Publicado em 04/06/2024 - Atualizado 05/07/2024

Tudo o que você precisa saber sobre Inseminação artificial

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inseminação artificial(IA) – tecnicamente conhecida como Inseminação Intra Uterina (IIU) –  é um dos procedimentos de reprodução humana assistida mais realizados no mundo. Ela é indicada para casos em que o sêmen não consegue fecundar o óvulo naturalmente, considerados como infertilidade leve a moderada. Se bem indicada e corretamente realizada, é segura e, muitas vezes, efetiva.

A seguir, reunimos tudo o que você precisa saber a respeito deste tratamento. Continua a leitura e esclareça suas dúvidas!

Quais são as causas da infertilidade?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),considera-se como portador de infertilidade toda pessoa que, após um ano de tentativas, não consegue engravidar. Segundo o Ministério da Saúde, entre 10% a 20% dos casais em idade reprodutiva apresentam algum tipo de dificuldade para engravidar.

As causas da infertilidade nos casais são diversas e atribuídas, em igual proporção, às mulheres e aos homens. Nelas, os principais fatores por trás do problema são:

Já entre as causas relacionadas a eles, destacam-se:

Além disso, existem outros fatores que contribuem para a infertilidade em ambos os sexos. São eles:

Portanto, em caso de diagnóstico de infertilidade, é fundamental entender as causas, assim como aprender a lidar com o diagnóstico e buscar ajuda especializada. Durante esse processo, contar com o suporte adequado faz toda a diferença!

O que é inseminação artificial?

Como mencionado no início deste artigo, a inseminação artificial é um método de reprodução humana assistida. Realizada em clínicas de fertilização, a técnica consiste na introdução de espermatozoides no fundo do útero, para facilitar a fecundação do óvulo. Dessa forma, os gametas masculinos podem ser:

  • oriundos do homem que está realizando o tratamento com a parceira;
  • de um doador anônimo, sendo adquiridos em um banco de gametas.

Geralmente, recorre-se ao banco de sêmen quando há ausência de espermatozoides na ejaculação do companheiro ou o numero deles no ejaculado esteja muito abaixo de 5 milhoes/ml. Nesse caso, recomenda-se dar preferência a doadores com condições físicas semelhantes às características dos homens para quem, tecnicamente, serão destinadas as doações.

Além disso, o banco de sêmen também é uma opção para mulheres que desejam engravidar sem ter um parceiro. Trata-se da chamada maternidade independente.

Tudo o que você precisa saber sobre Inseminação artificial

Como é feito o procedimento?

Apos o porcesso de indução da ovulação para que a mulher ovule masi de um ovulo! A amostra de sêmen coletada é avaliada no laboratório, em termos de qualidade e quantidade. Depois, os espermatozoides considerados adequados são colocados em uma seringa acoplada a um cateter e introduzidos no útero, para seguir o caminho pela tuba uterina.

O tratamento é considerado simples e não há sem necessidade de anestesia, sendo realizado no próprio consultório médico. Uma vez inseminada a mulher pode retornar às atividades normalmente.

Quais são as suas indicações?

Este é um procedimento indicado para portadores de fatores de infertilidade leves a moderados, tais como:

  • mulheres com alterações cervicais (quando o colo uterino dificulta a chegada dos espermatozoides às trompas),mas com funções ovariana e tubária preservadas;
  • mulheres com endometriose mínima;
  • homens com diminuição no número e/ou na motilidade (movimentação) dos espermatozoides, mas que apresentam, no mínimo, cinco milhões de espermatozoides móveis após o preparo laboratorial;
  • casais com discordância para o vírus do HIV;
  • casais com infertilidade sem causa aparente.

Homens com ausência de espermatozoides viáveis, assim como mulheres solteiras e casais homoafetivos com alterações cromossômicas também podem ser candidatos ao tratamento. Nesses casos, opta-se pelo emprego de sêmen doado.

Existem contraindicações à técnica?

Sim. Há situações em que a inseminação artificial é contraindicada.

Mulheres com infecção cervical, intrauterina ou pélvica ativas não podem submeter-se à técnica até que a condição seja investigada. Mesmo que nada seja detectado, mas haja evidências clínicas de infecção, tais como corrimento purulento proveniente do canal cervical ou história de exposição recente a infecções sexualmente transmissíveis (IST), o procedimento também deve ser evitado.

