Publicado em 22/10/2021

O que são ovários policísticos?

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Você sabe o que são ovários policísticos? Como o nome sugere, são ovários que contêm pequenos e múltiplos cistos. Mas será que essa condição afeta a capacidade reprodutiva? Felizmente, na maioria das vezes, não.

Neste artigo, mostramos as diferenças entre ovários policísticos e síndrome dos ovários policísticos (SOP),e explicamos quando pode existir relação com a infertilidade. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas.

Ovários policísticos provocam a síndrome dos ovários policísticos?

Não. Os ovários policísticos costumam ser confundidos com a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Apesar dos nomes parecidos, são condições diferentes, e mulheres com SOP podem ter ovários policísticos ou não.

O que é a síndrome dos ovários policísticos?

síndrome dos ovários policísticos é um distúrbio metabólico decorrente do excesso da produção de testosterona (principal hormônio masculino) pelos ovários. Na maioria dos casos, provoca:

  • irregularidade menstrual
  • infertilidade;
  • hirsutismo (aumento dos pelos pelo corpo);
  • queda de cabelo;
  • acne adulta.

A síndrome dos ovários policísticos, apesar de surgir durante a infância ou na puberdade, costuma afetar mulheres em idade reprodutiva. Se não tratada, pode levar à infertilidade, obesidade, diabetes tipo 2, ansiedade e depressão.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos é integral. A terapêutica exige a adoção de mudanças no estilo de vida, como:

  • dieta saudável e equilibrada
  • realização de exercícios físicos regulares
  • intervenções comportamentais

Esses cuidados devem ser mantidos até a menopausa. Quando a mulher deseja engravidar, o ginecologista pode indicar anticoncepcionais – somente no início do tratamento, até os ciclos menstruais se regularem. Depois, são prescritos medicamentos indutores de ovulação.

A partir de então, pode-se tentar engravidar usando a técnica de indução de ovulação com coito programado. Se não houver sucesso, parte-se para tratamentos mais complexos, como a fertilização in vitro (FIV) ou a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).

O que são ovários policísticos?

Agora que você sabe o que é a síndrome dos ovários policísticos (SOP),vamos explicar o que são ovários policísticos. Para isso, é preciso entender como se dá o processo da ovulação.

No início do ciclo menstrual, existem pequenos folículos ovarianos (chamados folículos antrais). Em condições normais, geralmente, apenas um folículo amadurece, se rompe e libera o óvulo em direção a uma das trompas. Os demais folículos não amadurecem, regridem e são eliminados.

Quando o aparelho reprodutor feminino não consegue recrutar um desses folículos para gerar o óvulo, todos acabam ficando reduzidos. Gradativamente os micros folículos vão se acumulando na superfície ovariana, levando à condição fisiológica conhecida como ovários policísticos (também chamados de ovários multicísticos ou multifoliculares). Mas atenção: ter ovários policísticos não é o mesmo que ter cistos no ovário.

Como é o diagnóstico dos ovários policísticos?

O ovário policístico tem tamanho normal ou ligeiramente aumentado. Para ser considerado multicístico, ele precisa ter mais de 12 folículos, com 2 e 8 mm de diâmetro.

O problema é verificado por meio do ultrassom pélvico ou transvaginal. Em mulheres com ciclos irregulares, o exame é realizado entre três a cinco dias após o fluxo menstrual, induzido pela administração de progesterona. Já em mulheres com o ciclo menstrual regular, o exame deve ser feito na fase folicular precoce.

Existe relação entre ovários policísticos e infertilidade?

O fato de ter ovários policísticos não significa um problema de fertilidade. Pacientes com boa reserva ovariana podem ter micro cistos, ciclarem normal e serem férteis — pois, diferente da síndrome dos ovários policísticos (SOP),os ovários policísticos não causam danos à saúde.

Se, eventualmente, a paciente com ovários policísticos não tiver uma ovulação regular, o especialista em reprodução humana poderá sugerir uma indução da ovulação com coito programado. O processo deve ser cuidadoso, exigindo o monitoramento frequente dos ovários, de modo a prevenir a síndrome do hiper-estímulo ovariano.

Se o tratamento não for suficiente para engravidar, deve-se continuar com a investigação. Às vezes, o problema pode estar na qualidade dos óvulos produzidos.

Mas antes de traçar uma estratégia de tratamento, é sempre bom lembrar que existe a necessidade de avaliar a permeabilidade tubária. Além disso, é preciso avaliar o padrão seminal do parceiro.

Agora que você sabe o que são ovários policísticos, esperamos que esteja mais tranquila. Mas caso esteja tentando engravidar (há pelo menos um ano, no caso de quem tem menos de 35 anos de idade, ou há seis meses, para quem já passou dessa idade) sem sucesso, procure ajuda especializada. Com um diagnóstico preciso, pode-se iniciar o tratamento adequado e realizar o sonho de engravidar!

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Publicado por: Dra. Ana Lúcia Bertini Zarth - Ginecologista - CRM-SC 8534 e RQE 10334
Formada na Faculdade de Medicina da PUC – RS em 1993, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 1997.

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