para as portadoras de MRKR gerarem filhos, é necessário contar com uma parente (consanguínea, de até quarto grau) que aceite “emprestar” o útero. Ou seja, é preciso uma barriga solidária para gestar o bebê.

Causas da infertilidade masculina

Muita gente acha, erroneamente, que a mulher é sempre a culpada pela infertilidade. A verdade é que os problemas de infertilidade também atingem os homens que, muitas vezes, podem ser os responsáveis pelo fracasso nas tentativas de gravidez. No caso deles, os principais são a varicocele e os problemas de ejaculação.

Varicocele

varicocele é um tipo de varizes, que deixa as veias dos testículos aumentadas. O problema provoca a elevação da temperatura nos órgãos, comprometendo a produção de espermatozoides.

Para diagnosticá-la, costuma-se realizar exames clínicos e uma ultrassonografia. Já para tratá-la, o procedimento cirúrgico é o método mais recomendado.

A cirurgia é bastante simples e o paciente recebe alta no mesmo dia. Os resultados podem ser avaliados entre três a seis meses após a operação, por meio de um espermograma. Lembrando que quanto mais precoce for a cirurgia, melhor a chance de melhora significativa do semem.

Problemas nos espermatozoides

A qualidade dos espermatozoides também pode prejudicar casais que estão tentando engravidar. A pouca quantidade ou até mesmo inexistência de espermatozoides, baixa mobilidade ou formato anormal não permitem que haja fecundação do óvulo.

Para tratar o problema, o paciente pode tomar medicamentos para aumentar a produção de espermatozoides e, se esse método não resolver, o mais indicado é realizar inseminação artificial, com espermatozoides de um doador, ou fertilização in vitro com a fecundação dos espermatozoides diretamente no óvulo, algumas vezes retirando-se esses espermatozoides diretamente do testiculo do homem.

Problemas de ejaculação

Defeitos congênitos, infecção ou uma vasectomia realizada anteriormente podem causar bloqueio dos dutos ejaculatórios. Isso, por sua vez, provoca a ausência de ejaculação ou a ejaculação retrógrada.

Apresentar pouca ejaculação ou ter a urina opaca pode ser sinal de problemas na ejaculação. Entretanto, a maioria dos homens não apresenta nenhum sintoma.

Em geral, o tratamento consiste na cirurgia para desobstrução dos dutos ejaculatórios ou na cirurgia de reversão da vasectomia. Pode-se, ainda, recorrer a um procedimento para retirar os espermatozoides “presos” e realizar uma FIV.

Condições laborais impróprias

Alguns ambientes de trabalho aumentam o risco do homem se tornar infértil. É o caso da exposição à radiação, ao calor excessivo, ao manuseio de solventes orgânicos, a metais pesados, entre outros fatores.

Maus hábitos

O cigarro é um vilão da fertilidade. Homens que fumam são fortes candidatos a terem problemas reprodutivos, pois a motilidade dos espermatozoides é comprometida.

O álcool é outro complicador. Quem bebe com frequência também pode ter uma diminuição na concentração de espermatozoides no sêmen, dificultando a gestação.

Mais recentemente o uso indiscriminado e duradouro de testosterona em jovens para performance e “esculpir” o corpo tem trazido grance baixa da produção espermatica, por vezez, irreversivel.

Ter tomado anticoncepcional provoca infertilidade?

Mulheres que tomam anticoncepcional por muitos anos e encontram dificuldade para engravidar, geralmente, associam o longo período de uso ao problema. Isso, no entanto, não passa de um mito.

Na verdade, o contraceptivo pode, até mesmo, preservar a fertilidade feminina. Isso porque, a medicação reduz os riscos de ter endometriose, cistos no ovário, miomas e pólipos uterinos — problemas que podem dificultar a concepção.

O fato é que, enquanto está usando a pílula, a mulher não percebe que algo pode estar comprometendo sua fertilidade. Acreditando que está tudo bem com sua saúde reprodutiva, ela começa as tentativas para engravidar logo depois de parar com o anticoncepcional. Sem sucesso, credita a dificuldade para a gestação ao longo período de uso do medicamento.

O organismo, porém, leva de um a três meses, em média, para retomar as funções interrompidas pela ingestão do hormônio para impedir a ovulação e reorganizar o ciclo menstrual da mulher. Contudo, isso não quer dizer que a concepção ocorrerá logo após o período de 30 a 90 dias a partir da interrupção da pílula. Algumas mulheres levam até um ano para engravidar depois que voltam a ovular.

O que causa a dificuldade para engravidar do segundo filho?

Mesmo quem já engravidou sem problemas, pode ter dificuldade para engravidar do segundo filho. A chamada infertilidade secundária depende de vários fatores: afinal, além do avanço da idade, muitas vezes, as condições clínicas do casal também podem ter mudado. Conheça-os a seguir.