Quando isso ocorre, pode ser recomendado o uso de outra técnica de reprodução humana assistida. Lembrando que a indicação do tratamento ideal é baseada motivo pelo qual o casal está tendo dificuldade para engravidar.

Qual é a diferença entre coito programado e inseminação artificial?

Coito programado e inseminação artificial são técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade, que oferecem esperança para casais com dificuldades para conceber de forma natural. Ambas são indicadas para casais com fatores de infertilidade leves ou moderados.

Assim, a principal diferença entre elas é a maneira como os espermatozoides chegam até o óvulo. Entenda melhor a seguir.

Coito programado

indução da ovulação com coito programado é uma técnica que visa aumentar as chances de gravidez, ao melhorar o momento da relação sexual. Também chamado de namoro programado, o tratamento consiste no monitoramento cuidadoso do ciclo menstrual, geralmente, com o auxílio de ultrassom e alguns exames.

Ao mesmo tempo, para ovular mais e aumentar as chances de gravidez, a mulher utiliza hormônios para a estimulação ovariana. Nesse período são realizadas ecografias (ultrassonografias),de modo a definir o dia ideal para o casal ter relações sexuais. Sendo assim, a fertilização ocorre de forma natural, dependendo da capacidade dos espermatozoides de alcançar e fertilizar o óvulo.

Para confirmar a ovulação, realiza-se outra ecografia no período pós-ovulatório. Entretanto, é necessário esperar, pelo menos, 12 dias para fazer o teste de gravidez.

Em relação à indicação, mulheres com ciclos menstruais regulares e tubas uterinas permeáveis podem se beneficiar do tratamento. O mesmo vale para assim como homens com contagem de espermatozoides adequada.

Inseminação artificial

Como explicado, a inseminação artificial é um procedimento que envolve a introdução de espermatozoides, devidamente capacitados, diretamente na cavidade uterina. Para tanto, antes do procedimento o sêmen precisa passar por um processo de preparação, no qual apenas os espermatozoides de melhor qualidade são selecionados.

E a tal da inseminação caseira? Ela funciona?

Ao pesquisar sobre tratamentos de reprodução assistida, talvez você se depare com a chamada inseminação artificial caseira. Mas, atenção: esta não é uma alternativa terapêutica indicada por especialistas.

Na tentativa de reduzir os custos envolvidos nesse tratamento, alguns casais inférteis (ou homossexuais e mulheres solteiras que desejam ser mães) consideram o método caseiro. Em sua defesa, argumentam que se trata de uma alternativa mais acessível para conseguir gerar filhos. O grande problema é que sua realização implica em riscos à saúde das mães e dos futuros bebês.

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Isso porque, a prática envolve a coleta do sêmen de um doador, que é colocado em um recipiente. Em seguida, o material é introduzido na vagina da receptora, com uma seringa acoplada a um cateter, sem passar pela análise prévia.

Geralmente, o procedimento é realizado em ambientes domésticos, sem assistência de um profissional ou qualquer tipo de cuidado para evitar complicações à saúde. Dessa forma, além de ser pouco eficaz do ponto de vista reprodutivo, há diversos riscos envolvidos, como contaminação por infecção genital, HIV e/ou hepatites e traumas na vagina.

Além disso, como não há fiscalização, não há respeito às regras do Conselho Federal de Medicina (CFM) acerca dos tratamentos de reprodução assistida. É o caso, por exemplo, da doação de gametas anônima e sem acordos financeiros.

Como é o passo a passo da inseminação artificial?

O passo a passo para este tipo de tratamento consiste nas seguintes etapas:

  1. escolha da clínica de fertilização e primeira consulta, para avaliar as causas da infertilidade, bem como as condições clínicas dos candidatos à reprodução assistida;
  2. estimulação ovariana, com doses diárias de FSH (hormônio folículo-estimulante) e/ou LH (hormônio luteinizante) recombinante ou urinário, com o objetivo de induzir o desenvolvimento de mais de um óvulo no ciclo ovulatório — mas, de forma controlada, para não haver o risco de gravidez de múltiplos;
  3. indução da ovulação, realizada quando os folículos estão suficientemente maduros (o que é confirmado por meio de ultrassonografias),com uma injeção de hCG;
  4. agendamento da inseminação, em média, para 36 horas após a aplicação do hormônio indutor da maturação dos óvulos;
  5. preparação do sêmen, cerca de duas horas antes de ser realizada a inseminação, o parceiro colhe a amostra por masturbação e depois teremos meio de seleção dos espermatozoides móveis em laboratório, para obter um melhor desempenho no momento da fecundação;
  6. inseminação, com a colocação dos espermatozoides de melhor performance no fundo do interior da cavidade uterina, com o auxílio de um catéter — de maneira semelhante a um exame ginecológico convencional.

