Publicado em 13/12/2019 - Atualizado 15/05/2020

Sífilis uma doença que afeta diretamente a fertilidade

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Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Geralmente, apresenta diversas manifestações clínicas e também se manifesta em variados estágios de infecção, podendo chegar até o nível terciário.

Essa é uma doença muito séria e que merece tratamento imediato para evitar o risco de complicações. Isso, pois a Sífilis pode colocar em risco a saúde do bebê, caso a mulher que tenha contraído a doença, esteja grávida.

Além disso, a Sífilis pode causar infertilidade, quando não tratada no momento certo.

Leia o artigo para entender mais sobre as complicações da Sífilis e o nível de gravidade que a doença pode apresentar para a saúde dos adultos e do bebê, em caso de gestação.

Sífilis: como identificar e tratar a doença?

Para diagnosticar a doença, é necessário realizar o teste rápido, que emite o resultado em 30 minutos, aproximadamente. Caso o teste dê positivo, uma amostra de sangue será encaminhada para maior investigação em laboratório. A partir da confirmação, é iniciado o tratamento.

tratamento da Sífilis consiste na aplicação de penicilina benzatina (benzetacil), principal via de combate à bactéria. É muito importante tratar da doença o quanto antes, já que dentre as suas complicações, está a infertilidade.

Sífilis e infertilidade

A Sífilis pode causar a infertilidade, pois a demora para tratar a doença pode acentuar os sintomas e afetar a tuba uterina, que consiste no caminho que transporta os espermatozoides até o encontro do óvulo. Dessa forma, as funções da tuba uterina podem ser obstruídas ou totalmente danificadas, desencadeando um diagnóstico de infertilidade.

No caso dos homens, é possível que o canal da urina inflame, assim como a próstata e o epidídimo, o que interfere na qualidade do sêmen e, consequentemente, também pode afetar a fertilidade.

Mais grave ainda do que ser diagnosticado com sífilis é quando a paciente está grávida. Isso pode ser muito perigoso, pois o bebê pode contrair a doença. Chamamos essa extensão da doença de sífilis congênita:

Sífilis congênita: como diagnosticar e tratar?

Quando o diagnóstico da sífilis é confirmado em uma mulher grávida, é preciso tomar muito cuidado para que a doença não se classifique em sífilis congênita, que acontece quando o feto contrai a doença.

É importante considerar que a emissão de um diagnóstico correto para a sífilis congênita avalia a história clínico-epidemiológica da mãe, assim como o exame físico da criança e outros exames laboratoriais e radiológicos. Por isso, é fundamental que a mãe seja testada, pelo menos, no primeiro e terceiro trimestre de gestação e no momento do parto, além de casos de abortamento.

Porém, diferente de um diagnóstico de sífilis comum, quando a mulher está grávida, o tratamento deve ser iniciado logo na primeira confirmação do teste, excluindo a necessidade de esperar pelo resultado laboratorial. Isso, pois o risco de que o feto se contamine com a doença é alto.

Dessa forma, a mãe deverá ser introduzida ao tratamento com penicilina benzatina, o único medicamento capaz de prevenir a transmissão para o feto. Além disso, a parceria sexual de contato também deve passar pelos exames para verificar a presença da doença e, consequentemente, a reinfecção para a gestante.

Além disso, o início do tratamento deve acontecer em até 30 dias antes do parto, respeitando os intervalos necessários entre uma dose e outra.

A importância do tratamento precoce da Sífilis congênita

Caso a sífilis congênita não seja tratada no momento correto, é possível que hajam complicações severas para o bebê, como:

  • parto prematuro;
  • má-formação do feto;
  • cegueira;
  • deficiência mental;
  • surdez.

Além disso, as chances de abortamento são grandes, em casos de Sífilis congênita e, por isso, é tão importante manter-se atento à doença para tentar evitá-la. No entanto, caso não seja possível, esteja atento à sua saúde e procure um médico com urgência.

Previna-se

Por isso, é tão importante se prevenir das doenças sexualmente transmissíveis (DST) e, ao mesmo tempo, tratá-las no início, para evitar que surjam complicações. Faça uso do preservativo durante as relações sexuais e mantenha atenção aos parceiros.

Da mesma forma, não espere por sintomas para procurar ajuda, certifique-se de fazer os exames de rotina e verificar como anda sua saúde.

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Publicado por: Dr. Marcelo Costa Ferreira - Ginecologista - CRM/SC 7223 e RQE 2935
Formado em Medicina pela FURB, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Especialização em Reprodução Humana no Centro de Referência da  Saúde da Mulher em São Paulo e Especialização em Reprodução Assistida

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