Publicado em 02/08/2016 - Atualizado 30/03/2023

Sou homem, como saber se posso ter filhos?

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Nos consultórios dos especialistas, é cada vez mais comum escutar “sou homem, como saber se posso ter filhos?”. Isso porque, hoje em dia, sabe-se que as causas da infertilidade de um casal têm chances iguais de serem de origem feminina ou masculina: são 35% para cada lado, segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

O percentual restante tem relação com ambos (20%) ou é provocado por causas desconhecidas (10%). Apesar dessa igualdade, sabemos que é mais difícil encontrar informações que abordam, especificamente, a infertilidade masculina.

Para ajudar, elencamos os principais exames e parâmetros para o diagnóstico do chamado fator masculino. Acompanhe a seguir e confira a resposta para a pergunta: como saber se posso ter filhos?

Por que é mais difícil encontrar informações sobre a fertilidade masculina?

Pesquisas apontam que, em todo mundo, cerca de 15% dos casais tentantes (que estão tentando engravidar) têm problemas de infertilidade. Como há até bem pouco tempo, achava-se que o problema era feminino, proporcionalmente, ainda é pouca a informação a respeito da infertilidade masculina — mesmo que ela ocorra com muito mais frequência do que se imagina.

Quais são os sintomas da infertilidade no homem?

Ter filhos não é — e nem deveria ser — uma decisão fácil. Afinal, para gerar e colocar outro ser humano no mundo é preciso responsabilidade e planejamento.

Mas, chega um momento que o desejo de ser pai bate com força. Normalmente, a vida está estabilizada, o relacionamento pede e, o relógio biológico, exige. Mesmo assim, a gravidez da companheira não acontece.

Alguns sintomas presentes no dia a dia podem estar relacionados às causas do problema. Por isso, é preciso ficar atento. São indícios de uma possível infertilidade masculina:

  • problemas na ejaculação;
  • impotência sexual;
  • diferença acentuada entre os tamanhos dos testículos;
  • dificuldade para urinar; entre outros.

Além disso, comorbidades, como obesidade, diabetes e hipertensão, também podem ter relação com a infertilidade no homem. Por isso, a investigação desse tipo de problema é sempre multifatorial.

Quais exames permitem diagnosticar a infertilidade masculina?

Além da análise do histórico clínico, são necessários diversos exames para chegar a um diagnóstico assertivo. Veja como descobrir se o homem pode ter filhos:

  • exame físico da bolsa testicular, para identificar anormalidades anatômicas;
  • espermograma, o qual mostra a quantidade e a motilidade dos espermatozoides;
  • exames de sangue, como prolactina, testosterona livre e total, hormônio luteinizante (LH) e hormônio estimulante dos folículos (FSH),solicitados para monitorar os níveis hormonais;
  • exame de urina, importante para verificar a hipótese de ejaculação retrógrada;
  • exames de imagem, como a ultrassonografia, para investigar alterações nos testículos;
  • biópsia dos testículos, para checar se há deficiência na produção dos espermatozoides, existência de tumores, entre outros problemas.

Quais são os parâmetros que definem a infertilidade masculina?

Durante a investigação da infertilidade masculina, alguns parâmetros bem específicos são levados em conta. Conheça-os a seguir.

Varicocele

varicocele é responsável por 10 a 15% dos casos de infertilidade entre a população masculina em geral e por 38% dos que procuram tratamento. Trata-se de uma condição que deixa as veias da bolsa escrotal dilatadas e tortuosas.

Como eleva a temperatura nos testículos, a varicolece prejudica a produção de espermatozoides. A detecção é feita durante exame clínico e o tratamento é cirúrgico ou por embolização percutânea.

Problemas de ejaculação

Os problemas de ejaculação, da ausência completa (anejaculação) à ejaculação retrógrada (quando o sêmen volta para a bexiga),podem ser causados por doenças como traumas na medula, diabetes, esclerose múltipla, danos cirúrgicos e até problemas psicológicos ou mesmo disfunção erétil.

O diagnóstico se baseia nos sintomas descritos e no resultado de exames. A solução pode passar por estímulos vibratórios ou elétricos, medicamentos ou por meio da coleta de material para uso em tratamentos de reprodução assistida.

Anomalias nos espermatozoides

Espermatozoides de formato anormal, ausência de espermatozoides (azoospermia) no sêmen, baixa contagem (oligospermia) ou baixa mobilidade podem dificultar a fertilização. Não há sintomas e o diagnóstico dessas anomalias é feito com o espermograma, dosagens hormonais e, por vezes, algum exame genético e biópsia dos testículos.

Os tratamentos podem ser medicamentosos ou cirúrgicos. Após sua realização, se não houver uma melhora satisfatória a reprodução assistida pode ajudar. Nesse caso, há técnicas que usam espermatozoides do próprio homem ou, se não for possível, pode-se recorrer a um banco de esperma.

