Apesar da fertilização in vitro (FIV) ser altamente eficiente, com taxas de gravidez que chegam a 50%, o risco de falha no processo de implantação existe. Portanto, se a transferência falhou é preciso identificar as causas e definir os próximos passos do tratamento.
Neste artigo, mostramos como proceder nesses casos. Contamos, também, como é a abordagem praticada na Fecondare, clínica de fertilização localizada em Florianópolis, SC. Continue a leitura e confira!
O que pode levar à falha na implantação embrionária?
De acordo com a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA),a falha no processo de implantação embrionária é um dos maiores obstáculos à medicina reprodutiva. Em alguns casos, o problema ocorre mais de uma vez, levando à chamada falha sucessiva de implantação, definida como a ausência de gestação em mulheres:
- com menos de 40 anos;
- que receberam a transferência de quatro embriões de boa qualidade;
- em três transferências embrionárias distintas.
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Nessas horas, o que todos se perguntam é: por que a transferência falhou? Estudos mostram que cerca de 80% das causas tem a ver com a qualidade do embrião. O restante está relacionado à receptividade do endométrio (tecido que reveste a parede interna do útero) e/ou à sua interação com o embrião.
No entanto, há quadros em que, mesmo com boas condições clínicas e levando em conta a janela de implantação, os embriões não conseguem se implantar no útero. Trata-se de casos que devem ser submetidos a um rastreamento detalhado, por meio de exames como ultrassonografia transvaginal, histerossalpingografia (ou histerossonografia),histeroscopia e/ou ressonância magnética.
Assim, a lista de critérios possivelmente relacionados à falha de implantação na FIV é extensa. Além de fatores como não responder bem à estimulação ovariana e apresentar baixa qualidade embrionária, seu risco é maior em mulheres com:
- idade avançada;
- obesidade;
- tabagismo;
- presença de doença nas tubas uterinas, como a hidrossalpinge;
- presença de doenças uterinas, como miomas, pólipos endometriais, adenomiose, sinequias, septos uterinos e endometrite.
Como proceder em casos em que a transferência falhou?
Apesar do desejo que tudo dê certo na primeira tentativa, a gravidez pode ocorrer ou não. Isso leva a um caminho complexo e, muitas vezes, doloroso.
Se a transferência falhou, além de investigar as causas e definir os próximos passos, é preciso ajudar as mulheres (e companheiros/as) a lidar com o resultado negativo. Nessas horas, o acompanhamento psicológico é fundamental para conseguirem abordar a frustração e processar as emoções.
A psicoterapia para tentantes serve, justamente, para cuidar da saúde mental. Isso porque, como se não bastasse o impacto emocional de um diagnóstico de infertilidade, ainda é preciso enfrentar o desafio das falhas na implantação.
Nas sessões com a psicóloga especialista em fertilidade, pode-se conversar a respeito do desgaste emocional e dos impactos às esferas conjugal, sexual e social, por exemplo. Além disso, é possível desmistificar questões sobre a infertilidade, expressar anseios e angústias e, ainda, elaborar os sentimentos em relação ao tratamento, incluindo a conhecida ansiedade.
No mais, ainda que seja importante contar com o apoio de familiares e/ou amigos, quem não vivenciou algo parecido nem sempre consegue ajudar. Por isso, frequentar um grupo de apoio para tentantes costuma ser mais proveitoso, pois permite encontrar acolhimento e trocar experiências com quem compartilha sentimentos parecidos.
Como a equipe da Fecondare lida com essas ocorrências?
Na Fecondare, investigamos a fundo as causas dessas ocorrências por meio avaliação detalhada de cada caso. Além disso, indicamos a análise genética do embrião para casos com histórico de falhas sucessivas de implantação. Isso porque, os testes genéticos pré-implantacionais possibilitam intervenções preventivas e manejos mais eficientes.
Além disso, consideramos o auxílio psicológico uma ferramenta poderosa, ajudando no enfrentamento e preparação para as próximas tentativas. Por isso, oferecemos tanto sessões de psicoterapia individuais como em grupo, indicadas conforme a necessidade de cada casal.
Para concluir, se a transferência falhou, deve-se fazer uma investigação aprofundada e, se necessário, redefinir a estratégia de tratamento. Ao mesmo tempo, como mostramos, é importante investir no acompanhamento psicológico, de modo a superar essa fase da melhor forma possível!
Lembrando sempre que: a ciência ainda não sabe como os embriões implantam, portanto ainda não temos o pleno conhecimento de porque eles não implantam! Partir para exames que não mostraram grau de evidência cientítica que muda o resultado só desgasta emocional e finaceiramente o casal.
O que temos comprovado é que quanto mais embriões transferirmos, maior a taxa de gestação!!!!
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