A infertilidade pode ser causada por diferentes situações, entre elas as complicações provenientes da contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a clamídia e a gonorreia são responsáveis por cerca de 25% dos casos de infertilidade entre mulheres e homens.
Ambas as doenças provocam infecções que, quando não tratadas, levam ao desenvolvimento da doença inflamatória pélvica (DIP), condição que pode provocar alterações tubárias nas mulheres e infecções na uretra nos homens e, consecutivamente, a dificuldade de engravidar naturalmente.
ISTs são causadas por uma variedade de vírus, bactérias e outros microrganismos transmitidos por meio do contato sexual. Algumas das infecções mais comuns, além da clamídia e gonorreia, incluem o herpes genital e o HIV. É importante ter em mente que quando uma pessoa contrai uma IST, pode haver uma série de efeitos negativos em seu corpo, incluindo a infertilidade.
As infecções sexualmente transmissíveis podem danificar o trato reprodutivo, assim como causar cicatrizes, bloqueios ou inflamações. Ou seja, as ISTs podem prejudicar a capacidade da pessoa de engravidar ou ter uma gravidez saudável.
IST pode ser assintomática?
É comum que essas doenças não apresentem sintomas e o desenvolvimento da infecção comprometa o aparelho reprodutor sem que a pessoa perceba. A clamídia, por exemplo, é uma IST comum que muitas vezes não apresenta sintomas óbvios.
Se não for tratada, pode levar a infecções do trato genital superior, o que pode resultar em cicatrizes nas trompas de falópio, tornando difícil para o óvulo viajar pelo trato reprodutivo e se encontrar com o espermatozoide, resultando na fertilização.
Já no homem, a doença pode levar à inflamação da próstata e dos testículos, prejudicando a qualidade do esperma e reduzindo a quantidade de espermatozoides produzidos. Além disso, por ser assintomática, além de prejudicar a saúde de quem está contaminado. O portador do vírus pode, ainda, tornar-se um transmissor, com o maior risco nas relações sexuais sem proteção.
Chances de tratamento para os casos de IST
Quando o diagnóstico da infecção é feito no início, podem ser realizados tratamentos com antibióticos ou antirretrovirais. Felizmente, muitas ISTs são tratáveis com medicação, o tratamento precoce é importante para evitar complicações e reduzir o risco de transmissão para outras pessoas.
No entanto, se a IST for descoberta em um momento avançado, é possível que o tratamento não tenha o efeito esperado, ou demore para ser combatida. É importante destacar que quanto mais tempo demorar, maior a chance de complicações e infertilidade.
Algumas ISTs, como o herpes genital e o HIV, não têm cura. Nesses casos, o tratamento nesses casos se concentra em gerenciar os sintomas e reduzir o risco de transmissão. Em resumo, as chances de tratamento para as ISTs são geralmente boas, especialmente quando a infecção é detectada e tratada precocemente.
Tenha em mente que tratar essas infecções, não significa que a infertilidade resultante será tratada automaticamente. Pode ser necessário buscar tratamento adicional para infertilidade, no entanto, vai depender da gravidade da infecção, assim como dos danos causados ao trato reprodutivo.
Infertilidade
Nas mulheres, a inflamação pélvica pode causar obstrução ou dilatação das trompas, o que impede a passagem dos espermatozoides para alcançar o óvulo e fecunda-lo. Nos homens, as complicações estão relacionadas à infecção do canal da urina (uretrite),próstata e epidídimo, local onde ocorre o amadurecimento dos espermatozoides. Isso resulta em uma piora significativa na qualidade do sêmen.
O HPV (vírus do papiloma humano) também pode levar à infertilidade. Esse tipo de vírus é o responsável por 90% dos casos de câncer de colo de útero, por esse motivo se tornou uma preocupação para os serviços de saúde pública e já existem vacinas aplicadas em meninas entre nove e 13 anos para prevenir a doença.
Mas não é só o tumor que essa doença pode causar, existe também o surgimento de verrugas na região genital que também podem se complicar e levar à infertilidade na mulher.
Prevenção
A prevenção das ISTs é fundamental para evitar suas consequências negativas, incluindo a infertilidade. A melhor forma de prevenção é a utilização de proteção em todas as formas de contato sexual e, quem já fez sexo sem proteção precisa realizar exames. As mulheres devem procurar um ginecologista e os homens um urologista, para o acompanhamento frequente.
Consultas regulares, com a realização de exames determinados pelo profissional da saúde, são uma forma de se prevenir e tratar, caso seja diagnosticada a infecção. O tratamento precoce oferece chances de a doença não evoluir e não comprometer a fertilidade.
Também é importante ter uma comunicação clara e aberta com seus parceiros sexuais. Discuta sobre as ISTs, os resultados de seus exames e sobre as medidas que vocês podem tomar juntos para se protegerem.
Lembre-se de que a prevenção da IST é uma responsabilidade compartilhada e que é essencial que todos os envolvidos sejam conscientes e cuidadosos em relação à sua saúde sexual. Não deixe que a vergonha ou o medo impeçam de descobrir alguma complicação em sua saúde reprodutiva.
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