São muitos os motivos que podem dificultar uma gravidez, fazendo com que muitas mulheres (e casais) fiquem ansiosos com o pensamento “Porque não consigo engravidar?”, acreditando que perderam a oportunidade de ter uma gravidez bem sucedida.
A conquista natural de uma gestação é uma realidade para 85% dos casais saudáveis na faixa dos 30 anos. De acordo com pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Saúde de BH, os outros 15% precisam de tratamentos, com técnicas e procedimentos, que poderão tornar real o sonho de ter um filho.
Para ser diagnosticado com problemas relacionados à fertilidade é necessário que o casal tente, primeiro, engravidar naturalmente. Após esse período, tanto o homem como a mulher devem buscar auxílio de uma equipe médica especializada em métodos de reprodução assistida, para investigar as possíveis causas da infertilidade.
Infertilidade não escolhe gênero
São inúmeros motivos que levam à infertilidade e ela não está ligada diretamente à mulher ou ao homem. Os dois apresentam as mesmas chances de serem afetados por problemas que causam a infertilidade, como:
Além dessas dificuldades, ainda é possível identificar mais causas referentes a infertilidade feminina assim como a infertilidade masculina. Portanto, ao identificar as causas, os médicos especialistas irão recomendar o tipo de tratamento mais adequado para cada casal.
As técnicas de reprodução assistida podem ser mais simples, como a indução da ovulação e a inseminação artificial, ou mais complexas como a fertilização in vitro. Ou seja, essas técnicas podem ser divididas em baixa complexidade ou alta. Continue a leitura para entender um pouco melhor sobre cada método.
Diferentes técnicas de reprodução assistida
O ginecologista, Dr. Jean Louis Maillard (CRM-SC 9987 – RQE 5605), explica alguns procedimentos que podem ser utilizados desde os mais simples até os mais complexos:
Indução da ovulação:
Em alguns casos de infertilidade é necessário que se tenha uma resposta melhor do ovário. Para que isso ocorra, a indução de ovulação é uma técnica fundamental. Algumas formas de conseguir essa resposta dos ovários, é por meio de medicações orais ou injetáveis, onde o controle é feito por US transvaginal e dosagens hormonais.
É interessante destacar que independente da técnica de reprodução assistida escolhida, a indução da ovulação sempre será utilizada, dessa forma garantindo um resultado positivo.
Coito programado:
Com essa técnica também é realizada a indução da ovulação, onde a data para a atividade sexual é definida conforme a resposta do organismo da mulher aos medicamentos por controle atraves de Ultrasom transvaginal. O coito programado é uma técnica de baixa complexidade, uma vez que não precisa de uma estrutura laboratorial e nem de um ambiente cirúrgico para ser realizado.
Inseminação artificial:
A inseminação intrauterina, também conhecida como inseminação artificial, é um procedimento onde, após a indução da ovulação, o esperma processado e concentrado é colocado diretamente na cavidade uterina com o auxílio de um fino cateter posicionado no fundo uterino com controle pelo ultrasom.
É um dos procedimentos mais conhecidos, podendo ser considerado uma técnica de baixa para média complexidade uma vez que é um tratamento simples e de baixo custo, mas que precisa ser feito no consultório da clínica de reprodução assistida.
Segundo alguns estudos, a taxa de gravidez após a inseminação artificial pode variar muito, dependendo de múltiplos fatores. Sua eficácia apresenta significativa redução após os pacientes realizarem algumas tentativas sem sucesso, o processo se restringe a 3 ou 4 ciclos. Mas, de modo geral, é um método efetivo e consagrado no tratamento da infertilidade.
Fertilização in vitro:
A fertilização in vitro é uma técnica de alta complexidade com maiores chances de sucesso, se comparada às outras técnicas.
A primeira parte do tratamento consiste em estimular muito os ovulos. coletar os gametas (óvulos e espermatozoides) e prepará-los para o procedimento. Posteriormente, as células reprodutivas coletadas são acondicionadas em uma incubadora num meio de cultura que simula as condições das trompas, em uma ação feita pelo médico embriologista fora do organismo.
A partir daí, os embriões obtidos com a Fertilização in Vitro ficam na incubadora por até 5 dias, se o processo evoluir no meio de cultura, os chamados pré-embriões são colocados no útero da mulher.
É um processo indolor que após 12 dias, é realizado um exame de sangue (Beta HCG) para saber se ocorreu a gravidez.
“O sucesso da fertilização assistida depende da qualidade dos espermatozoides, dos óvulos e da receptividade do endométrio, sendo de grande importância a qualidade do Laboratório de Reprodução Assistida”, explica o médico.
A taxa de sucesso da FIV para mulheres com até 35 anos é de 30% até 35% e para mulheres a partir dos 40 anos a taxa cai para 15%.
Não espere para procurar ajuda médica
Ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, buscar auxílio médico em uma situação de infertilidade pode não custar muito. Dependendo das causas do problema, as técnicas mais simples podem ser suficientes para conquistar a gravidez desejada. Por esse motivo, dizer que a reprodução assistida é uma alternativa para poucos é falso.
Se o questionamento “Porque não consigo engravidar?” é frequente em sua vida, e você já está tentando engravidar há mais de um ano e não consegue. Procure um médico especializado, afinal, quanto menos tempo esperar, maiores são as chances de resultados positivos.
Tenha em mente que a idade da mulher influencia muito na qualidade de seus óvulos. Os médicos serão sempre os profissionais mais indicados para tirar suas dúvidas e prescrever o tratamento correto.
Procure uma clínica de Reprodução Assistida de confiança, com profissionais qualificados e capacitados para iniciar o seu tratamento ou responder todas as suas dúvidas sobre o assunto.
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