Outubro Rosa: a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

Outubro Rosa: a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

A campanha Outubro Rosa, de conscientização do câncer de mama, nos lembra da importância de ficarmos atentos a cada sinal de alerta do nosso corpo e buscar ajuda médica de forma rápida.

Afinal, estamos falando do tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras, com cerca de 73 mil novos diagnósticos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Porém, quando descoberto de forma precoce, as chances de cura podem superar 95%.

Portanto, é sempre importante entender o que é essa doença, como identificá-la, os tratamentos, a preservação da fertilidade e outros aspectos. Continue lendo para aprender mais.

Outubro Rosa: o que é o câncer de mama?

Trata-se de uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de nódulos, alguns com maior agressividade e outros mais leves. Por exemplo:

  • carcinoma ductal: a forma mais comum, que se desenvolve nos ductos mamários, responsáveis pelo transporte do leite;
  • carcinoma lobular: surge nas glândulas mamárias (lóbulos),que produzem o leite;
  • câncer de mama inflamatório: uma forma mais agressiva, que causa vermelhidão, inchaço e aquecimento da pele da mama;
  • câncer de mama metastático: quando as células cancerígenas se espalham para outros órgãos, como ossos, fígado, pulmões ou cérebro.

Os sintomas

Um dos principais objetivos da campanha Outubro Rosa é alertar sobre os sintomas do câncer de mama. Nos estágios iniciais, o tumor nem sempre apresenta sinais. No entanto, com o avanço, a paciente pode perceber:

  1. nódulo, geralmente indolor;
  2. alterações no mamilo;
  3. pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  4. pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  5. saída de líquido anormal das mamas.

Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes e vale ressaltar que nem sempre o diagnóstico é de câncer. Em alguns casos, pode ser um nódulo benigno.

Algumas pacientes, por medo ou desconhecimento, preferem não falar no assunto e acabam atrasando o diagnóstico. Por isso, é preciso desfazer crenças sobre o câncer, para que a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um mal incurável e inevitável.

É possível reduzir o risco de câncer de mama?

Outra meta do Outubro Rosa é mostrar que o câncer de mama pode ser prevenido! Para isso, é preciso ter bons hábitos, como praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Outro fator protetor é amamentar. Isso porque, com a lactação, o corpo fica menos exposto ao estrogênio, pois alguns tipos de tumores crescem com a influência desse hormônio.

A importância do diagnóstico precoce

Com o Outubro Rosa aprendemos sobre a importância do diagnóstico precoce. Como mencionamos anteriormente, a descoberta do tumor nos estágios iniciais aumenta as chances de cura.

Então, os exames preventivos devem fazer parte da rotina de toda mulher. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda a realização de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos de idade.

Mulheres mais jovens também devem se cuidar, com a consulta periódica ao médico ginecologista, que irá orientar sobre os exames necessários a partir da condição clínica de cada paciente.

O Outubro Rosa incentiva a realização de mamografia, um exame que consegue identificar nódulos no estágio inicial
O Outubro Rosa incentiva a realização de mamografia, um exame que consegue identificar nódulos no estágio inicial

Outubro Rosa também é sobre fertilidade

Uma das angústias que afetam as mulheres em idade reprodutiva e diagnosticadas com câncer de mama é o risco de infertilidade.

O perigo é real, pois os medicamentos da quimioterapia, por exemplo, atingem não apenas as células cancerígenas, mas algumas saudáveis. Assim, há a chance de afetar negativamente os gametas femininos.

Radioterapia e hormonioterapia, outros tratamentos comuns, também reduzem a função ovariana, prejudicando a capacidade de conceber após a remissão da doença.

A boa notícia é que existem estratégias de preservação da fertilidade que podem ser consideradas antes do início do tratamento. Uma delas é o congelamento de óvulos ou embriões. Essa técnica envolve a retirada de óvulos maduros (fecundados ou não) e congelados para uso futuro.

Outra alternativa é o congelamento de tecido ovariano, indicado especialmente em pacientes que não podem adiar o início da quimioterapia. Dessa forma, pequenos fragmentos de tecido ovariano são retirados e congelados para reimplantação futura.

Temos ainda o uso de medicamentos para proteção ovariana, uma vez que alguns fármacos podem ser administrados durante a quimioterapia para reduzir o impacto sobre os ovários, embora a eficácia possa variar de acordo com a idade e o tipo de tratamento.

É fundamental que a discussão sobre fertilidade seja feita antes do início do tratamento, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por oncologista e especialista em reprodução assistida.

Isso permite que a paciente tome decisões conscientes e tenha maior segurança em relação ao seu futuro reprodutivo.

Além de preservar a fertilidade, o planejamento contribui para o bem-estar emocional da mulher, ajudando-a a enfrentar o tratamento com maior tranquilidade e perspectiva de futuro.

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Outubro Rosa: você não está só na luta contra o câncer

Por fim, queremos registrar que, por mais assustador que o diagnóstico de câncer de mama possa ser, lembre-se que você não está só na jornada pela cura.

Seja no Outubro Rosa ou em qualquer mês do ano, faça seus exames preventivos, solucione qualquer dúvida com seu médico e mantenha hábitos saudáveis.

Caso a doença apareça e você ainda queira engravidar no futuro, os especialistas da Fecondare estão à disposição para traçar as estratégias de prevenção da fertilidade adequadas para o seu caso.

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Equipe Fecondare