Publicado em 09/03/2022 - Atualizado 29/03/2022

Adenomiose: o que é, sintomas e tratamento

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Você sabe o que é adenomiose? Trata-se da infiltração do endométrio no miométrio. Achou complicado? Calma, a gente explica. Na prática, ela pode ser entendida como uma endometriose que ocorre no próprio útero. Quando a pessoa que tem essa patologia fica menstruada, há um sangramento dentro da musculatura uterina, provocando uma forte irritação com dor, comprometendo a fertilidade.

Neste artigo, mostramos o que é, quais são os sintomas e como são os tratamentos para a adenomiose — uma doença benigna. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

O que é adenomiose?

Para compreender o que é adenomiose, é preciso entender o que é endometriose. Essa nada mais é do que a presença de pequenos pedaços do endométrio (tecido que reveste o útero internamente) fora da cavidade uterina. A cada menstruação, eles sangram estejam onde estiverem, provocando muita dor.

A adenomiose ocorre quando surgem fragmentos do endométrio dentro do miométrio, que é o músculo do útero. Assim, ao menstruar, há sangramentos uterinos intramusculares.

A doença pode ser localizada, quando é limitada a uma pequena área do miométrio, ou difusa, acometendo-o por completo. Suas causas ainda são desconhecidas, embora haja algumas teorias ligando-a à:

  • origem congênita, devido à má-formação do útero durante a fase embrionária;
  • origem adquirida, por conta de lesões cirúrgicas, como a incisão da cesariana.

Entre os fatores de risco, está o maior tempo de exposição aos hormônios femininos. Por isso, a adenomiose é mais comum em mulheres por volta dos 35 anos de idade, melhorando apenas com a menopausa. Outros aspectos que corroboram para sua ocorrência é ter tido a primeira menstruação cedo, ciclos menstruais curtos, duas ou mais gestações e histórico familiar.

Quais são os sintomas da doença?

A adenomiose pode ser assintomática ou provocar sintomas que prejudicam a qualidade de vida, principalmente, no período menstrual. É o caso das cólicas fortes e fluxo menstrual intenso e prolongado, assim como da dor durante a relação sexual.

Quando localizada, ela costuma formar pequenos nódulos, com características semelhantes a miomas (os chamados adenomiomas). Já quando difusa, leva ao inchaço do útero, deixando-o com as paredes assimétricas e volume aumentado, similar ao de uma gravidez de 12 semanas. Dor pélvica crônica e distensão abdominal também são ocorrências notadas.

Outro sintoma da adenomiose é a redução da capacidade reprodutiva. Ainda que a doença não impeça a gravidez, ela aumenta o risco de aborto espontâneo, podendo levar a um quadro de abortamento habitual. Em outros casos, leva à ocorrência de trabalhos de partos prematuros.

Como é o diagnóstico e tratamento da adenomiose?

O diagnóstico definitivo da adenomiose só pode ser confirmado com a análise do miométrio, o que exige a retirada do útero (histerectomia). Já o diagnóstico sugestivo para a doença se baseia na presença de sintomas associados e de achados em exames de imagem (ultrassom transvaginal ou ressonância magnética da pelve).

Se a doença estiver localizada, pode-se tratá-la por meio da remoção cirúrgica do adenomioma (laparoscopia). Se difusa, o único tratamento 100% eficaz é a histerectomia radical.

Porém, como a adenomiose é relativamente “passageira”, pois costuma se intensificar após os 40 anos e regride com a menopausa, a cirurgia raramente é indicada. Nos seus piores anos, ela pode ser bem administrada com medicamentos. Em geral, recomenda-se o uso de:

  • anti-inflamatórios ou analgésicos, para diminuir a intensidade das cólicas;
  • anticoncepcionais orais, DIU de levonorgestrel ou análogos do GnRH, para regular os hormônios.

No entanto, para mulheres que desejam engravidar, a abordagem precisa ser diferente. Como a patologia dificulta a gravidez, o acompanhamento de um especialista em reprodução assistida, desde o planejamento gestacional, é imprescindível

Via de regra, o tratamento para adenomiose em pacientes que desejam engravidar consiste no uso de medicação para alívio da dor e, por um breve período, de anticoncepcionais hormonais ou de mdeicação que bloqueia a hipófise e o ovario causando uma menopausa quimica temporaria na mulher. Isso porque, independentemente da técnica indicada (coito programado, inseminação artificial ou fertilização in vitro),antes de iniciar a estimulação ovariana é necessário preparar o organismo.

O objetivo é diminuir os níveis de estrogênio e minimizar os efeitos inflamatórios da doença. Com isso, as chances de haver a implantação adequada do embrião, bem como de se ter uma gestação mais segura, tranquila e saudável, aumentam consideravelmente!

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Publicado por: E-saúde

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