Publicado em 15/06/2024

Passo a passo para realizar uma reprodução assistida

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Você já buscou pelo termo “passo a passo reprodução assistida” e se surpreendeu com o resultado? De fato, existe uma sequência de etapas para realizar esse tipo de tratamento. No entanto, o processo não é igual para todo mundo, variando conforme as necessidades e preferências de cada paciente.

Neste artigo, mostramos quais são as fases envolvidas em um tratamento de reprodução assistida. Além disso, também explicamos, brevemente, quais são eles. Continue a leitura e saiba mais!

Passo a passo para reprodução assistida

O primeiro passo para fazer uma reprodução assistida é escolher uma clínica de fertilidade e se consultar com um especialista na área. Constatada a infertilidade, deve-se seguir as orientações do médico e demais profissionais envolvidos.

Quer conhecer os detalhes? Confira como é o passo a passo para reprodução assistida a seguir!

Passo 1: escolher a clínica e o médico

Quando se fala de passo a passo para tratamento de fertilidade, uma das principais etapas é a escolha do médico e da clínica de reprodução assistida. Nessa hora, procure por um centro de referência na área, que possua uma equipe multidisciplinar à disposição dos pacientes.

Passo 2: realizar a bateria de exames

Para indicar a melhor técnica de reprodução assistida, aumentando as chances de sucesso do tratamento, o especialista faz uma pesquisa aprofundada e detalhada da saúde dos pacientes. Isso, por sua vez, exige a realização de uma bateria de exames.

No caso das mulheres, os principais testes para investigar a infertilidade são:

  • exames de sangue, para avaliar os níveis hormonais;
  • ultrassonografia transvaginal, para analisar a função ovariana;
  • histerossalpingografia (um tipo de radiografia com contraste),para avaliar se existem desvios anatômicos e/ou funcionais no útero e nas trompas de falópio e checar sua permeabilidade.

No entanto, para cada caso, diversos outros exames podem ser solicitados. São exemplos: a colposcopia, a videolaparoscopia, a cistoscopia e a histeroscopia.

Já nos homens, os exames mais requisitados são o espermograma, para analisar o sêmen, e exames de sangue, para medir os níveis hormonais. Dependendo do caso, o médico também pode solicitar uma ultrassonografia da bolsa escrotal ou uma biópsia dos testículos.

Passo 3: iniciar o tratamento

Com o diagnóstico em mãos, o especialista em reprodução assistida pode, enfim, indicar o tratamento. Existem várias técnicas capazes de atender a diferentes necessidades — no decorrer do artigo, explicamos cada uma.

Passo 4: fazer acompanhamento psicológico

Como o passo a passo para reprodução assistida pode levar à ansiedade — gerada pelo sonho de ter filhos e construir uma família, é importante realizar um acompanhamento psicológico. Mesmo porque, o preparo emocional dos futuros pais contribui para o enfrentamento das questões relacionadas à gravidez assistida, facilitando o processo ao longo do tratamento.

Principais técnicas de reprodução assistida

A reprodução assistida abrange um conjunto de métodos utilizados pela medicina para auxiliar pacientes que desejam gerar filhos, mas não conseguem engravidar pelos métodos naturais. Isso acontece por meio da manipulação:

  • de, pelo menos, um dos gametas (espermatozoides e/ou óvulos);
  • dos meios de fecundação, onde são preparadas as condições necessárias para que o processo ocorra da maneira esperada.

Como mencionado, para atingir o objetivo esperado pelos pacientes e equipe médica, pode-se adotar uma ou outra técnica. Conheça-as a seguir.

1. Coito programado

indução da ovulação com coito programado, mais conhecida como namoro programado, é uma técnica de reprodução assistida considerada de baixa complexidade. Para realizá-la, deve-se fazer a estimulação ovariana e acompanhar o desenvolvimento dos folículos, por meio de ultrassonografias seriadas.

Quando atingem o tamanho ideal, administra-se um outro hormônio, para induzir a ovulação. Nessa etapa, os parceiros são orientados a manter relações sexuais nas próximas 36 horas.

2. Inseminação artificial

A inseminação artificial (IA), também chamada de inseminação intrauterina (IIU),é outra técnica de reprodução assistida considerada de baixa complexidade. Nesse procedimento, os espermatozoides (do parceiro ou de um banco) são “preparados” em laboratório e depositados no fundo do útero. Isso é feito no momento em que a mulher, devidamente estimulada, estiver ovulando, para que ocorra a fecundação.