Produção de anticorpos contra os espermatozoides

Tanto o organismo feminino como o organismo masculino (geralmente, vasectomizado ou que sofreu traumas testiculares) pode produzir anticorpos anti-espermatozoides. Trata-se da chamada infertilidade de causa imunológica, a qual interfere na espermatogênese.

Obstrução nos ductos ejaculatórios

Uma pequena porcentagem dos homens apresenta bloqueio nos ductos deferentes (ejaculatórios). Isso impede os espermatozoides de alcançarem o fluido seminal (esperma) e, consequentemente, o óvulo da companheira.

O problema pode acontecer devido a vários fatores, que vão de defeitos congênitos (ausência dos ductos) a ferimentos, infecções ou em decorrência de uma vasectomia. Não há sintomas e a cirurgia reparatória costuma ter sucesso entre 50% a 90% dos casos, dependendo do grau do problema.

Se necessário, os tratamentos de reprodução assistida ajudam a viabilizar a fertilização. Vale destacar que pacientes com azoospermias obstrutivas têm altos índices de sucesso na obtenção dos espermatozoides, seja qual for a técnica usada.

Hábitos de vida pouco saudáveis

Diversos hábitos podem afetar a produção de espermatozoides, como o tabagismo, o uso das chamadas drogas recreativas (maconha e cocaína),exercícios físicos em excesso, obesidade, uso de anabolizantes, estresse, má nutrição, exposição a produtos tóxicos e à poluição excessiva. Portanto, evite-os e procure levar um estilo de vida mais saudável.

Avanço da idade

Assim como na mulher, estudos mostram que o avanço do tempo também reduz a fertilidade entre os homens. Quanto maior a idade, maiores as chances de alterações na quantidade e na qualidade dos espermatozoides.

Entre as razões, aparecem fatores como danos ao DNA espermático, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), alterações hormonais e até a exposição a agentes poluentes. Além disso, existem as mudanças diretamente ligadas à parte sexual, como redução na quantidade de relações e problemas de disfunção erétil.

Problemas de infertilidade inexplicáveis

Quando as demais possibilidades foram investigadas e descartadas, existem as chamadas causas inexplicáveis. Especialistas acreditam que elas podem ser relacionadas a fatores como toxinas ambientais. Porém, não há estudos conclusivos a respeito.

Sou homem, como saber se posso ter filhos?

A infertilidade é um problema que atinge casais no mundo inteiro. No Brasil, a taxa de infertilidade é bem distribuída entre homens e mulheres. A boa notícia é que cerca de 90% dos casais que vivem esse problema acabam conseguindo engravidar depois de passarem por um tratamento.

Então, vamos lá: caso você resida ou tenha disponibilidade para vir a Florianópolis, procure a Clínica Fecondare para realizar uma avaliação da fertilidade. Se possível, essa investigação deve ser feita no casal, pois, como já explicamos, as causas da dificuldade para engravidar podem ser de ambos.

Em pouco tempo, você descobrirá se pode ter filho ou se necessita de algum tratamento especializado. A injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), por exemplo, é uma técnica bastante indicada para casos de fator masculino grave (baixa quantidade e/ou qualidade de espermatozoides ou mesmo ausência de espermatozoides no sêmen).

A principal diferença da ICSI em relação à fertilização in vitro (FIV) clássica é que para realizá-la, necessita-se de um único espermatozoide saudável. Isso porque, em vez de o óvulo ser colocado em contato com milhares de espermatozoides e esperar que algum deles consiga realizar a fecundação, como ocorre na FIV convencional, na ICSI o espermatozoide previamente selecionado é injetado dentro do ovócito. Dessa maneira, as chances de o óvulo ser fertilizado aumentam consideravelmente!

Agora, caso você seja mulher e seus exames estejam normais, mas mesmo assim a gravidez não acontece, trata-se, provavelmente, do fator masculino. Por isso, converse com seu companheiro e convide-o para acompanhá-la a uma consulta com um especialista em reprodução humana.

Como mencionado, se você estiver em Floripa e região, conte a equipe da Fecondare! As porcentagens de êxito dependem, logicamente, das características de cada casal, mas a experiência e competência do nosso corpo clínico, assim como a infraestrutura completa do centro de reprodução, certamente, fazem diferença no sucesso dos tratamentos.

Assim, se você que é homem e ainda se pergunta “como saber se posso ter filhos” ou se você é mulher, mas suspeita de problemas relacionados ao fator masculino, não perca tempo. Afinal, quanto antes as causas da infertilidade forem diagnosticadas, mais simples será o tratamento e maiores as chances de sucesso.

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. No entanto, caso ainda tenha dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato!

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Publicado por: Equipe Fecondare

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