Para casais que estão tentando engravidar naturalmente, conhecer o dia da ovulação no ciclo menstrual é essencial. Afinal, é justamente neste momento que as chances da concepção ocorrer se tornam maiores. No entanto, identificá-lo nem sempre é fácil. Inclusive, algumas mulheres apresentam ciclos anovulatórios (sangramento vaginal sem, necessariamente, ovular).
Quer saber mais a respeito? Para esclarecer essas e outras questões, continue a leitura!
Como descobrir o dia da ovulação no ciclo menstrual?
A ovulação depende do funcionamento adequado de diferentes órgãos e da ação de inúmeros hormônios. Em ciclos menstruais regulares, é relativamente fácil calcular o momento da ovulação. Já nos irregulares, precisá-la se torna mais difícil.
Para descobrir o dia da ovulação no ciclo menstrual, existem diversas técnicas. O calendário menstrual e o monitoramento da temperatura corporal, por exemplo, são métodos bastante conhecidos. A seguir, mostramos qual deles deve, ou não, ser levado em conta.
Calendário menstrual
O calendário menstrual demora alguns meses para ser concluído. Isso porque, ele é feito a partir:
- da anotação do primeiro dia da menstruação, durante alguns ciclos menstruais;
- da contagem de quantos dias se passaram entre o início de um ciclo e outro, para obter sua duração média;
- da inserção desses dados na calculadora da ovulação, para, enfim, determinar o período fértil.
Monitoramento da temperatura corporal
Ao contrário do calendário menstrual, o monitoramento da temperatura corporal não é um bom método quando se pretende engravidar. Isso porque, quando se percebe o aumento da temperatura, o momento ideal da concepção já passou. Esse, vale reforçar, ocorre dois dias antes da ovulação, propriamente dita.
Combinação de fatores sugestivos
É importante lembrar que a associação de alguns fatores ajuda a descobrir se a mulher ovulou. São eles:
- a existência de ciclos regulares, curtos ou longos (com duração de 21 a até 40 dias entre uma menstruação e outra);
- a presença de secreção vaginal transparente, com textura semelhante à clara de ovo;
- a ocorrência sintomas característicos, tais como maior sensibilidade nas mamas, aumento da retenção de líquido e alterações de humor e/ou apetite.
Como saber se a mulher está ou não ovulando?
Quando há dúvida se há, ou não, ovulação, recomenda-se realizar a dosagem de progesterona. O exame deve ser feito de 18 a 24 dias após o primeiro dia da última menstruação.
Se a taxa estiver alta, significa que a ovulação já ocorreu. Assim, a mulher pode se considerar no período ovulatório, pois a progesterona é produzida pelo mesmo hormônio que permite a ovulação, o hormônio luteinizante (ou LH).
O momento ideal para ter relação sexual com o objetivo de engravidar é de um a dois dias antes da ovulação. Como explicado, a melhor maneira de identificar a ovulação é por meio das características da secreção vaginal ou da dosagem de LH.
Além disso, a ultrassonografia transvaginal seriada também pode ser usada para esse fim. Existe, ainda, um último teste: a dosagem hormonal de estradiol e do hormônio folículo-estimulante (FSH) realizadas no início do ciclo reprodutivo. Essas medições, no caso, mostram a reserva ovariana, ou seja, revelam o potencial fértil daquela mulher.
E no caso de mulheres que não menstruam regularmente?
Existem testes específicos para identificar se mulheres com ciclos menstruais irregulares estão ovulando e em que momento isso acontece. Tratam-se de exames hormonais associados a ultrassonografias seriadas.
Esse tipo de investigação é conduzida por médicos especialistas em reprodução humana. Cabe a eles identificar as causas por trás da dificuldade para engravidar, bem como propor os tratamentos mais assertivos.
Entre as possíveis razões que levam aos distúrbios ovulatórios, pode-se citar:
- disfunções hormonais, devido à síndrome dos ovários policísticos (SOP), ao hipo ou hipertireoidismo, entre outros problemas;
- uso duradouro de certas medicações, como anticoncepcionais orais, antidepressivos, quimioterápicos, corticosteroides, antipsicóticos, entre outras;
- prática excessiva de esportes de alta intensidade, algo mais comum entre mulheres que são atletas profissionais;
- existência de doenças crônicas associadas, como o diabetes e a obesidade;
- um estilo de vida pouco saudável e estressante.
Já entre os tratamentos, as indicações variam conforme o quadro apresentado por cada casal. Geralmente, mulheres com ciclos irregulares conseguem engravidar com uma simples indução da ovulação com coito programado, técnica considerada de baixa complexidade.
Para concluir, por mais que saber o dia da ovulação no ciclo menstrual seja útil, muitas vezes, isso não é suficiente para conceber. Assim, cabe ao ginecologista conversar com a paciente sobre as características do seu ciclo e orientar a maneira correta de interpretá-lo. Além disso, é papel dele estimular, o quanto possível, sua autonomia sobre a capacidade reprodutiva, indicando medidas que potencializem suas chances de engravidar!
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