A libido nada mais é do que o desejo sexual. Do outro lado, existe o transtorno do desejo sexual, o qual pode se manifestar, por exemplo, por meio da diminuição ou ausência da atividade sexual. Ainda que o problema afete a qualidade de vida de todos, no caso de tentantes é pior, pois reduz as chances da tão sonhada gravidez.
Neste artigo, falamos sobre as principais causas da baixa libido. Veja, também, como melhorá-la e se existe uma frequência ideal de relações sexuais para quem deseja engravidar!
Quais são as causas da falta de libido?
A falta de libido pode ser única ou multifatorial, presente tanto em pessoas mais velhas como nas jovens e saudáveis. A seguir, conheça algumas causas do problema.
Fatores psicológicos
O estresse e a ansiedade têm relação direta com a falta de interesse sexual. Além disso, traumas deixados por experiências insatisfatórias também podem reduzir o desejo.
Falta de estimulação adequada
As chamadas preliminares garantem que o corpo feminino fique pronto para o ato sexual. Isso porque, elas provocam mudanças físicas essenciais ao prazer, como a liberação de secreções que lubrificam a vagina e facilitam a penetração.
Dor ou desconforto durante o ato
Algumas condições geram dispareunia, ou seja, dor ou desconforto recorrente nas relações sexuais. O distúrbio pode ter causas físicas, ligadas a problemas como:
- doença inflamatória pélvica (DIP);
- infecções sexualmente transmissíveis (IST);
- infecção urinária;
- cistite intersticial;
- má-formação da vagina;
- lesões do trato ginecológico;
- dermatites ao redor da vulva; entre outras.
Além disso, a dispareunia também pode ter origem psicológica. É o caso de mulheres com histórico de abuso sexual, falta de desejo pelo parceiro, entre inúmeros motivos.
O vaginismo é outra condição prejudicial à libido. Trata-se da contração involuntária dos músculos da entrada da vagina durante o ato sexual, o que dificulta, e muito, a penetração.
Já no caso da endometriose, depende de onde a doença está localizada. Se for em um local que provoque dor durante a penetração, pode, sim, causar prejuízos à vida sexual. Do contrário, não.
Por outro lado, a síndrome dos ovários policísticos (SOP), por si só, não têm relação com a queda da libido. O mesmo vale para boa parte dos miomas uterinos.
Problemas de saúde
Sabe-se que alterações nas taxas hormonais (estrogênio, nelas, e testosterona, neles) afetam a libido. Além disso, algumas patologias crônicas, como doença renal, diabetes e esclerose múltipla, também a prejudicam.
O mesmo ocorre com alguns medicamentos de uso contínuo, como os usados para tratar transtornos de ansiedade e depressão, assim como em tratamentos oncológicos. Existe, ainda, o impacto negativo do consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Como aumentar a libido em tentantes?
Diversos fatores, como o cansaço, podem levar à redução temporária do desejo sexual. Mas, quando a falta de libido é prolongada e não condizente com a idade do casal, deve-se buscar ajuda especializada.
Geralmente, é preciso buscar uma equipe multidisciplinar. Essa deve ser composta por um ginecologista especialista em reprodução humana e um psicoterapeuta e/ou terapeuta sexual.
Assim, o primeiro passo para aumentar a libido em tentantes é identificar a(s) causa(s) do problema. Para isso, considera-se o histórico dos pacientes e os sintomas relatados. Se houver queixa de dor durante o ato sexual, realiza-se um exame pélvico. Além disso, solicita-se um exame de sangue para avaliar as taxas hormonais.
Em seguida, inicia-se o tratamento da falta de libido. Este é feito por meio de medidas como:
- melhorar a qualidade do relacionamento no dia a dia;
- melhorar a comunicação sobre gostos e preferências sexuais;
- adequar o ambiente para a atividade sexual, garantindo, por exemplo, a privacidade, e eliminando distrações (como a televisão);
- fazer psicoterapia, como a terapia cognitiva baseada na técnica de atenção plena (mindfulness);
- fazer terapia de reposição hormonal, se houver necessidade.
Há uma frequência de relações sexuais ideal para engravidar?
A frequência das relações sexuais é um fator importante para quem está tentando engravidar. Acredita-se que três a quatro relações, durante o período fértil, o qual dura cerca de sete dias, é o ideal.
Outro fator que merece atenção é a posição durante o ato sexual. Para isso, é preciso que, primeiramente, o ginecologista a informe como o útero da paciente se encontra. Caso seja em anteversoflexão, indica-se que o parceiro fique por cima durante as relações; se for retrovertido, é mais indicado ficar em quatro apoios.
Agora que você sabe o que pode afetar a libido, caso o problema persista, procure ajuda especializada. Por mais que a rotina de tentante nem sempre seja fácil, tratar eventuais problemas não apenas aumenta as chances de engravidar, como melhora a qualidade de vida!
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