A inseminação artificial (IA) é um dos procedimentos de reprodução assistida mais realizados no mundo. Ela é indicada para casos em que o sêmen não consegue fecundar o óvulo naturalmente. O tratamento é composto de cinco etapas: consulta, indução da ovulação, preparação do sêmen e inseminação. Com tantas etapas, é normal querer saber as taxas de sucesso da inseminação artificial, antes de iniciar todo esse processo. No entanto, as chances de uma reprodução assistida de baixa complexidade ser bem-sucedida variam muito de paciente para paciente.
Neste artigo, reunimos os fatores que influenciam no resultado, ou seja, que levam a ter mais ou menos condições de engravidar. Para conhecê-los, bem como descobrir as taxas de eficácia da Inseminação artificial, continue a leitura!
Como é feita a inseminação artificial?
A inseminação artificial consiste no processamento e introdução dos espermatozoides, do parceiro ou de um banco de esperma, após serem avaliados em termos de qualidade e quantidade, no trato genital feminino – pode ser no fundo do útero da mulher, na vagina ou no canal cervical. O procedimento é feito com auxílio de uma seringa acoplada a um cateter.
Assim, diferente da fertilização in vitro (FIV), na IA a fecundação ocorre, diretamente, no corpo da futura mamãe. Aliás, muitas vezes a IA é realizada como uma etapa anterior à FIV.
Quais variáveis influenciam na inseminação artificial?
O resultado da inseminação artificial depende de uma série de fatores, os quais são ligados às características do casal e etiologia da infertilidade (tipo e duração). Por exemplo:
- nas mulheres, contam a idade (pacientes acima de 37 anos têm menos chances de engravidarem por IA, por conta da quantidade e qualidade dos óvulos) e o índice de massa corporal (tanto para IMC muito alto como muito baixo);
- já nos homens, quadros de infertilidade severa (por alterações na quantidade, morfologia e motilidade dos espermatozoides) são complicadores quando se deseja engravidar por IA.
Doenças associadas (como endometriose e doença inflamatória pélvica) e um estilo de vida estressante e pouco saudável (principalmente, quando há consumo de álcool, cigarro e outras drogas) também interferem nas chances de efetividade do procedimento. Por fim, ainda existe a influência do número de ciclos realizados.
O que pode impedir a realização da inseminação artificial?
Existem alguns fatores considerados impeditivos para a realização do procedimento. Ele deve ser evitado, por exemplo, em mulheres com:
- infecção cervical, pélvica ou intrauterina ativas;
- corrimento purulento;
- exposição recente à doença sexualmente transmissível (DST).
Caso haja alguma dessas contraindicações, os especialistas costumam recomendar outras técnicas de reprodução assistida. Novamente, a escolha é feita com base no diagnóstico individual.
Qual é a taxa de sucesso da inseminação artificial?
Como mencionado, a taxa de sucesso da inseminação artificial varia muito. Em média, fica em torno de 10 a 20%. A probabilidade de gravidez aumenta em mulheres com até 35 anos, sem doenças associadas e história de infertilidade de, no máximo, 3 anos.
É importante lembrar que o objetivo da IA é colocar os espermatozoides selecionados mais perto do óvulo, para que a concepção ocorra sem mais intervenções. Assim, o tratamento busca facilitar a fecundação, mas não garante que ela ocorra.
Qual é a importância da equipe de especialistas no resultado?
Um levantamento recente, realizado pela Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (Redlara),mostrou que, em quase 30 anos, cerca de 83 mil bebês brasileiros nasceram a partir de tratamentos para infertilidade. Boa parte deles, cabe mencionar, feitos em mulheres com mais de 40 anos.
O Brasil está em primeiro lugar no ranking dos países latino-americanos onde mais foram feitas inseminações artificiais, fertilizações in vitro (FIV) e transferências de embriões congelados. Em seguida, aparecem a Argentina e o México.
Esse pequeno panorama é apenas para ilustrar que, em qualquer técnica de reprodução assistida, a existência de uma equipe de profissionais capacitada é essencial. Afinal, cabe a ela traçar o diagnóstico e definir, bem como acompanhar, o desenrolar do tratamento.
Portanto, não acredite em alternativas como “inseminação artificial caseira”. Para ser bem-sucedido, o procedimento precisa ser feito em uma clínica de medicina reprodutiva. Do contrário, a saúde da mulher e do futuro bebê podem estar em risco.
Assim, pacientes que estejam com dificuldade para engravidar naturalmente devem procurar ajuda especializada quanto antes. Como mostrado, o tempo é um elemento-chave para as taxas de sucesso da inseminação artificial ou para o bom resultado de qualquer tipo de tratamento de reprodução assistida.
Esperamos que o artigo tenha sido animador. Caso deseje conhecer melhor seu quadro clínico, agende uma consulta para fazer uma avaliação individual em Florianópolis!