Muitos fatores podem impactar negativamente na fertilidade feminina. Um deles é a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Esse problema causa infertilidade em até 40% das pacientes, segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Estamos falando de uma condição complexa e que gera vários sintomas. Portanto, é importante entendê-la a fundo e saber quais são os tratamentos disponíveis.
Preparamos este material para explicar os detalhes da SOP e o que ela provoca no organismo, sem esquecer de mostrar como você pode buscar ajuda. Continue lendo e descubra.
O que são ovários policísticos?
A Síndrome dos Ovários Policísticos é um distúrbio hormonal comum, que afeta de 6% a 13% das mulheres em idade fértil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O nome vem do fato de que os ovários dessas pacientes apresentam múltiplos e pequenos cistos. Isto é, folículos imaturos que não conseguiram se desenvolver corretamente para liberar óvulos durante o ciclo menstrual.
Na SOP, o equilíbrio hormonal fica alterado, o que pode provocar a produção excessiva de hormônios masculinos, como a testosterona, e interferir na ovulação regular. Isso significa que pode ocorrer a dificuldade para ovular, o que reduz as chances de engravidar naturalmente.
Como a SOP afeta a fertilidade?
A principal forma pela qual a SOP dificulta a fertilidade feminina é pela anovulação, ou seja, a ausência da liberação do óvulo maduro pelo ovário, como mencionamos anteriormente.
Na síndrome, os ciclos menstruais costumam ser irregulares, prolongados ou até ausentes, o que indica que a ovulação não está ocorrendo normalmente. Além disso, os desequilíbrios hormonais da SOP afetam o ambiente uterino, dificultando a implantação do embrião.
Outro fator que pode interferir na fertilidade é a resistência à insulina, comum em mulheres com ovários policísticos, o que pode impactar negativamente a ovulação e o metabolismo geral.
Os principais sintomas
A Síndrome dos Ovários Policísticos se manifesta de diversas formas, mas nem todas as mulheres apresentam o grupo inteiro de sintomas. Os principais sinais incluem:
- irregularidade menstrual: ciclos longos, espaçados ou ausência de menstruação;
- ovulação irregular ou ausente;
- aumento dos níveis de hormônios masculinos (andrógenos),que podem causar acne persistente, crescimento excessivo de pelos e queda de cabelo;
- ovários aumentados e com múltiplos cistos, detectados por ultrassonografia;
- ganho de peso e dificuldade para emagrecer, especialmente com gordura na região abdominal;
- resistência à insulina e risco aumentado de diabetes tipo 2;
- dificuldade para engravidar devido à irregularidade da ovulação;
- alterações emocionais, como ansiedade e depressão, que podem estar relacionadas ao impacto hormonal e ao estresse da condição.
Como é feito o diagnóstico de ovários policísticos?
O diagnóstico da SOP é clínico e envolve uma avaliação detalhada dos sintomas, exames laboratoriais e de imagem. Para confirmar a síndrome, os médicos geralmente utilizam os critérios de Rotterdam, que estabelecem que a paciente deve apresentar pelo menos dois dos três indícios abaixo:
- irregularidade menstrual ou ausência da ovulação;
- excesso de hormônios masculinos;
- ovários policísticos na ultrassonografia.
Além disso, são solicitados exames para avaliar a glicemia e a insulina, entre outros testes complementares.
Os tratamentos para ovários policísticos
Embora a Síndrome dos Ovários Policísticos não tenha cura definitiva, existem diversas opções de tratamento para controlar os sintomas e ajudar mulheres que desejam engravidar. Veja a seguir:
1. Mudanças no estilo de vida
A primeira recomendação para o manejo da SOP é a adoção de hábitos saudáveis, como dieta equilibrada, prática regular de exercícios físicos e controle do peso corporal. A perda de peso, mesmo que moderada, pode melhorar a resistência à insulina e restaurar a ovulação.
2. Tratamento medicamentoso
Dependendo do caso, o médico pode indicar anticoncepcionais orais, com o objetivo de regular os ciclos menstruais e reduzir os níveis de hormônios masculinos, controlando sintomas como acne e pelos excessivos.
Existem ainda medicamentos para indução da ovulação, melhora da sensibilidade à insulina e outros tratamentos hormonais para a saúde endócrina.
3. Técnicas de reprodução assistida
Para mulheres que não conseguem engravidar mesmo após tratamentos convencionais, a reprodução assistida oferece alternativas, como a fertilização in vitro (FIV). Nessa técnica, os óvulos são coletados e fertilizados em laboratório, aumentando as chances de sucesso mesmo em casos de ovulação irregular ou comprometida.
O acompanhamento individualizado na Fecondare
Na Fecondare, entendemos que cada mulher é única e que a jornada para a maternidade pode exigir cuidados especiais, principalmente em condições como a Síndrome dos Ovários Policísticos.
Por isso, oferecemos um acompanhamento personalizado, que começa com uma avaliação detalhada e segue com um plano de tratamento individualizado, focado nas necessidades e objetivos de cada paciente.
Nossa equipe multidisciplinar conta com especialistas em reprodução assistida, psicologia e demais áreas, promovendo um suporte completo para o tratamento da SOP e o cuidado integral à saúde da mulher.
Os ovários policísticos não precisam interromper o sonho da gravidez
Os ovários policísticos é um desafio para muitas mulheres que desejam engravidar, mas com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível superar as dificuldades e aumentar significativamente as chances de gravidez.
Caso você suspeite que pode ter SOP ou está enfrentando problemas de fertilidade, não deixe de buscar ajuda especializada. Na Fecondare, estamos prontos para acompanhar você em cada etapa, oferecendo suporte, orientação e cuidados.
Ficou com alguma dúvida? Entre em contato e venha conversar com a nossa equipe. Estamos à disposição para ajudá-la!