Para muitos casais, ter filhos é parte primordial do projeto de vida, o cumprimento de um importante papel social e, ainda, a concretização de um estágio de maturidade pessoal. No entanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),em todo o mundo, entre 8% e 15% dos casais sofrem com alguma forma de infertilidade e dependem dos tratamentos realizados em clínicas de fertilização para ter um bebê.
As clínicas de fertilização são centros especializados em saúde reprodutiva que atendem, de forma integrada e multidisciplinar, pessoas com dificuldade em engravidar naturalmente. No Brasil, há quase 300 mil casais nesta condição, segundo o Ministério da Saúde. A tecnologia tem sido uma grande aliada desses homens e mulheres para o diagnóstico e tratamento da infertilidade, seja ela feminina ou masculina, levando nova esperança para quem quer ter o primeiro filho ou ampliar a família.
Para a OMS, um casal é considerado infértil quando mantém relações sexuais regulares sem fazer uso de qualquer método contraceptivo e não consegue obter sucesso na fecundação pelo período de, pelo menos, um ano quando a mulher tem menos de 35 anos e por seis meses no caso daquelas acima dos 35 anos. Após esse prazo, tanto o homem quanto a mulher devem procurar investigar as causas pelas quais a concepção não acontece.
A impossibilidade de engravidar é proveniente de fontes distintas, por isso, cada caso precisa ser avaliado individualmente. Às vezes, a fecundação não ocorre devido a:
- distúrbios hormonais;
- doenças que causam danos aos óvulos e espermatozoides;
- cirurgias;
- tratamentos que levam à infertilidade;
- outros fatores.
É sempre bom lembrar que a infertilidade masculina é tão comum quanto a feminina, na proporção de cerca de 40% para cada grupo, sendo os 20% restantes relativos a problemas comuns ao casal (estresse, ansiedade, etc) ou causas desconhecidas. Felizmente, na maioria dos casos, a infertilidade pode ser revertida com ajuda médica especializada. Hoje, são pelo menos seis os tipos de tratamento que podem ser realizados de acordo com a origem do problema.
Tratamentos realizados em clínicas de fertilização
1. Fertilização In Vitro (FIV)
A mulher é induzida a produzir uma maior quantidade de folículos através de medicamentos específicos. Quando o acompanhamento pelo ultrassom indicar que estes alcançaram a maturidade ideal, é feita uma punção transvaginal para a coleta dos óvulos que, já fora do organismo feminino, são fertilizados in vitro (FIV). Os espermatozoides são obtidos pela ejaculação ou pela retirada direta do epidídimo ou do testículo.
A fertilização pode ser feita de duas maneiras:
Convencional: quando os gametas são colocados no meio de cultura.
Injeção intracitoplasmática de esperma (ICSI): em que os gametas são inseridos diretamente no óvulo através de uma agulha. Esta técnica é a mais utilizada nos dias de hoje.
Ambas são indicadas quando a mulher apresenta algum tipo de alteração na tuba uterina, como aderência ou obstrução, além de casos de endometriose, laqueadura tubária, número reduzido de espermatozoides, homens vasectomizados ou mesmo infertilidade por causa desconhecida.
Após 12 dias, a gravidez é confirmada através do exame de sangue Beta HCG. Em mulheres com menos de 35 anos, a taxa de sucesso da fertilização é de 40% a 50% e o índice de aborto é igual ao de uma fertilização natural.
2. Inseminação artificial
Na inseminação artificial, os espermatozoides são inseridos diretamente na cavidade endometrial logo após a indução da ovulação, melhorando a capacidade e as chances de fecundação.
Quando o sêmen é do próprio companheiro, a inseminação é chamada de homóloga, mas ela também pode ser feita com o sêmen de um doador anônimo, escolhido através da paridade de características. A inseminação realizada com esperma doado é chamada de heteróloga e pode ser utilizada quando ocorrer ausência de espermatozoides no companheiro.
3. Indução da ovulação com coito programado
Quando a causa da infertilidade é a falta de ovulação, os médicos investigam o porquê de a mulher não ovular, já que os motivos podem ser muitos. Geralmente, variam entre a falta de hormônios que estimulam a ovulação, casos em que o peso da mulher (muito baixo ou muito alto) influencia na saúde de maneira geral, ou, ainda, um ovário (produtor do óvulo) que não responde aos estímulos que recebe.
Neste caso, é preciso traçar uma série de ações para induzir a ovulação, através de medicamentos que variam de acordo com as particularidades de cada paciente. Os efeitos colaterais, custos e tempo de duração do tratamento são bastante diversos. Alguns dos medicamentos mais utilizados agem na hipófise, fazendo com que a glândula estimule o ovário para a produção do óvulo.
4. Criopreservação de óvulos, sêmen e embriões
Muitas mulheres, homens e casais encontram na criopreservação de óvulos, sêmen e embriões uma forma de preservar a fertilidade antes de realizar procedimentos que possam prejudicá-los, como quimioterapia e radioterapia, por exemplo. Por outro lado, um número também crescente de mulheres saudáveis procuram a criopreservação por motivos afetivos ou profissionais que façam com que tenham de postergar a maternidade.
5. Andrologia
Como as causas da infertilidade podem ser comuns ao casal, as ações precisam abranger todos os aspectos, incluindo exame físico criterioso e, ainda, outros exames complementares, que dependem de cada caso.
De uma forma geral, no entanto, a andrologia pode englobar o espermograma, a cirurgia de reversão de vasectomia (mais indicada para homens que passaram pelo procedimento há menos de oito anos),a correção de varicocele (varizes escrotais) e, ainda, a obtenção de espermatozoides para a ICSI.
6. Acompanhamento psicológico
Ter o acompanhamento psicológico durante todo o processo é essencial para amparar as demandas emocionais dos pacientes em tratamento, ajudando-os a acolher e a se familiarizar com os procedimentos, sanando dúvidas e dando todo o apoio necessário a um desejo que mexe tão intimamente com os mais profundos instintos humanos. Serve, também, de apoio para tomadas de decisão e reflexões sobre os rumos dos tratamentos, sempre de forma personalizada.
O atendimento multidisciplinar é parte importante dos serviços das clínicas de saúde reprodutiva comprometidas com um tratamento acolhedor e individualizado, segurança e bem-estar dos pacientes.
Os tratamentos realizados em clínicas de fertilização são de alta especialização para que o resultado esperado seja alcançado da forma mais rápida e adequada para cada caso. Por isso, a equipe deve ser constituída por profissionais da área da ginecologia, embriologia, andrologia e psicologia.
Procure uma equipe composta por profissionais experientes e habilitados sempre que achar que está vivenciando uma situação de infertilidade. Eles podem avaliar seu caso e orientar, de maneira individual e precisa, sobre as melhores alternativas na área de saúde reprodutiva.
Se precisar, conte com a Fecondare para isso. Entre em contato com a nossa equipe, estamos à disposição!