Idade avançada

Dependendo da idade, a mulher pode se deparar com a queda na reserva ovariana. Isso porque, fatores naturais, decorrentes do próprio envelhecimento, fazem com que, a partir dos 35 anos, ela tenha menos óvulos e em pior qualidade.

Infelizmente, o envelhecimento dos óvulos dificulta a fertilização e pode provocar outros problemas. É o caso das anormalidades cromossômicas e do risco aumentado de abortamento.

Além disso, a idade do homem também pode levar à dificuldade para engravidar do segundo filho. Afinal, a quantidade e a qualidade dos espermatozoides também já não é mais a mesma da juventude, reduzindo as chances de uma fecundação natural. Ao mesmo tempo, o surgimento de varicocele pode levar à infertilidade.

Abortos de repetição

A maioria dos abortos espontâneos acontece por causa de anormalidades cromossômicas (como a Trissomia 16),as quais levam a malformações fetais. Como mencionado, as chances de mutações cromossômicas aumentam conforme as idades dos pais também aumentam. Além disso, quanto maior o histórico de abortos de repetição, maiores as chances de sofrer um novo abortamento.

Problemas de saúde

Diversas doenças podem ter sido adquiridas ou agravadas depois da primeira gravidez. Sabe-se, por exemplo, que quanto maior a idade da mulher, mais altas as chances dela desenvolver endometriose, condição que afeta, diretamente, a fertilidade.

Outro exemplo é a SOP, que ainda que tenha origem genética, pode aparecer tardiamente. Como já explicado, o problema leva a desequilíbrios hormonais, que comprometem a ovulação.

Outras doenças que, se não tratadas, também dificultam a gravidez são:

Sequelas de cesáreas ou curetagens

As sinéquias uterinas (cicatrizes e aderências) podem ser sequelas de cesáreas ou de curetagens. São fatores, geralmente, assintomáticos, mas que podem provocar infertilidade ou abortos de repetição.

Descuidos quanto ao estilo de vida

Após o nascimento do primeiro filho, muitos casais descuidam da saúde, apresentando má alimentação, sedentarismo, tabagismo e/ou problemas de saúde mental (como ansiedade e estresse). Isso, muitas vezes, é acompanhado por alterações extremas de peso (magreza excessiva ou obesidade). Somados, esses fatores também aumentam a dificuldade para engravidar do segundo filho.

Existe cura para a infertilidade (primária e secundária)?

Felizmente, em grande parte dos casos, a infertilidade tem cura. Com o devido tratamento, é possível reverter o diagnóstico, superar a dificuldade para engravidar e conceber o tão sonhado filho. Entre eles, destacam-se:

É importante ressaltar que, quanto antes o casal com dificuldade para engravidar buscar ajuda, maiores são as chances do tratamento ser mais simples e eficiente. Isso porque, tanto a reserva ovariana como a produção de espermatozoides diminuem, em quantidade e qualidade, com o passar dos anos.

Quando avaliar a fertilidade?

Um ano é o tempo indicado que uma mulher em idade reprodutiva, abaixo dos 35 anos, deve tentar engravidar antes de procurar ajuda médica especializada. Assim, caso a concepção não ocorra no prazo de 12 meses, os especialistas em reprodução humana recomendam que o casal busque investigar as causas.

Já quando a mulher tem mais de 35 anos, a orientação é outra. Nesses casos, o casal deve buscar assistência médica para averiguar o que pode estar impedindo a concepção após seis meses de tentativas de engravidar naturalmente.

Isso é necessário porque, como vimos, há muitas causas para a infertilidade feminina e a masculina. Portanto, somente um especialista em reprodução assistida pode realizar o diagnóstico e, quando necessário, indicar o tratamento adequado.

Quando é importante buscar apoio psicológico?

Por mais frequente que a dificuldade para engravidar naturalmente seja, para muitas pessoas esse tipo de diagnóstico é devastador. “No entanto, ninguém deve se sentir envergonhado nem desprivilegiado por ter que fazer um tratamento de reprodução assistida”, afirma a psicóloga da Fecondare, Maria Gabriela Pinho Peixes.

E tem mais: “caso o desconforto seja grande, a ponto de trazer prejuízos às esferas conjugal, social e/ou profissional, busque terapias complementares, para enfrentar este momento do melhor modo possível”, continua a especialista. Não à toa, os tratamentos de reprodução assistida têm sido, cada vez mais, multidisciplinares. Isso inclui a colaboração de psicólogos, para minimizar o desgaste emocional, e outros especialistas, conforme as necessidades de cada paciente.

Por isso, em caso de dificuldade para engravidar, não se martirizem sozinhos. Um casal bem assistido tem boas chances de conseguir superar o problema e formar sua família! Para tanto, como explicado, é importante procurar um especialista em reprodução humana o mais breve possível!

Caso tenha ficado com alguma dúvida, fique à vontade para entrar em contato. Ou, se preferir, agende uma consulta e faça uma avaliação individualizada com os profissionais da Fecondare, clínica de fertilidade localizada em Florianópolis, SC!

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Publicado por: Equipe Fecondare

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