Publicado em 20/09/2017 - Atualizado 26/07/2019

Mioma uterino: saiba tudo sobre a doença

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Mais da metade das mulheres que possuem mioma uterino não apresentam sintomas, fator que deixa o problema mais difícil de ser identificado. A seguir, reunimos algumas informações sobre a doença, seu diagnóstico e tratamento.

O que é o mioma uterino?

Trata-se de um tumor benigno formado por tecido muscular que cresce em diferentes lugares do útero. Estas formações podem acabar alterando a forma do órgão na medida em que se desenvolvem.

Geralmente o tumor costuma permanecer estável ao longo dos anos e, de repente, aumenta de tamanho em poucos meses. A causa do mioma uterino é desconhecida, mas sabe-se que hormônios como o estrogênio e a progesterona influenciam o seu desenvolvimento. Inclusive, na gravidez a tendência do tumor é aumentar. Já na menopausa, é comum que o mioma encolha pela queda de estrogênio no organismo.

Os fatores de risco da doença são a idade, o histórico familiar, obesidade e origem étnica. A incidência é maior em mulheres na faixa de 40 e 50 anos e é de três a nove vezes mais frequente em mulheres negras.

Os diferentes tipos de miomas são classificados de acordo com a sua localização na parede uterina:

  • submucoso:  tipo menos comum. Aparece na parte mais interna  do útero.
  • Intramural: tipo mais comum. Aparece dentro  da parede uterina e se expande, ocasionando o aumento do tamanho do órgão.
  • Subseroso: ocorre na parte externa do órgão e, frequentemente, cresce para fora do órgão.
  • Pediculado:  está ligado ao útero através de um tecido chamado pedículo.
  • Intracavitário: está totalmente localizado dentro da cavidade uterina.

Apesar de a doença se manifestar em grande parte das mulheres, a metade das portadoras não apresenta sintoma algum. Na medida em que se desenvolve, o mioma pode causar sintomas como: menstruação irregular, intensa e por períodos prolongados; sangramento entre os períodos; cólicas; dores (pélvicas, abdominais e durante as relações sexuais); e problemas urinários (micção frequente, infecção do trato urinário, infecção dos rins).

Diagnóstico e tratamento

Quando o mioma provoca alteração no tamanho ou no relevo do útero, é possível que ele seja detectado através do exame de toque ginecológico rotineiro. Então, o ultrassom transvaginal é indicado para a confirmação do diagnóstico. Este exame revelará o tamanho, a localização e a quantidade de miomas.

Não há um tratamento medicamentoso que faça o tumor desaparecer. Estão disponíveis algumas drogas que conseguem reduzir temporariamente seu tamanho ou até impedir seu crescimento. Entretanto, elas causam fortes efeitos colaterais e não podem ser ministradas por períodos maiores do que três a quatro meses. Assim que o tratamento é interrompido, o mioma volta a crescer.

Os tratamentos indicados quando a condição passa a apresentar sintomas e provocar desconfortos são: uso de pílula anticoncepcional ou medicação específica; intervenção não-cirúrgica (embolização da artéria uterina); cirurgia para retirada do tumor (miomectomia) e, nos casos mais graves, pode ser recomendada a retirada do útero (histerectomia).

Para a indicação de intervenção cirúrgica como tratamento devem ser consideradas as características pessoais de cada paciente. Para isso, são levados em conta o desejo de uma futura gestação, a idade, o tamanho, a localização e o número de tumores.

Quais as possíveis complicações?

Geralmente, os miomas não interferem na fertilização ou na gravidez. Porém, alguns tumores – principalmente os que estão localizados dentro do útero – podem atrapalhar na concepção e aumentam o risco de algumas complicações na gestação, como: crescimento do feto, descolamento de placenta, parto prematuro e, em casos graves, aborto. Assim, de acordo com cada situação, os médicos podem indicar que os tumores sejam retirados antes da mulher tentar engravidar.

São raros os casos em que a doença gera outras complicações. Nas situações mais graves, pode ocorrer anemia, rompimento do tumor, compressão de órgãos adjacentes e necrose asséptica.

Não existe uma maneira de prevenir o aparecimento de miomas. A melhor recomendação é que as mulheres façam acompanhamento regular com o médico especialista.

É importante frisar que cada cada caso tem suas características individuais. Embora o mioma uterino seja uma condição frequente, nem sempre sua presença deve gerar preocupação uma vez que é possível não manifestar sintomas ao longo do tempo. O problema reside no crescimento anormal do tumor que, gerando desconforto, piora a qualidade de vida da paciente.

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Publicado por: Equipe Fecondare

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