Publicado em 03/08/2016 - Atualizado 08/11/2023

Síndrome dos ovários policísticos e tratamentos de reprodução assistida

sindrome-dos-ovarios-policisticos-diagnostico-e-tratamentos

síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição endócrina comum que afeta muitas mulheres em todo o mundo. Além dos sintomas físicos e emocionais que a SOP pode causar, uma das preocupações mais significativas para as mulheres que vivem com essa condição é a dificuldade de engravidar.

O distúrbio causa desequilíbrio hormonal, que interfere no processo normal de ovulação e leva à formação de pequenos cistos. A estimativa é de que 20% das mulheres em fase reprodutiva são portadoras da síndrome.

Neste artigo, abordaremos a síndrome dos ovários policísticos, seus sintomas, sua relação com a infertilidade e os tratamentos de reprodução assistida disponíveis.

Quais são os sintomas da síndrome dos ovários policísticos?

O sinal de alerta para a existência da SOP são os ciclos menstruais irregulares, já que a ovulação, nesses casos, ocorre com pouca frequência. Os cistos que se formam modificam a estrutura ovariana.

Em geral, os ovários atingem um tamanho três vezes maior que o normal. A disfunção também faz o organismo secretar uma quantidade maior de hormônios masculinos o que traz efeitos na pele como acne e aumento dos pelos.

resistência à insulina também é outro sintoma da condição. Mulheres com SOP têm dificuldade em utilizar a insulina efetivamente, o que pode levar a problemas metabólicos, como ganho de peso e diabetes tipo 2.

As causas da síndrome dos ovários policísticos não estão bem definidas. O que se sabe é que parte dos fatores que estão associados a ela é genética. Mulheres que são irmãs ou filhas de portadoras do distúrbio têm 50% de chance de desenvolvê-la.

Síndrome dos ovários policísticos é confirmada por meio de exames

dificuldade para engravidar é uma característica comum da síndrome dos ovários policísticos. A suspeita deste ser o motivo que impossibilita a gestação é confirmada pela avaliação dos sintomas e do histórico médico da mulher.

São considerados, também, os exames clínicos e de sangue. Os que costumam ser solicitados para medir os níveis dos hormônios no organismo feminino são:

  • dosagem dos hormônios FSH, LH, Estradiol, TSH, SDHEA, Testosterona total, 17-OH progesterona (entre o 2º e 3º dias do ciclo menstrual);
  • curva de insulina associada à curva de glicemia e teste de intolerância à insulina;
  • ultrassom ginecológico transvaginal ou pélvico.

O ultrassom é um exame de imagem capaz de mostrar a presença de cistos nos ovários, mas que não consegue, sozinho, identificar as causas da irregularidade menstrual ou das outras manifestações. É, apenas, um exame complementar aos demais.

Tratamento depende da vontade da mulher de engravidar

Como dito anteriormente, a irregularidade menstrual e a falta de ovulação regular podem dificultar a gravidez natural. Contudo, a boa notícia é que muitas mulheres com a condição podem realizar o sonho da maternidade com a ajuda de tratamentos de reprodução assistida.

No geral, há duas formas de tratar a síndrome dos ovários policísticos. Uma se aplica às mulheres que desejam engravidar, enquanto a outra é indicada para aquelas que preferem adiar a maternidade ou não têm vontade de ser mães.

No primeiro caso, o médico especialista em reprodução humana assistida pode receitar anticoncepcionais hormonais no começo do tratamento para regularizar a menstruação antes de iniciar as medicações para induzir a ovulação. Os ciclos menstruais normais aumentam a chance de ovulação e gravidez.

Entre os outros procedimentos para tratar a SOP, destacam-se:

Inseminação artificial

inseminação artificial é outra opção de tratamento de reprodução assistida para mulheres com SOP. Este procedimento envolve a inserção direta de espermatozoides de alta qualidade no útero durante o período de ovulação.

Antes da inseminação, as mulheres podem receber medicações para estimular a ovulação, semelhantes às usadas na indução da ovulação. O objetivo é aumentar a quantidade e a qualidade dos óvulos disponíveis para a fertilização. Esse tratamento é uma opção menos invasiva e mais acessível em comparação com a FIV, outra alternativa terapêutica sobretudo nos casos onde o parceiro tem um semem limítrofe no numero e na motilidade dos espermatozoides.

Fertilização in Vitro

Fertilização in vitro (FIV) é um tratamento de reprodução assistida mais avançado e eficaz. Nesse procedimento, os óvulos e espermatozoides são coletados e fertilizados em laboratório, e os embriões resultantes são transferidos para o útero.

Para mulheres com SOP, a estimulação ovariana controlada é frequentemente usada para aumentar a produção de óvulos. Isso é feito com medicações hormonais e acompanhamento cuidadoso por meio de exames de ultrassom.

Após a coleta dos óvulos e a fertilização bem-sucedida, um ou mais embriões de alta qualidade são selecionados e criopreservados, Eles serão transferidos para o útero da mulher num segundo momento quando os ovarios tiverem regredidos ao seu estado normal o que evita a Sindrome do Hiperestimulo ovariano.

No caso das mulheres com síndrome de ovários policístico que não estão tentando engravidar, o tratamento ocorre por meio de pílula anticoncepcional ou outros métodos contraceptivos à base de hormônio, na intenção de restaurar o equilíbrio hormonal. Contudo, a menstruação só se mantém normal enquanto a mulher estiver medicada. A interrupção no uso da contracepção restabelece os sintomas da SOP.

Independentemente do motivo, a síndrome dos ovários policísticos merece atenção e tratamento, pois favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, do diabetes tipo 2 e obesidade, na fase do climatério feminino.

Se você ou alguém que você conhece está tentando engravidar, mas tem SOP, não hesite em entrar em contato com a Fecondare, clínica especializada em fertilidade e reprodução assistida. Realize o agendamento de uma consulta para uma avaliação individualizada e indicação do tratamento mais adequado para o seu caso.

Inscreva-se em nossa newsletter.

Receba mais informações sobre cuidados para a saúde em seu e-mail.

Publicado por: Equipe Fecondare

Filtre por temas:

Filtre pelo formato de conteúdo

Assine nossa newsletter!

    Assine nossa newsletter!

      (48) 3024-2523

      Rua Menino Deus, 63 Sala 302. Baía Sul Medical Center - Centro CEP: 88020-203 – Florianópolis – SC

      Diretor técnico médico: Dr Jean Louis Maillard - CRM-SC 9987 RQE 5605

      LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais A Clínica Fecondare trata com seriedade, confidencialidade e integridade todos os dados pessoais que se encontram sob a sua responsabilidade. Aqui cuidamos não apenas da sua saúde, mas também do sigilo das informações dos pacientes, colaboradores, médicos, prestadores de serviço e fornecedores. Requisições relacionadas à Lei Geral de Dados Pessoais (LGPD)? Entre em contato com a Clínica Fecondare. E-mail: contato@fecondare.com.br

      Termos e Serviços
      Política de privacidade
      <
      2024 © Clínica Fecondare - Todos os direito Reservados
      Desenvolvido por esaude