Infelizmente, o aborto de repetição pode se tornar um empecilho para os casais que esperam por mais um integrante para a família. No entanto, ao conhecer mais sobre o problema, é possível adotar algumas medidas para diminuir as chances de passar novamente por essa situação.
Preparamos um artigo muito especial que explica sobre o aborto de repetição, ao mesmo tempo, em que alerta sobre essa situação e ensina a melhor forma de lidar com o problema. Leia na íntegra:
Aborto de repetição: o que é?
Um aborto é caracterizado pela perda espontânea do feto antes das 20 semanas ou 5 meses de gestação. Também pode ser caracterizado quando a idade gestacional do bebê não é conhecida e o peso fetal é menor que 500g.
É importante considerar que em 10% das gestações, o aborto é um evento reconhecido enquanto que, em outras 20%, o processo não é nem mesmo notado pela mulher, e o aborto pode ocorrer entre uma menstruação e outra.
Os abortos de repetição recebem este nome quando a perda do bebê acontece mais de duas vezes consecutivas durante as tentativas que o casal busca para engravidar.
Embora seja considerada uma situação comum nas primeiras gestações, a repetição de abortos deve ser investigada e tratada, com um acompanhamento psicológico.
O que causa um aborto?
De forma geral, os abortos que ocorrem antes da 10ª semana de gestação, na maioria das vezes, estão relacionados a erros cromossômicos ou má formações fetais severas, que inviabilizam a vida do feto dentro do útero materno.
Já as perdas mais tardias, depois das 10 primeiras semanas de gestação, em sua maioria, possuem ligação com condições maternas, como a presença de miomas e alterações anatômicas do útero.
De maneira ampla, podemos classificar como causas gerais de um aborto, os seguintes aspectos:
- alterações cromossômicas e genéticas;
- alterações anatômicas
- problemas imunológicos;
- trombofilias;
- alterações endócrino-metabólicas;
- determinados tipos de infecções;
- algum fator relacionado ao pai;
Embora as causas de um aborto possam ser variadas e, muitas vezes, naturais, é fundamental investigá-las. Até mesmo as mulheres que já são mães, quando perdem um bebê sem motivo aparente devem procurar entender o que aconteceu.
Por isso, qualquer que seja a causa de um aborto, essa deve ser investigada profundamente, a fim de evitar que o quadro evolua para outros abortos consecutivos.
Como tratar o aborto de repetição?
Sem dúvida, o aborto de repetição gera grande angústia e frustração para a família e também para os médicos que auxiliam e acompanham todo o processo.
Entretanto, quando a causa é investigada, algumas vezes, há a possibilidade de tratamento do fator desencadeante. Por exemplo: no caso de síndrome antifosfolípides; má formação uterina; diabetes não controlado e doenças tireoidianas, existe a possibilidade de tratamento. Assim, é possível interromper abortos futuros.
Felizmente, mesmo sem intervenções, o prognóstico para mulheres com história de abortos de repetição é favorável. Para as gestantes com síndrome antifosfolípides, o uso de uma medicação anticoagulante aumenta as chances de o feto permanecer viável.
Já nos casos de alterações na forma do útero materno, alguns especialistas sugerem cirurgia corretiva, embora outros não mantenham essa recomendação.
Nas alterações cromossomais, algumas técnicas da área de reprodução humana já têm sido recorridas. Por exemplo, a procura pré-implantacional por erros genéticos tem sido utilizada, já que o procedimento evita a transferência de embriões geneticamente inviáveis.
Solução para perda fetal por septo uterino
Além disso, quando a causa do aborto é decorrente de septo uterino, um tipo de alteração congênita que divide o útero por um bloqueio, existe um tratamento bastante eficaz para interromper as perdas fetais.
De acordo com Dr. Jean Louis Maillard, da Clínica Fecondare, a solução para essa e outras má-formações uterinas é a técnica histeroscopia, utilizada há vinte e cinco anos pelo especialista.
“Nestes casos, indico sempre a cirurgia, mas em outros aspectos concordo plenamente com as colocações e, sobretudo com o aspecto de que vários tratamentos empíricos acabam sendo utilizados para dar ânimo aos casais, já que cerca de 70% deles engravidam espontaneamente”.
Por isso, vale ressaltar a importância do controle da doença, pois, quando tratada adequadamente, os abortos podem parar de acontecer.
Como diminuir as chances de um aborto de repetição?
Há diversos outros fatores que, apesar de não estarem diretamente relacionados com aborto de repetição, devem ser evitados para não aumentar as chances de uma gravidez de risco.
Por isso, para evitar os abortos de repetição, mantenha-se atento para questões como:
- obesidade;
- tabagismo;
- uso de álcool;
- uso moderado ou intenso de cafeína;
- práticas de exercício físico intenso;
- atividade sexual extenuante.
Além disso, após o aborto, o acompanhamento psicológico do casal é fundamental. Na maioria das vezes, o aborto de repetição representa um grande trauma e, por isso, deve ser visto com atenção e cuidado.
Com ajuda psicológica, as chances de que venha uma gravidez de sucesso, seja com técnicas de reprodução assistida ou naturalmente, aumentam significativamente.
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