Esterilidade e infertilidade: existe diferença?
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De acordo com o Dr. Jean Louis Maillard (CRM-SC 9987/ CRM-RS 13107/ RQE 5605),ginecologista da Fecondare, não há diferença enquanto o significado de infertilidade e esterilidade, já que ambas nomenclaturas definem problemas para engravidar.
No entanto, há alguns critérios que especificam melhor cada um dos termos e esclarecem essa questão, no que diz respeito às suas causas. Leia o artigo e descubra:
Esterilidade e infertilidade: qual é a diferença?
Podemos dizer que a diferença entre esterilidade e infertilidade é apenas a porcentagem de chance de gerar filhos. Ou seja, o diagnóstico de infertilidade presume que as chances de gravidez estão diminuídas, enquanto a esterilidade indica que a capacidade de procriar é completamente nula.
O que acontece é que a esterilidade consiste na impossibilidade de produzir gametas sexuais, como os óvulos, espermatozoides ou zigotos, que seria a fusão entre o gameta masculino e feminino.
Já a infertilidade é caracterizada pela dificuldade de engravidar em até um ano de vida sexual contínua sem a utilização de métodos contraceptivos. Isso acontece pela disfunção dos órgãos reprodutores, dos gametas sexuais ou do concepto, que corresponde às estruturas embrionárias que se desenvolvem a partir o zigoto.
Além disso, é importante compreender que a infertilidade e a esterilidade podem acometer tanto os homens, quanto as mulheres. Entenda como se manifestam:
Infertilidade masculina e infertilidade feminina
De forma geral, podemos dizer que a causa da dificuldade para engravidar é decorrente de fatores diversos, assim como de condições congênitas ou hereditárias. Veja o que é e o que se relaciona com a infertilidade feminina e a infertilidade masculina:
Infertilidade masculina
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos casos de infertilidade são decorrentes de fatores masculinos. Podemos classificar como os fatores da infertilidade masculina:
- varicocele;
- fatores hormonais;
- criptorquidia;
- infecções como uretrite, infecção urinária e prostatite;
- obstrução do canal por onde passam os espermatozoides;
- doenças sexualmente transmissíveis (DSTs);
- doenças neurológicas;
- traumas testiculares.
Dessa forma, essas condições fazem com que o homem seja incapaz de depositar uma quantidade adequada de espermatozoides na vagina para que a concepção aconteça.
Além disso, da mesma maneira, quando há distúrbios na motilidade dos espermatozoides, assim como anomalias morfológicas, o homem também está incapacitado de gerar filhos normalmente.
Infertilidade feminina
Já a infertilidade feminina, está relacionada a diversos fatores específicos, que reúnem desde causas ovarianas e ovulares, causas tubárias e do canal endocervical, causas relacionadas à implantação do embrião e também ligadas à fertilização.
Descrevemos como causas da infertilidade feminina:
- síndrome dos ovários policísticos;
- ausência de ovulação;
- insuficiência ovariana prematura;
- secreção excessiva de prolactina;
- menopausa precoce;
- hipotireoidismo;
- endometriose;
- infecção pélvica;
- alteração na secreção do muco cervical;
- desequilíbrio hormonal;
- alteração nos cromossomos;
- idade (a partir dos 37 anos).
Além disso, algumas causas de infertilidade que acometem tanto os homens, quanto as mulheres são: uso de drogas; diabetes; doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); histórico de radioterapia e quimioterapia.
De qualquer maneira, quando há qualquer dificuldade para engravidar, é necessário contar com um tratamento de reprodução assistida para que o casal possa ter filhos.
Como é feito o diagnóstico?
Na maioria das vezes, a diferença entre esterilidade e infertilidade nem sempre é diagnosticada com precisão, o que não interfere nos resultados. Ou seja, de qualquer maneira, sendo infértil ou estéril, o tratamento alternativo para engravidar auxilia ambos os casos.
Para diagnosticar a incapacidade de engravidar naturalmente, alguns exames são solicitados, como:
- ultrassonografia transvaginal: capaz de avaliar o útero, ovários, colo do útero, vagina e trompas de falópio;
- histerossalpingografia: exame que avalia a obstrução das trompas uterinas;
- espermograma: faz a avaliação dos espermatozoides enquanto concentração, morfologia, vitalidade e motilidade;
- histeroscopia: permite uma visualização direta da cavidade uterina.
E após identificar o diagnóstico de infertilidade e esterilidade, o que pode ser feito para engravidar?
Como tratar o problema?
Para tratar a infertilidade ou esterilidade, um especialista irá indicar a causa e o grau do problema. A partir disso, é recomendado um tratamento medicamentoso para tratar infecções ou outras causas, além de uma reposição hormonal, caso essa seja a situação.
No entanto, caso não haja sucesso nesses tratamentos ou para situações de outras causas de infertilidade, o ideal é procurar uma clínica de reprodução assistida e optar por métodos alternativos para engravidar.
Assim, é possível acompanhar o seu caso de perto e descobrir qual é a melhor opção para a sua situação. Uma clínica de reprodução assistida de confiança irá te ajudar em todo o processo.
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