Depois de, aproximadamente, cinco dias, caso tenha ocorrido a fusão dos gametas, o embrião chega ao útero. Nessa etapa, o médico responsável observa se a paciente ovulou para, somente neste caso, administrar o hormônio progesterona por via vaginal, que ajuda o embrião a se fixar no endométrio.

Após duas semanas, mediante a ausência do período menstrual, a paciente realizará o primeiro exame de gravidez, o beta-HCG. Se confirmada, realizam-se os últimos exames da inseminação artificial e os primeiros da gestação: uma ultrassonografia vaginal e um exame de sangue.

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Como são as taxas de sucesso da inseminação artificial?

A inseminação artificial aumenta as chances de concepção, pois facilita a fecundação. No entanto, o tratamento não garante que a gravidez irá ocorrer.

Na prática, as taxas de sucesso, ou seja, as chances de que a concepção ocorra por intermédio da técnica são, praticamente, as mesmas de uma gravidez natural. Isso porque, ela apenas facilita o encontro dos espermatozoides com o óvulo. A partir da colocação dos espermatozoides na cavidade uterina, o que vale para que a fecundação ocorra é a qualidade seminal e a qualidade ovulatória.

No caso de casais que não conseguiram engravidar, pode-se repetir o procedimento sem que seja necessário aguardar muito tempo. Em média, costuma-se realizar até três ciclos de inseminação artificial.

Se após essas tentativas a gravidez não ocorrer, indicam-se tratamentos de maior complexidade, como a Fertilização In Vitro (FIV). Muitas vezes, a inseminação se transforma em uma etapa intermediária, que antecede a FIV.

Quais fatores influenciam as taxas de sucesso?

O resultado do procecimento depende de uma série de fatores, os quais são ligados às características do casal e à etiologia da infertilidade (tipo e duração). Nas mulheres, contam:

  • idade, pois pacientes acima de 37 anos têm menos chances de engravidar pela técnica, devido à queda na quantidade e qualidade dos óvulos;
  • o índice de massa corporal, tanto para IMC muito alto como muito baixo;
  • doenças associadas, como endometriose grave e doença inflamatória pélvica (DIP).

Já nos homens, são complicadores:

  • quadros de infertilidade severa, devido a alterações na quantidade, morfologia e motilidade dos espermatozoides);
  • um estilo de vida estressante e pouco saudável, principalmente, quando há consumo de álcool, cigarro e outras drogas.

Quais médicos são habilitados a realizá-la?

ginecologista obstetra especialista em reprodução humana assistida é quem pode realizar o procedimento. Com essa especialização, ele está apto a diagnosticar as causas da infertilidade e indicar os tratamentos adequados. Muitas vezes, aliás, contando com a colaboração de umaequipe multidisciplinar. 

Qual é o valor?

O valor pode variar de clínica para clínica. De maneira geral, o custo é relativamente acessível, sendo bem mais barato do que na FIV, por exemplo.

Por outro lado, há o risco aumentado de gestação múltipla. E, convenhamos, dois ou mais bebês alteram o planejamento familiar. Por isso mesmo, caso a resposta ovariana recrute mais do que 3 foliculos acabamos dessitindo da Inseminação para evitar os multiplos.

Quando buscar ajuda especializada?

Recomenda-se que quem esteja tentando engravidar, sem sucesso, há pelo menos um ano, procure um especialista em reprodução humana assistida. No entanto, no caso de mulheres com 35 anos ou mais, esse “prazo” diminui para seis meses, pois nessa fase da vida a fertilidade feminina reduz rapidamente.

Com o diagnóstico em mãos, pode-se dar início ao tratamento adequado. Na Fecondare, clínica de fertilização localizada em Florianópolis, SC, a inseminação artificial já transformou muitos casais incapazes de ter filhos, naturalmente, em pais!

Esperamos que o conteúdo tenha sido esclarecedor. Entretanto, caso ainda restem dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato e nos perguntar. Nossa equipe terá prazer em ajudar!

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Publicado por: Equipe Fecondare

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