Publicado em 07/05/2022 - Atualizado 10/05/2022

Existe remédio para engravidar?

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Na ânsia de ficarem grávidas mais rápido, há mulheres que caem no “conto” do remédio para engravidar. Em relação a isso, há dois problemas: o risco da automedicação e o desperdício de tempo e dinheiro. Pois é. Quando se trata de reprodução humana, não existem fórmulas milagrosas, muito pelo contrário. Essa é uma tarefa que requer paciência, planejamento e preparo, devendo ser acompanhada por um especialista em medicina reprodutiva!

Neste artigo, mostramos quando o uso de medicamentos para fertilidade é, realmente, indicado. Continue a leitura e acabe com as dúvidas!

O uso de certos medicamentos pode ajudar a engravidar?

Em determinados casos, sim. Alguns medicamentos podem ser recomendados para ajudar na tentativa de gravidez, como parte dos tratamentos de reprodução humana assistida. Isso ocorre, principalmente, quando a mulher possui problemas na ovulação ou o homem tem alterações nos espermatozoides.

Mas, atenção: eles devem ser prescritos por um profissional especializado em medicina reprodutiva. A indicação é feita após várias tentativas frustradas de engravidar, seguida de uma bateria de exames diagnósticos.

Qual é o remédio para engravidar mais utilizado?

A finalidade de um remédio para engravidar é corrigir determinados problemas para que a gravidez se torne mais fácil. Nesse sentido, os medicamentos indutores de ovulação e os reguladores hormonais são os mais utilizados. Outras opções, como a homeopatia, também podem ser indicadas. Entenda melhor a seguir.

Indutores de ovulação

Para mulheres com problemas de ovulação — condição responsável por um em cada quatro diagnósticos de infertilidade feminina — os indutores de ovulação podem auxiliar. Esses medicamentos inibem a produção do hormônio estrogênio e, consequentemente, aumentam a produção dos hormônios FSH e LH, que contribuem para a fertilidade da mulher.

Um dos indutores de ovulação mais conhecidos é o clomifeno, também conhecido por Clomid®, Indux® ou Serophene® e cloridrato de metformina como coadjuvante. Outras formulações com FSH puro e FSH recombinante (Fostimon, Puregon, Gonal e Rekovele) podem ser utilizados.

Reguladores hormonais

A produção de progesterona acontece, naturalmente, no corpo da mulher e é fundamental para a gestação do bebê. Mas, quando os níveis desse hormônio estão baixos, podem não ser suficiente para que a mulher consiga engravidar.

Nesses casos, o médico pode indicar reguladores hormonais, os quais ajudam a aumentar a produção dela e de outros hormônios essenciais para a gravidez.

Homeopatia

homeopatia não é considerada um medicamento, mas um método terapêutico. Em casos de problemas de infertilidade feminina, ela ajuda a:

  • estimular a função ovariana;
  • regular os ciclos menstruais;
  • tratar problemas uterinos;
  • controlar o estresse;
  • aumentar o muco cervical.

Já se o problema for infertilidade masculina, o composto pode:

  • estimular a libido;
  • colaborar para o aumento do número de espermatozoides;
  • combater a redução do líquido seminal.

E quanto aos chamados “kits para engravidar”?

Os tais “kits para engravidar” nada mais são do que medicamentos fitoterápicos (compostos feitos à base de ervas e outros vegetais). No entanto, ainda que em alguns casos possam colaborar como coadjuvantes, não existe comprovação da sua eficácia no tratamento da infertilidade feminina. Além disso, sem a devida indicação médica, podem provocar efeitos colaterais em vez dos benefícios prometidos.

Por que o acompanhamento médico é imprescindível?

É importante reforçar que a automedicação é totalmente desaconselhada pelos profissionais da saúde. Além de não surtirem os efeitos desejados, os medicamentos ingeridos por conta própria podem comprometer a saúde de homens e mulheres — inclusive, dificultando o processo de gravidez. Isso vale, até mesmo, para opções naturais, como alguns chás.

Somente um especialista em reprodução humana pode indicar o tratamento mais recomendado para cada caso. Cabe a ele orientar se é necessária a utilização de algum remédio para ajudar a engravidar, considerando:

  • exames de sangue, de imagem e dosagens da reserva ovariana;
  • características individuais de cada paciente.

Dr. Marcelo Ferreira, ginecologista da Clínica Fecondare, em Florianópolis, SC, chama a atenção para os perigos da automedicação. “Não apenas as indicações, mas as doses também devem ser tomadas conforme a prescrição médica, pois a maioria dos remédios apresenta efeitos colaterais”, explica. Entre os sintomas adversos, podem ocorrer:

  • alterações de humor;
  • ansiedade e depressão;
  • náuseas e vômitos;
  • hipersensibilidade mamária;
  • dor de cabeça;
  • cólicas; entre outros.

Complicações como síndrome de hiperestimulação ovariana e risco aumentado de câncer de ovário e de endométrio também devem ser consideradas. Mas, felizmente, quando os medicamentos para fertilidade são corretamente indicados, ou seja, com o objetivo de tratar problemas específicos, as chances de engravidar aumentam consideravelmente. O mais importante é não usar essas medicações sem acompanhamento especializado.

Assim, ainda que não exista um remédio para engravidar, especificamente, existem diversas medicações que ajudam nesse processo. Conversar com um especialista em reprodução humana assistida e obter um diagnóstico individualizado é o primeiro passo para saber se você deve, ou não, consumi-los. Caso seja de Florianópolis ou tenha disponibilidade para vir à capital, conte com a equipe da Fecondare!

Ficou com alguma dúvida? Sinta-se à vontade para entrar em contato e nos perguntar. E para saber mais sobre fertilidade e tratamentos de reprodução humana assistida, fica a dica: siga a Facebook e Instagram!

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Publicado por: Dra. Ana Lúcia Bertini Zarth - Ginecologista - CRM-SC 8534 e RQE 10334
Formada na Faculdade de Medicina da PUC – RS em 1993, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 1997.

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