Você que está pesquisando sobre técnicas de reprodução assistida, já deve ter se perguntado qual a diferença entre FIV e ICSI. Essas duas abordagens são comumente utilizadas para ajudar casais com dificuldades de concepção a realizarem o sonho de terem filhos.
Casais que não conseguem engravidar naturalmente, muitas vezes, recorrem à ajuda médica especializada. Por isso, uma das primeiras lições de quem pretende fazer um procedimento de reprodução assistida é entender a diferença entre os diferentes tipos de tratamentos.
A fertilização in vitro (FIV),por exemplo, pode ser feita de maneira convencional ou com uso da injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI, na sigla em inglês). Mas qual é a diferença entre FIV e ICSI? Neste artigo, mostramos como cada uma é realizada. Para conhecer as respectivas indicações, continue a leitura!
Como é uma FIV convencional?
A FIV é uma técnica de reprodução assistida que promove o encontro entre o gameta masculino e o feminino em um ambiente controlado, ou seja, em um laboratório. Assim, o embrião é formado in vitro, em um objeto que reproduz as condições das trompas.
Durante o procedimento, os óvulos são coletados do ovário da mulher, colocados numa placa com meio de cultura com 100 a 200 mil espermatozoides e assim serão fertilizados num percentual de 60 a 70%. Uma vez fertilizados, os embriões são cultivados em laboratório até que estejam prontos para serem transferidos para o útero da mulher.
É importante destacar que a FIV é frequentemente recomendada para casais com problemas de fertilidade relacionados a obstruções tubárias, pacientes jovens que tenham recrutados muito óvulos e sêmen limítrofe, ou seja, não tem capacidade de fertilizar in vivo mas tem in vitro
Bons candidatos à FIV
Vantagens e desvantagens
A fertilização in vitro oferece diversas vantagens para casais que enfrentam dificuldades de concepção. Uma delas é que a gestação por meio da FIV é semelhante à espontânea: os índices de abortamento e malformação fetal são os mesmos. No entanto, a desvantagem é que, se os espermatozoides tiverem qualquer alteração, as chances de engravidar diminuem consideravelmente.
Outro aspecto relevante é que na FIV convencional, o período entre a primeira consulta e a realização do primeiro exame de gravidez é de cerca de 45 dias. Porém, se houver necessidade de fazer um tratamento para aumentar a fertilidade, demora ainda mais.
Como é uma ICSI?
A injeção intracitoplasmática de espermatozoides, ou ICSI, é uma técnica avançada de Fertilização In Vitro, que envolve a injeção direta de um único espermatozoide saudável no interior de um óvulo maduro.
Ao contrário da FIV convencional, na qual os espermatozoides fertilizam os óvulos naturalmente em um ambiente de laboratório, a ICSI permite a seleção e introdução precisa de um espermatozoide no óvulo. Ela é frequentemente recomendada para casais com desafios específicos relacionados à fertilidade masculina, como baixa contagem de espermatozoides, baixa motilidade espermática ou anormalidades morfológicas dos espermatozoides.
Bons candidatos à ICSI
Outra situação relativamente comum é o uso da ICSI para fertilização com amostras de sêmen criopreservadas. Isso pode ser feito por indicação dos médicos em pacientes submetidos a tratamentos oncológicos ou à cirurgia de vasectomia reversível. Cabe salientar que sempre que os ovulos forem congelados eles sempre serao submetidos a ICSI pelo processo de denudamento realizado para a criopreservação
Vantagens e desvantagens
A ICSI otimiza o uso dos gametas masculinos. Ela permite que o espermatozoide selecionado seja introduzido, diretamente, no citoplasma do ovócito. Isso é particularmente importante em casos de um material genético limitado. Nessas situações, a ICSI amplia as chances de sucesso.
Outro aspecto relevante: bastam apenas 5 dias para que os melhores embriões sejam selecionados. Cerca de 10 dias depois, a gestação já pode ser confirmada. Já a desvantagem, por assim dizer, é o custo mais elevado se comparado à FIV convencional.
Qual é a diferença entre FIV e ICSI?
Embora a diferença entre FIV e ICSI compartilhem o objetivo comum de facilitar a concepção em casais com problemas de fertilidade, suas abordagens e processos são bem diferentes. A principal diferença está na otimização em relação ao uso dos espermatozoides.
A FIV usa a técnica convencional, na qual cada óvulo recebe, em média, 100 mil espermatozoides. Nela, a fecundação ocorre in vitro. Porém, se espermatozoides tiverem baixa qualidade, isso, dificilmente, ocorrerá.
Já para realização da ICSI, colhe-se uma amostra de sêmen por meio de punção ou microdissecção testicular. Depois de uma rigorosa análise, selecionam-se os espermatozoides de melhor qualidade.
Sendo assim, na ICSI é necessário somente um espermatozoide saudável — o qual é introduzido, diretamente, no óvulo. Isso aumenta suas chances de ser fecundado.
Como escolher a melhor técnica?
Agora que você sabe a diferença entre FIV e ICSI, pode estar se perguntando como escolher a melhor técnica para você e seu parceiro. Contudo, a decisão dependerá de vários fatores, incluindo a causa subjacente da infertilidade, a saúde reprodutiva de ambos os parceiros e as preferências individuais do casal.
Tenha em mente que cada paciente apresenta uma necessidade. Por isso, cabe ao especialista em reprodução assistida definir o melhor tratamento. No caso das mulheres, antes de iniciar a indução de ovulação, o médico avalia o estado das trompas. Ao mesmo tempo, a idade e o histórico clínico também são levados em consideração.
O estilo de vida é outro fator importante. Pacientes tabagistas, que consumam alcoól e/ou drogas, com sobrepeso ou obesidade e, até mesmo, que sofram de estresse, têm mais dificuldade para engravidar.
No caso dos homens, antes de coletar os espermatozoides, o médico solicita a contagem dos gametas e pede uma série de exames. Dessa forma, pode investigar as causas da infertilidade masculina.
Independentemente da técnica escolhida, é fundamental seguir as orientações do médico e manter um estilo de vida saudável durante o processo de tratamento. Com a orientação adequada e o apoio da equipe médica, você e seu parceiro podem tomar decisões estando bem informados, aumentando as chances de sucesso no tratamento da infertilidade.
Também é importante destacar que as chances de a FIV ou da ICSI resultarem em uma concepção bem sucedida é maior em mulheres com até 35 anos, consideradas jovens em termos reprodutivos. Por isso, não demore para buscar ajuda.
Hoje, praticamente 90% dos casos são com ICSI pela maior taxa de blastocistos gerados o que acarretará maior taxa de gravidez. independente da causa da infertilidade.
Esperamos que o artigo tenha ajudado a entender a diferença entre FIV e ICSI. Aproveite para agendar uma consulta. Os especialistas da Fecondare estão prontos para oferecer o melhor tratamento de reprodução assistida em Florianópolis!
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