Dentre as várias mudanças provocadas no corpo da mulher durante a gravidez, uma das que podem ser facilmente percebidas, tanto física quanto emocionalmente, são as alterações nos hormônios envolvidos na gestação.
Contudo, antes de colocar a culpa de seu estresse nos hormônios, é preciso entender que essas mudanças são necessárias para garantir uma gravidez saudável.
Os hormônios envolvidos na gravidez são produzidos pelo ovário nas primeiras semanas ou pela própria placenta e atuam tanto na saúde da mãe quanto no desenvolvimento do bebê. Sem as alterações hormonais, a gravidez não seria possível.
Tenha em mente que esse momento é repleto de transformações, tanto para a mulher, quanto para toda a família.
Portanto, é importante estar preparado para as mudanças que o corpo vai ter, mesmo que de forma lenta. Essas mudanças ocorrem para preparar a mulher para o parto e, consequentemente, para a maternidade. Por isso, durante o período gestacional é importante acompanhar de perto a saúde hormonal.
Conheça os principais hormônios da gravidez e saiba sua ligação com a infertilidade feminina.
Quais são os principais hormônios envolvidos na gravidez?
Muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre o que acontece com o corpo delas durante a gestação, principalmente quando se trata de alterações hormonais. De fato, a gravidez é um momento de intensas mudanças no corpo, além de ser marcada por fortes emoções.
Então, para esclarecer melhor essa dúvida, listamos os principais hormônios envolvidos na gestação. Confira!
Progesterona
Produzida pelo ovário, a progesterona desempenha um papel extremamente importante na gravidez, sobretudo no primeiro trimestre, quando este hormônio é responsável por manter o desenvolvimento da gestação.
Acontece que a progesterona é um hormônio normalmente responsável por regular o ciclo menstrual, como também preparar o endométrio para uma possível gestação.
Portanto, não é à toa que quem tem progesterona baixa possui certa dificuldade para engravidar, uma vez que o endométrio não se encontra devidamente preparado, o que causa uma falha na implantação do embrião.
Então, durante uma gravidez, a progesterona também é responsável por desempenhar outras funções, como o relaxamento na musculatura do útero e o crescimento e aumento da pelve para facilitar a passagem do bebê na hora do parto.
Quando a mulher está grávida, as taxas de progesterona podem aumentar em até 10 vezes. Além disso, esse aumento, quase que repentino, provoca alguns efeitos colaterais, como enjoos, sonolência, vômitos e alterações no humor.
Estrogênio
Com atuação no sistema circulatório da mulher, o estrogênio é responsável pela dilatação dos vasos sanguíneos, preparando o corpo da mulher para o aumento na quantidade de sangue no sistema vascular.
Assim como a progesterona, o estrogênio também promove o crescimento dos seios para a amamentação e aumento da pelve. Além disso, a produção desse hormônio acontece de maneira acentuada durante a gravidez, podendo aumentar cerca de 30 vezes.
Os principais efeitos provocados por esse aumento incluem dores de cabeça e maior tendência a sentir calor. Outros efeitos do estrogênio na gravidez podem envolver:
- proporcionar o aperfeiçoamento dos ductos secretores das mamas para a produção do leite;
- estimular a secreção de sódio;
- auxiliar na eliminação de produtos do metabolismo fetal.
HCG
O hormônio beta-HCG começa a ser produzido logo após a concepção e, associado à progesterona, também é fundamental para o primeiro trimestre gestacional.
O HCG é produzido pelo trofoblasto, um grupo de células do embrião que origina a placenta. Sua quantidade aumenta gradativamente conforme o desenvolvimento da placenta e do feto, podendo dobrar a cada dois dias, no início da gestação.
No feto, o HCG estimula a produção de testosterona, importante para a diferenciação sexual do feto do sexo masculino. Além disso, esse hormônio é um importante indício para detectar a gravidez, já que a alta dosagem pode indicar o início de uma gestação.
Prolactina
Produzida pela placenta, a prolactina tem a função de estimular as glândulas mamárias para produzir leite, sendo um importante hormônio para garantir a boa amamentação do bebê.
O hormônio começa a agir na gestante após o segundo trimestre de gravidez, mas sua liberação só acontece após o parto, quando a produção de estrogênio cessa e cede espaço à produção da prolactina.
Alguns dos efeitos provocados pela prolactina são a redução da libido e ressecamento da vagina. Mas, depois de alguns meses após o parto, o organismo começa a voltar ao normal e esses sintomas somem gradativamente.
No entanto, é muito importante acompanhar os níveis desse hormônio no organismo, uma vez que estar com a prolactina alta prejudica a fertilidade.
A infertilidade pode estar ligada à desregulação hormonal?
A desregulação hormonal pode causar diversos prejuízos à saúde e ao bem-estar. Esse desequilíbrio pode provocar indícios tanto emocionais como oscilações de humor, quanto físicos como ganho de peso.
Muitas podem ser as causas da desregulação hormonal e seus sintomas costumam variar de acordo com o caso. Então, em mulheres que se encontram em idade reprodutiva, é comum que ocorra uma irregularidade nos ciclos menstruais, assim como problemas relacionados à saúde reprodutiva.
Para descobrir se a causa da infertilidade feminina está ligada à desregulação hormonal, o mais recomendado é procurar um médico para realizar a avaliação hormonal. Essa avaliação é fundamental para quem está tendo dificuldades para engravidar.
Quer saber mais sobre os hormônios e seus efeitos para a gravidez? Entre em contato conosco para agendar uma consulta conosco.
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