Casais que não conseguem engravidar naturalmente, muitas vezes, recorrem à ajuda médica especializada. Uma das primeiras lições de quem pretende fazer um procedimento de reprodução assistida é entender a diferença entre os tipos de tratamentos. A fertilização in vitro (FIV),por exemplo, pode ser feita de maneira convencional ou com uso da injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI, na sigla em inglês). Mas qual é a diferença entre FIV e ICSI?
Neste artigo, mostramos como cada uma é realizada. Para conhecer as respectivas indicações, continue a leitura!
Como é uma FIV convencional?
A FIV é uma técnica de reprodução assistida que promove o encontro entre o gameta masculino e o feminino. Assim, o embrião é formado in vitro, em um objeto que reproduz as condições das trompas.
Bons candidatos à FIV
Para ser considerado um bom candidato à Fertilização In Vitro, é preciso:
- que o útero esteja saudável, em plenas condições para receber o embrião;
- que, pelo menos, um ovário responda aos medicamentos indutores de ovulação;
- que o sêmen contenha, no mínimo, um milhão de espermatozoides de boa qualidade.
Vantagens e desvantagens
A vantagem é que a gestação por meio da FIV é semelhante à espontânea: os índices de abortamento e malformação fetal são os mesmos. A desvantagem é que, se os espermatozoides tiverem qualquer alteração, as chances de engravidar diminuem consideravelmente.
Outro aspecto relevante: na FIV convencional, o período entre a primeira consulta e a realização do primeiro exame de gravidez é de cerca de 45 dias. Porém, se houver necessidade de fazer um tratamento para aumentar a fertilidade, demora ainda mais.
Como é uma ICSI?
A ICSI também é um processo realizado na fertilização in vitro. Porém, nessa técnica o encontro dos gametas passam por uma seleção anterior. Para isso, os espermatozoides selecionados são inseridos diretamente no óvulo.
Bons candidatos à ICSI
A ICSI é indicada, principalmente, em casos de infertilidade masculina grave. Por exemplo, em homens:
- com número muito baixo ou ausência de espermatozoides no sêmen, mas que podem ser extraídos, cirurgicamente, dos testículos ou dos epididimos;
- com espermatozoides de baixa qualidade, devido a alterações na motilidade e/ou na estrutura;
- diagnosticados com ejaculação retrógrada;
- que tenham sofrido um trauma na medula espinhal e estejam com problemas de ereção e ejaculação.
Outra situação relativamente comum é o uso da ICSI para fertilização com amostras de sêmen criopreservadas. Isso pode ser feito por indicação dos médicos em pacientes submetidos a tratamentos oncológicos ou à cirurgia de vasectomia reversível.
Vantagens e desvantagens
A ICSI otimiza o uso dos gametas masculinos. Ela permite que o espermatozoide selecionado seja introduzido, diretamente, no citoplasma do ovócito.
Isso é particularmente importante em casos de um material genético limitado. Nessas situações, a ICSI amplia as chances de sucesso.
Outro aspecto relevante: bastam apenas 5 dias para que os melhores embriões sejam selecionados. Cerca de 10 dias depois, a gestação já pode ser confirmada. Já a desvantagem, por assim dizer, é o custo mais elevado se comparado à FIV convencional.
Qual é a diferença entre FIV e ICSI?
A principal diferença entre FIV e ICSI é a otimização em relação ao uso dos espermatozoides. A FIV usa a técnica convencional, na qual cada óvulo recebe, em média, 100 mil espermatozoides.
Nela, a fecundação ocorre in vitro. Porém, se espermatozoides tiverem baixa qualidade isso, dificilmente, ocorrerá.
Já para realização da ICSI, colhe-se uma amostra de sêmen por meio de punção ou microdissecção testicular. Depois de uma rigorosa análise, seleciona-se os espermatozoides de melhor qualidade.
Sendo assim, na ICSI é necessário um único espermatozoide saudável — o qual é introduzido, diretamente, no óvulo. Isso aumenta suas chances de ser fecundado.
Como escolher a melhor técnica?
Cada paciente apresenta uma necessidade. Por isso, cabe ao especialista em reprodução assistida definir o melhor tratamento.
No caso das mulheres, antes de iniciar a indução de ovulação, o médico avalia o estado das trompas. Ao mesmo tempo, a idade e o histórico clínico também são levados em consideração.
O estilo de vida é mais um fator importante. Pacientes tabagistas, alcoólatras, drogadas, com sobrepeso ou obesidade e, até mesmo, que estão sempre estressadas, têm mais dificuldade para engravidar.
No caso dos homens, antes de coletar os espermatozoides, o médico solicita a contagem dos gametas e pede uma série de exames. Dessa forma, pode investigar as causas da infertilidade masculina.
Esperamos que o artigo tenha ajudado a entender a diferença entre FIV e ICSI. Independentemente da técnica, o que se sabe é que as chances de a FIV ou da ICSI resultarem em uma concepção bem sucedida é maior em mulheres com até 35 anos de idade, consideradas jovens em termos reprodutivos. Por isso, não demore para buscar ajuda.
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