Planejar a gravidez faz toda a diferença para a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê, ainda mais quando existem doenças preexistentes. No caso das grávidas com diabetes, isso ajuda a prevenir complicações como pressão alta e parto prematuro, além de problemas respiratórios e cardíacos no recém-nascido.
Você tem diabetes e pretende engravidar? Este artigo, escrito sob orientação do Dr. Jean Louis Maillard, ginecologista da Fecondare (CRM-SC 9987, CRM-RS 13107 e RQE 5605),encontra-se repleto de conselhos valiosos. Aproveite a leitura!
Por que o planejamento gestacional é importante?
A busca por orientação e cuidados médicos prévios à gestação é essencial. Afinal, trata-se de um período que exige muita energia e preparo do corpo e da mente da mulher.
Sendo assim, é de extrema importância que ambos estejam equilibrados para se tornarem aptos a desenvolver uma nova vida. Dessa forma, previnem-se prejuízos para mãe e para o feto em formação.
Mas, como funciona o tal planejamento gestacional? Na verdade, basta que a futura gestante procure um ginecologista obstetra, realize alguns exames de check-up e peça orientações sobre:
- como deve ser o uso de medicações;
- como deve ser o consumo de vitaminas;
- como suspender o cigarro;
- como lidar com as bebidas alcoólicas;
- como fazer atividades físicas moderadamente;
- como deve ser a prática sexual;
- questões relacionadas à vacinação; entre outras.
Quem tem diabetes deve tomar algum cuidado antes de engravidar?
Com certeza! Para a mulher diabética que pretende ter filhos, consultar especialistas antes de engravidar é muito mais do que uma boa sugestão. Portanto, confira os conselhos a seguir e tenha uma gestação segura e tranquila!
Procure um bom obstetra
O obstetra irá tomar as devidas providências para que a paciente tenha um bebê saudável e que ela própria não sofra com a gestação. Para isso, fará uma avaliação integral da futura mamãe. Tal “investigação” é focada em aspectos relacionados aos prejuízos que essa condição pode causar em qualquer pessoa e que podem ser agravados em decorrência da gestação.
Continue o acompanhamento com o endocrinologista
Mas além do obstetra, para a grávida com diabetes, continuar fazendo o acompanhamento do endocrinologista também é imprescindível. Esse especialista já faz parte da sua rotina de controle e, durante a gestação, deve ser visitado regularmente.
As orientações que o médico deve fornecer competem não apenas a questões relacionadas à alimentação e à prática de atividades físicas. Elas também têm a ver com o ajuste das medicações que a paciente faz uso, pois algumas podem causar sérios prejuízos ao bebê em formação. Parte delas, provavelmente, será suspensa. É o caso das usadas no tratamento da hipertensão arterial ou para o colesterol. Por tudo isso, a importância da orientação médica da paciente diabética que pretende engravidar é indiscutível.
Faça os exames solicitados pelos especialistas
Mulheres com diabetes devem ser avaliadas, integralmente, antes de engravidar. Nesse sentido, há certos exames que não podem faltar.
Um deles é o exame oftalmológico. Seu papel é avaliar o dano que a doença já pode ter provocado aos olhos (habitualmente afetados pelo diabetes) da paciente.
Outros órgãos especialmente sujeitos a esses agravos são os rins. Por isso, alguns exames laboratoriais, como a dosagem de creatinina, também deverão ser solicitados.
Além disso, ainda deverá ser feita uma avaliação da tireoide, assim como um exame de urina para pesquisar infecções. Todos esses procedimentos são essenciais para que uma mulher diabética possa se preparar, da melhor maneira possível, para a gravidez.
Controle muito bem a glicemia
O controle da glicemia é, provavelmente, o mais importante aspecto a ser avaliado antes da concepção. Isso porque, seu alto índice nas primeiras semanas de gestação pode ser bastante prejudicial ao feto. Vale lembrar que esse é, justamente, um período no qual a maioria das mulheres ainda não sabe que está grávida.
Os riscos associados à hiperglicemia incluem anomalias congênitas e abortos. Fora isso, as grávidas com diabetes tendem a ter:
- mais problemas devido ao aumento de pressão arterial;
- maior possibilidade de parto prematuro;
- mais chance de o bebê nascer muito grande;
- maior risco de ter problemas na saída do bebê;
- maior tendência a necessitar de cesárea.
E tem mais: após o nascimento, o recém-nascido ainda pode apresentar problemas respiratórios ou cardíacos. Existe, também, a maior probabilidade de a criança vir a desenvolver diabetes e obesidade no futuro.
Siga uma alimentação balanceada
Esse conselho está diretamente ligado ao anterior, pois a nutrição é considerada uma estratégia de intervenção primária para o gerenciamento da glicose no sangue. Assim, a dieta para as grávidas com diabetes ou para pacientes diabéticas que pretende engravidar visa um melhor controle do índice glicêmico.
O cardápio deve ser elaborado por um nutricionista, objetivando a distribuição dos nutrientes de maneira equilibrada. A American Diabetes Association (ADA) e outras sociedades da área indicam fazer três pequenas refeições e de dois a quatro lanches saudáveis por dia.
Ainda que recomendações variem de pessoa para pessoa, conforme as características individuais e estilo de vida, de maneira geral, funciona assim:
- carboidratos correspondem a 45 a 65% do total de calorias ingeridas por dia, devendo vir de legumes, verduras, grãos integrais, frutas e leites e derivados desnatados;
- proteínas correspondem a 15 a 20%, devendo ser obtidas em carnes magras, ovos, tofu e leguminosas (como feijões, soja, lentilha, ervilha e grão de bico);
- lipídeos correspondem a 20 a 35%, devendo ser provenientes de azeite, nozes e sementes, abacate, peixes marinhos e outras fontes de gorduras insaturadas.
Além disso, não podem faltar fibras, vitaminas (principalmente, A, E, D e ácido fólico) e minerais (com destaque para o ferro, zinco, magnésio e cálcio). Essa recomendação vale tanto para a grávida com diabetes como para as gestantes em geral.
No que diz respeito aos adoçantes, são permitidos: aspartame, sucralose, sacarina, acessulfame K e neotame. Mas atenção: a quantidade deve ser menor do que a máxima diária recomendada nas embalagens.
O que fazer diante desses conselhos e informações?
“Todas as possibilidades mencionadas até aqui são apenas riscos potenciais. Mas, por serem reais, exigem muita atenção por parte da paciente e de seu médico. Com os devidos cuidados, a gestação deve transcorrer de maneira saudável, tanto para a futura mamãe, como para seu bebê. Sendo assim as grávidas com diabetes podem ficar tranquilas, pois, sendo bem acompanhados, os perigos associados à doença minimizam muito”, garante Dr. Jean, especialista da Fecondare.
Caso ainda haja alguma dúvida, entre em contato para que possamos ajudar. E se estiver em Florianópolis, SC, ou tiver disponibilidade para vir à cidade, agende uma consulta e faça uma avaliação individual com um de nossos especialistas!