Publicado em 15/12/2021

Passo a passo para realizar uma reprodução assistida

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Para fazer uma reprodução assistida, é preciso se consultar com um especialista na área e receber a indicação para esse tipo de tratamento. O processo costuma demorar alguns dias e exige comprometimento para com as orientações do médico responsável — bem como uma boa dose de paciência para lidar com a ansiedade.

Quer conhecer o passo a passo de um tratamento de reprodução assistida? Então, continue a leitura!

Quais são as etapas de um tratamento de reprodução assistida?

Cada vez mais, as técnicas de reprodução assistida auxiliam pessoas a realizar o sonho de ter filhos e construir uma família. Ao longo desse caminho, alguns passos são essenciais. Conheça-os a seguir!

1. Escolher a clínica

Um dos principais passos, quando se decide por um tratamento de fertilidade, é a escolha do médico e da clínica de reprodução assistida. Procure um centro de referência em reprodução assistida que, de preferência, possua uma equipe multidisciplinar à disposição dos pacientes.

2. Fazer os exames

Para indicar a melhor técnica, aumentando as chances de sucesso do tratamento, o especialista precisa realizar uma pesquisa aprofundada e detalhada da saúde do paciente. Isso exige uma bateria de exames complementares.

No caso das mulheres, os principais exames para investigar a infertilidade são:

  • exames de sangue, para verificar os níveis hormonais;
  • ultrassonografia transvaginal, para analisar a função ovariana;
  • histerossalpingografia (um raio X contrastado),para avaliar se existem desvios anatômicos e/ou funcionais no útero e nas trompas de falópio comprovando se estas tem permeabilidade.

No entanto, para cada caso, diversos outros exames podem ser solicitados. Por exemplo, a colposcopia, a videolaparoscopia, a cistoscopia, a urografia excretora e a histeroscopia.

Nos homens, os exames mais requisitados são o espermograma, para analisar o sêmen, e exames de sangue para medir os níveis hormonais. Dependendo do caso, o médico também pode solicitar uma ultrassonografia da bolsa escrotal ou uma biópsia dos testículos.

3. Iniciar o tratamento

Com o diagnóstico em mãos, o especialista pode indicar o tratamento. Existem várias técnicas de reprodução assistida, capazes de atender a diferentes necessidades.

4. Realizar o acompanhamento psicológico

Nessa fase, é importante passar por um acompanhamento psicológico. O preparo emocional dos futuros pais facilita o enfrentamento das questões relacionadas à gravidez assistida, facilitando o processo ao longo do tratamento.

Quais são as principais técnicas de reprodução assistida?

A reprodução assistida abrange um conjunto de métodos utilizados pela medicina para auxiliar pacientes que desejam gerar filhos, mas não conseguem engravidar pelos métodos naturais. Isso acontece por meio da manipulação:

  • de, pelo menos, um dos gametas (espermatozoides e/ou óvulos);
  • dos meios de fecundação, onde são preparadas as condições necessárias para que o processo ocorra da maneira esperada.

Para atingir o objetivo esperado pelo paciente e equipe médica, é possível adotar várias técnicas de reprodução assistida. Conheça-as a seguir.

1. Fertilização in vitro (FIV)

fertilização in vitro é uma técnica considerada de alta complexidade. O tratamento começa com a estimulação ovariana (administração de hormônios),para aumentar o número de óvulos disponíveis para a fertilização.

Quando os folículos atingem o tamanho adequado, realiza-se a punção (coleta) dos óvulos. Ao mesmo tempo, coleta-se o sêmen do parceiro. Na etapa seguinte, os gametas são colocados em uma placa de Petri, dentro de uma incubadora que simula as condições da trompa, para que ocorra a fecundação. Por fim, o embrião gerado é transferido para o útero da paciente.

As taxas de sucesso da FIV variam conforme o caso, podendo chegar a mais de 30%, para mulheres com menos de 35 anos. Conforme o avanço da idade, esse percentual diminui.

2. Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

injeção intracitoplasmática de espermatozoides é uma técnica de reprodução assistida semelhante à FIV. A diferença está na etapa final do procedimento.

Na ICSI, a fecundação é feita por meio da injeção de um único espermatozoide, diretamente, no óvulo. Isso aumenta as chances de sucesso, principalmente, em casos de fator masculino grave.

3. Indução da ovulação com coito programado

coito programado, também chamado namoro programado, é uma técnica considerada de baixa complexidade. Para realizá-la, é preciso fazer a estimulação ovariana e acompanhar o desenvolvimento dos folículos, por meio de ultrassonografias seriadas.

Quando atingem o tamanho ideal, administra-se um outro hormônio, para induzir a ovulação. Nessa etapa, os parceiros são orientados a manter relações sexuais nas próximas 36 horas.

4. Inseminação artificial (IA)

inseminação artificial, também chamada inseminação intrauterina (IIU),é outra técnica de reprodução assistida considerada de baixa complexidade. Nesse procedimento, os espermatozoides (do parceiro ou de um banco) são “preparados” em laboratório e depositados no fundo do útero no momento em que a mulher, devidamente estimulada, estiver ovulando para que ocorra a fecundação.

As taxas de sucesso da IA variam em função de diversos fatores. Mas, quando corretamente indicada e bem executada, ficam entre 10 a 20%.

5. Congelamento de óvulos, sêmen e embriões

congelamento de óvulos, sêmen e embriões, conhecido como criopreservação, é recomendado para pessoas que decidem ou se veem obrigadas a adiar a maternidade. Graças ao procedimento, é possível preservar a quantidade e a qualidade das células reprodutivas para uso futuro.

No caso das mulheres, para fazer a criopreservação é preciso seguir as etapas da estimulação ovariana, punção folicular e vitrificação (técnica de congelamento). Nos homens, é preciso coletar a amostra de sêmen, fazer as análises e realizar a vitrificação.

Em relação ao congelamento de embriões, o procedimento é realizado em casais que passam pela fertilização in vitro e obtêm um excedente de embriões. Dessa maneira, os mesmos podem ser usados em gestações futuras.

Quando procurar uma clínica de reprodução assistida?

Caso você esteja com dificuldades para engravidar, procure um especialista. As sociedades médicas recomendam que mulheres com menos de 35 anos busquem ajuda após um ano de tentativas infrutíferas e, com mais, após seis meses.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que a idade máxima para as candidatas à gravidez assistida seja de 50 anos. Porém, pode haver exceções.

Para concluir, como mostrado, somente após a análise do casal, é possível definir a técnica de reprodução assistida mais indicada. Portanto, adote critérios rigorosos na escolha da clínica e siga as orientações da equipe médica responsável. Essa é a maneira mais segura e eficiente de ir em busca do seu maior sonho!

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Publicado por: Dra. Ana Lúcia Bertini Zarth - Ginecologista - CRM-SC 8534 e RQE 10334
Formada na Faculdade de Medicina da PUC – RS em 1993, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 1997.

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