As taxas de sucesso da IA variam em função de diversos fatores. Mas, quando corretamente indicada e bem executada, ficam entre 10 a 20%.

3. Fertilização in vitro

fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida considerada de alta complexidade. O tratamento começa com a estimulação ovariana (administração de hormônios),para aumentar o número de óvulos disponíveis para a fertilização.

Quando os folículos atingem o tamanho adequado, realiza-se a punção (coleta) dos óvulos. Ao mesmo tempo, coleta-se o sêmen do parceiro. Na etapa seguinte, os gametas são colocados em uma placa de Petri, dentro de uma incubadora que simula as condições da trompa, para que ocorra a fecundação. Por fim, o embrião gerado é transferido para o útero da paciente.

As taxas de sucesso da FIV variam caso a caso, podendo chegar a mais de 30%, para mulheres com menos de 35 anos. Mas, com o avanço da idade, esse percentual diminui.

Veja este conteúdo: Existe idade ideal para engravidar?

4. Mini-FIV

mini-FIV é uma alternativa “low cost” à FIV convencional. Nesse tipo de tratamento, a indução da ovulação é feita sem hormônios ou com uma quantidade muito pequena. No mais, as demais etapas permanecem as mesmas. Entretanto, por gerar menos óvulos, a taxa de gestação acaba sendo menor.

5. Injeção intracitoplasmática de espermatozoides

injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) é uma técnica de reprodução assistida semelhante à FIV. A diferença está na etapa final do procedimento.

Na ICSI, a fecundação é feita por meio da injeção de um único espermatozoide, diretamente, no óvulo. Isso aumenta as chances de sucesso, principalmente, em casos de fator masculino grave.

6. Congelamento de óvulos, sêmen ou embriões

O congelamento de óvulos, sêmen ou embriões, também conhecido como criopreservação, é recomendado para pessoas que decidem ou se veem obrigadas a adiar a maternidade. Graças ao procedimento, é possível preservar a quantidade e a qualidade das células reprodutivas para uso futuro.

No caso das mulheres, para fazer a criopreservação é preciso seguir as etapas da estimulação ovariana, punção folicular e vitrificação (técnica de congelamento). Nos homens, é necessário coletar a amostra de sêmen, fazer as análises e realizar a vitrificação.

Saiba mais emPor que realizar a criopreservação de óvulos antes dos 35 anos?

Em relação ao congelamento de embriões, o procedimento é realizado em casais que passaram pela FIV convencional ou pela ICSI e obtêm um excedente de embriões. Dessa maneira, os mesmos podem ser usados em gestações futuras.

Quando procurar uma clínica de reprodução assistida?

Caso você esteja com dificuldades para engravidar, procure um especialista em reprodução humana. As sociedades médicas recomendam que mulheres com menos de 35 anos busquem ajuda após um ano de tentativas infrutíferas e, com mais de 35 anos, após seis meses.

Não deixe de lerA ação do tempo também compromete a capacidade reprodutiva dos homens

No entanto, é possível — e altamente recomendado — fazer o aconselhamento pré-concepcional assim que decidir engravidar. Isso permite prevenir complicações e, até mesmo, facilitar uma eventual necessidade de tratamento. Vale lembrar que as técnicas de reprodução assistida são mais bem-sucedidas em mulheres com menos de 35 anos.

Até que idade é possível fazer um tratamento de reprodução assistida?

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que a idade máxima para as candidatas à gravidez assistida seja de 50 anos. Isso, vale destacar, desde que existam chances reais de sucesso e baixo risco de complicações, tanto para a mulher como para o(s) bebê(s).

Porém, podem haver exceções, as quais são pautadas em critérios técnicos e científicos, fundamentados pelo médico responsável. Quando considerados plausíveis e há o devido consentimento dos pacientes acerca dos riscos, o tratamento pode ser feito após o limite de idade.

Para concluir, o passo a passo para reprodução assistida é composto por quatro etapas imprescindíveis. Como mostrado, somente após a análise dos pacientes é possível definir a técnica mais indicada. Portanto, adote critérios rigorosos na escolha da clínica e siga as orientações da equipe médica responsável. Essa é a maneira mais segura e eficiente de ir em busca do seu maior sonho!

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Publicado por: Dra. Ana Lúcia Bertini Zarth - Ginecologista - CRM-SC 8534 e RQE 10334
Formada na Faculdade de Medicina da PUC – RS em 1993, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 1997.

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