A indução da ovulação é um tratamento medicamentoso que visa corrigir a anovulação, ou seja, a falta de ovulação, e, consequentemente, a dificuldade para engravidar. Ela costuma ser indicada em associação ao coito programado — técnica de reprodução assistida de baixa complexidade e bastante acessível.
Neste artigo, mostramos qual caminho leva ao uso dos indutores de ovulação e como eles podem ajudar. Confira!
Como encarar a dificuldade para engravidar?
A dificuldade para engravidar é um problema real para muitos casais e acaba se tornando uma triste surpresa no caminho que trilhavam juntos. Mas, não precisa ser assim.
Para aqueles que se defrontam com esta situação, é preciso saber que, muitas vezes, há maneiras de contorná-la. Por tal razão, deve-se buscar o aconselhamento de médicos especialistas em reprodução, para que esse problema seja apenas um obstáculo a ser superado.
Quando o casal é considerado infértil?
Após um ano de tentativas de engravidar malsucedidas (ou antes, em casos específicos) o casal pode ser considerado infértil. A partir daí, faz sentido realizar um estudo completo da sua saúde reprodutiva, tendo em mente que os problemas que o impede de conceber podem estar:
- na mulher;
- no homem;
- ou em ambos.
Para descobrir, o especialista em fertilidade inicia uma verdadeira investigação. Na consulta, ele irá:
- revisar os históricos clínicos pessoais e familiares do casal
- escutar seus relatos de tentativas de engravidar;
- solicitar alguns exames (geralmente, dosagens hormonais associadas a ultrassonografias pélvicas).
Quando estiver com todas as informações em mãos, ele efetuará o diagnóstico. Só então, é possível indicar o tratamento.
O que leva à falta de ovulação?
Quando se descobre que o que está impedindo a gravidez é a falta de ovulação, é preciso realizar um novo estudo. O objetivo agora é descobrir a causa desse problema, a qual pode ser devida a fatores como:
- peso corporal muito baixo ou muito alto (obesidade);
- prática excessiva de esportes de alta intensidade;
- uso de certos medicamentos (como alguns antidepressivos);
- estresse psicológico muito intenso;
- ausência ou baixos níveis de hormônios que estimulam a ovulação, produzidos pelo cérebro (na hipófise e no hipotálamo);
- falta de resposta dos ovários (órgãos produtores dos óvulos) aos estímulos que recebe.
A síndrome dos ovários policísticos (SOP), por exemplo, está entre as principais razões da falta de ovulação. A amenorreia secundária (ausência de menstruações regulares por seis ou mais meses),ainda que menos frequente, também é uma explicação possível.
Como funciona a indução da ovulação?
A indução da ovulação abriga uma série de condutas e procedimentos que visam, em última análise, à formação de um óvulo apto a gerar um embrião. Essa indução pode ser feita com diferentes medicamentos, os quais variam em:
- custo;
- duração de tratamento;
- efeitos colaterais;
- indicação de uso.
Assim, para cada paciente, com sua causa específica de anovulação, há uma opção mais adequada. A definição de qual medicação usar se baseia na causa ou no tipo de anovulação apresentada.
Para muitas mulheres, um hormônio chamado letrozol, administrado via oral, pode ser a solução. Ele estimula as gonadotropinas, que são os hormônios foliculoestimante (FSH) e luteinizante (LH),as quais agem nos ovários, para promover a formação dos óvulos. Outra possibilidade são as próprias gonadotropinas (FSH e LH),administradas sob a forma de injeção sub cutanea.
Como é o tratamento com os indutores de ovulação?
O tratamento costuma ser acompanhado com exames de sangue e ultrassonografias seriadas, realizadas em diferentes dias, do início do ciclo menstrual até a ovulação, propriamente. Por diversas vezes, mais de um ciclo de medicação precisa ser feito e, mesmo assim, pode ser que não aconteça a gravidez.
Estima-se que 9 a 24% das mulheres submetidas à estimulação ovariana em tratamentos de reprodução assistida sejam más respondedoras. Nelas, mesmo o uso de altas doses de indutores de ovulação produz um número de folículos ovarianos abaixo do esperado.
Se a concepção via coito programado não ocorrer após três a seis tentativas, recomenda-se buscar outras alternativas. É o caso da inseminação artificial (IA) ou da fertilização in vitro (FIV).
Assim, a indução da ovulação não é uma garantia, mas uma ajuda dada ao corpo para que ele trabalhe em todo seu potencial. Em alguns casos, o caminho até a gravidez pode se tornar mais longo. Em vez de abordagens de baixa complexidade, pode ser preciso recorrer a técnicas mais complexas, como a FIV. A boa notícia é que, com a ajuda certa, há grandes chances de o casal chegar ao “destino escolhido”!
Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato para podermos esclarecê-la. E, se residir em Florianópolis, SC, ou tenha disponibilidade para vir à região, agende uma consulta e faça uma avaliação individualizada com os especialistas da Fecondare!