Publicado em 08/01/2020 - Atualizado 15/05/2020

Estenose cervical uterina o que é e como tratar?

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A estenose cervical uterina é um problema que ocorre em decorrência do estreitamento do útero, mais especificamente, da passagem para a parte inferior do órgão, o que chamamos de colo do útero. Embora algumas mulheres nasçam com estenose cervical uterina, o quadro também pode ser desencadeado por outros fatores.

Basicamente, o que acontece é que essa região que liga a vagina até o corpo principal do útero sofre uma alteração, podendo ficar estreita ou completamente obstruída. Em consequência, esse bloqueio pode afetar a saúde da mulher de diversas formas.

Esse é um problema sério e deve ser tratado com urgência, já que há grandes chances da doença gerar infertilidade na mulher

Leia o artigo e fique por dentro do assunto:

Estenose cervical uterina: conheça as causas e sintomas

Como dissemos, algumas mulheres nascem com estenose cervical no útero. No entanto, existem outras causas que estão relacionadas com o problema, quando a doença é adquirida. Veja quais são os fatores desencadeantes:

  • menopausa, período que tende a atrofiar os tecidos do colo do útero;
  • radioterapia para tratar câncer de endométrio e câncer do colo do útero;
  • procedimentos cirúrgicos que envolvem o colo do útero ou removem o revestimento do útero;
  • câncer de colo do útero;
  • câncer de endométrio.

É importante considerar que a estenose cervical uterina, quando ocorre após a menopausa, não causa sintomas. 

Entretanto, quando acomete a mulher antes desse período, pode se manifestar por meio de: alterações na menstruação, como dismenorreia e amenorréia, além da presença de sangramentos anormais.

Hematometra e Piometra: sintomas de alerta para a doença

Além dos sintomas citados, a estenose cervical pode resultar em acúmulo de sangue no útero, o que chamamos de hematometra. Outra gravidade na sinalização dos sintomas é a piometra, que se caracteriza pelo acúmulo de pus no útero.

Quando esses sintomas surgem, podem causar aumento do útero, seguido de dor intensa. Na presença desses sinais, a mulher pode, até mesmo, notar a presença de nódulos na área pélvica. 

É importante orientar que ambos os sintomas são gravíssimos e, inclusive, podem ser percebidos em casos de câncer do endométrio e câncer do colo do útero.

Estenose cervical uterina e suas complicações

Além do câncer do colo de útero e o câncer de endométrio serem fatores desencadeantes para a estenose cervical uterina, também caracterizam complicação da doença, quando não tratada. 

Outra complicação séria da estenose cervical uterina é a endometriose, uma doença que se dá pelo crescimento de partes do tecido endometrial para fora do útero.

O que acontece é que o sangue menstrual, quando se mistura com as células do útero, pode acabar fluindo para o sentido inverso e se deslocando em direção à pelve, o que pode contribuir para o surgimento da doença.

Infertilidade feminina

Por isso, é importante considerar que a estenose cervical uterina é um problema sério, que pode desencadear um diagnóstico de infertilidade, quando não tratada.

Isso acontece, principalmente, pois, com a passagem do útero bloqueada, o esperma não é capaz de atravessar o colo do útero, o que, consequentemente, impede a fecundação com o gameta feminino.

Como é feito o diagnóstico da estenose cervical uterina?

Para diagnosticar a estenose cervical uterina, é necessário passar pela avaliação clínica médica. Assim sendo, após o relato da paciente, o especialista confirma o diagnóstico a partir de um exame que utiliza uma sonda para avaliar o interior do útero.

Dessa forma, é possível descartar a possibilidade do diagnóstico de câncer. Além disso, o médico coleta algumas amostras do colo e do revestimento do útero, em um exame chamado dilatação e curetagem.

Tratamento para a estenose cervical uterina

Para reparar a estenose cervical uterina, o ideal é realizar o alargamento do colo do útero. Dessa forma, o útero passa por uma dilatação, onde pequenas hastes de metal lubrificadas são inseridas por meio dessa abertura.

Além disso, é provável que o médico recomende a inserção de um tubo no colo do útero para mantê-lo aberto, chamado stent cervical.

De qualquer forma, é importante lembrar que a paciente só será submetida ao tratamento se apresentar os sintomas graves mencionados (piometra ou hematometria).

 

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Publicado por: Dra. Ana Lúcia Bertini Zarth - Ginecologista - CRM-SC 8534 e RQE 10334
Formada na Faculdade de Medicina da PUC – RS em 1993, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 1997.

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