Publicado em 10/05/2021

Oligospermia: você sabe o que é isso?

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infertilidade é um problema que afeta, também, os homens. A dificuldade para terem um filho pode ser causada pela oligospermia. Trata-se de uma condição na qual o número de espermatozoides é menor que o recomendado para que a fecundação seja possível.

A boa notícia é que homens com oligospermia podem engravidar suas parceiras. Mas para isso, é preciso identificar a causa e tratá-la — muitas vezes, recorrendo a alguma técnica de reprodução assistida. Entenda melhor a seguir!

O que é oligospermia?

A oligospermia não é tão grave quanto a azoospermia — condição caracterizada pela improdutividade de gametas masculinos, obstrução (na maioria das vezes, consequência de uma vasectomia) ou pela falta de ejaculação. Ainda assim, para que o homem tenha a chance de se tornar pai, a oligospermia precisa ser tratada.

O homem deve conter cerca de 20 milhões de espermatozoides no sêmen para ser considerado fértil. Essa verificação é feita por intermédio de um espermograma.

O exame é realizado a partir da coleta do esperma. Ele deve ser realizado cerca de três dias depois de o homem permanecer em abstinência sexual, em ambiente clínico apropriado.

Se o resultado identificar a existência de pouco menos de 20 milhões de gametas masculinos por mililitro de sêmen, pode não ser considerado um grande problema. Mas isso não significa que não mereça atenção.

Já quando a quantidade de espermatozoides detectada está abaixo de dois milhões, existe a possibilidade de o homem possuir um quadro severo de oligospermia. Nesse caso, o tratamento é imprescindível para conseguir engravidar.

Por que os homens têm oligospermia?

O baixo número de células reprodutoras identificado pelo espermograma pode ocorrer devido a uma inflamação nos testículos. A seguir, veja alguns fatores que podem estar relacionados ao problema.

Roupas muito apertadas

O problema pode estar no tipo de cueca que o homem veste. As com cortes tradicionais podem apertar os testículos, a ponto de provocar o surgimento da inflamação e, consequentemente, a queda no número de espermatozoides presentes no sêmen. Prefira modelos boxer e samba-canção.

Alimentação inadequada

Uma dieta em que é alto o consumo de alimentos muito gordurosos pode prejudicar a qualidade e a quantidade de espermatozoides produzidos. Para ajudar a prevenir o desenvolvimento da oligospermia, priorize o consumo de alimentos naturais, como verduras e legumes.

Tabagismo

O tabaco influencia diretamente na redução da motilidade dos espermatozoides e do volume de sêmen liberado na ejaculação. Homens que não fumam ou abandonaram o hábito têm maior chance de manter ou resgatar a função dos testículos, responsáveis pela produção dos gametas masculinos. Sendo assim, abandone o cigarro o quanto antes.

Alcoolismo

O elevado consumo de álcool está associado a desequilíbrios hormonais, os quais podem diminuir os níveis de testosterona e comprometer a produção de espermatozoides. Além disso, o álcool aumenta o risco de impotência sexual, prejudicando a capacidade reprodutora. Por isso, evite o excesso de bebidas alcoólicas.

Aumento da temperatura nos testículos

Distúrbios que aumentam a temperatura nos testículos, como a varicocele, reduzem a produção de espermatozoides. Como se trata de uma doença silenciosa, para prevenir o agravamento, deve-se visitar o urologista periodicamente.

Esteroides anabolizantes

Tomar esteroides anabolizantes reduz a produção dos espermatozoides. Além disso, pode provocar o encolhimento dos testículos e impotência sexual. Fique longe das chamadas “bombas”.

Homens com oligospermia podem engravidar?

Para ser considerado fértil, o homem precisa liberar espermatozoides em quantidade e qualidade adequadas. Além do espermograma, outros exames podem ser solicitados para detectar distúrbios associados.

Em pacientes com baixa quantidade de espermatozoides, é comum realizar exames como a dosagem de testosterona e de hormônio folículo-estimulante (FSH),além de algum exame genético. Às vezes, solicita-se, também, uma biópsia dos testículos.

Com o diagnóstico em mãos, tem início o tratamento para aumentar a quantidade de espermatozoides. Dependendo da origem do problema, pode-se recomendar um simples medicamento, como o clomifeno, ou realizar uma cirurgia, como em casos de varicocele.

Após o tratamento, a fertilidade masculina deve melhorar. No entanto, não há garantias. Muitas vezes, é preciso recorrer a alguma técnica de reprodução assistida. A fertilização in vitro (FIV) e a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) costumam ser as mais indicadas.

Em casos mais simples, a inseminação artificial (introdução dos espermatozoides diretamente no fundo do útero) pode ser suficiente. Ao mesmo tempo, é importante que a parceira também seja acompanhada e, se preciso, tratada — para aumentar as chances de uma gravidez bem sucedida.

Além de adotar um estilo de vida mais saudável, evitando maus hábitos, para reverter a oligospermia e poder ter um filho nos braços, o homem precisa ser atendido por um médico especialista em reprodução humana. O profissional irá orientar o casal quanto ao melhor tratamento e, dependendo do caso, indicar um procedimento de reprodução assistida para viabilizar a concepção do bebê.

Quer saber mais sobre o diagnóstico e tratamento da infertilidade? Caso tenha alguma dúvida, fique à vontade para entrar em contato!

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Publicado por: Dr. Marcelo Costa Ferreira - Ginecologista - CRM/SC 7223 e RQE 2935
Formado em Medicina pela FURB, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Especialização em Reprodução Humana no Centro de Referência da  Saúde da Mulher em São Paulo e Especialização em Reprodução Assistida

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