Publicado em 07/06/2013 - Atualizado 27/11/2020

O café, a fertilidade e a gestação

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Existe relação entre o café e a fertilidade? E entre o café e a gestação? Será que a bebida tem algum impacto sobre a saúde da futura mamãe ou do bebê? Tem gente que, por receio, não toma nem uma xícara. Outras tentantes mantêm seu consumo habitual. Mas qual atitude é a mais correta?

Neste artigo, mostramos como quem pretende engravidar deve se portar perante a essa bebida tão tradicional no dia a dia dos brasileiros. Aproveite a leitura e tire suas dúvidas!

Café é prejudicial à fertilidade?

O consumo de café faz parte de nossa cultura. Trata-se de uma bebida muito admirada por jovens adultas, as quais encontram em suas xícaras o combustível para conciliar, muitas vezes, trabalho, estudo e tarefas domésticas.

Mas além do cafezinho, a cafeína também está presente nos refrigerantes, chás (preto e mate, principalmente), chocolates e em diversas medicações. Ou seja, basta um descuido para exagerar na ingesta dessa substância.

Segundo a Food and Drug Administration (FDA),agência reguladora norte-americana, o consumo de cafeína em excesso está associado à queda de fertilidade na mulher (até o momento, não há relação entre a substância e a infertilidade masculina). Além disso, efeitos a longo prazo também podem ocorrer.

Se ingerida exageradamente durante a gravidez, a cafeína contribui para:

  • prematuridade;
  • baixo peso ao nascer;
  • aborto espontâneo e
  • feto natimorto (quando o feto morre antes de ser completamente expulso do corpo da mulher durante o parto).

O que a ciência recomenda a respeito?

Cafeína em excesso, nem pensar. Aliás, verdade seja dita, nada em excesso faz bem, independente se você está querendo engravidar ou não.

Quem pretende engravidar precisar adotar hábitos saudáveis. Não à toa, uma vida sem consumo abusivo de álcool, cigarro e, acredite, café faz parte das recomendações médicas.

Um estudo constatou que mulheres que se abstiveram de álcool e consumiram menos de uma xícara de café por dia conceberam 26,9 gestações por 100 ciclos menstruais. Já as que ingeriram álcool e mais de uma xícara de café por dia, conceberam 10,5 gestações por 100 ciclos menstruais.

Na contramão de um estilo de vida saudável, quem bebe e fuma acaba, quase automaticamente, tomando mais café do que o limite recomendado. Ao mesmo tempo, o consumo de cafeína pode aumentar o efeito negativo do álcool no organismo.

Qual é o impacto da cafeína na reprodução assistida?

O consumo excessivo de cafeína está associado a um menor número de óvulos aptos a serem extraídos para o procedimento de fertilização in vitro (FIV). Isso porque, a cafeína reduz a atividade muscular nas trompas de Falópio, as quais levam os óvulos para o útero.

Porém, um estudo recente não apontou nenhuma associação entre o consumo diário de café e a gravidez ou nascimento de um filho por FIV convencional ou por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Pelo sim, pelo não, é melhor evitar o excesso de cafeína.

Qual é a interferência do café na gestação?

O café é uma das bebidas que, em excesso, devem ser evitadas na gestação. Afinal, a cafeína é uma substância que atrapalha a absorção de nutrientes e que é eliminada mais lentamente pelas grávidas.

Porém, quando ingerida com moderação, não há nenhuma influência da cafeína sobre alterações no crescimento do feto ou na taxa de natimorto. Ela também não está associada à ocorrência de partos prematuros ou a anormalidades fetais.

E tem mais: um estudo publicado na Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, apontou que o consumo do café, a longo prazo, está possivelmente associado a menores taxas de diabetes gestacional. O mesmo vale para a ocorrência de pré-eclâmpsia, uma doença específica da gestação relacionada ao aumento da pressão arterial.

Qual é a influência do café na amamentação?

Tudo o que a mãe ingere interfere na qualidade do leite. Para prevenir cólicas e flatulências, os especialistas recomendam evitar o consumo em excesso de uma série de alimentos, entre eles, o café.

Mas para quem não abre mão do café, tomar até três xícaras da bebida (totalizando, no máximo, 200 mg por dia) está liberado. Porém, existem relatos de associação com irritabilidade e alterações no sono no bebê.

Assim, o segredo para não prejudicar suas chances de engravidar ou a saúde do bebê é a moderação. Desde que respeitada a quantidade máxima, café e gestação não são incompatíveis. Atente-se, apenas, ao fato de que a cafeína também está em outros alimentos. Por isso, se quiser tomar um bom espresso, deixe o refrigerante (ou outras opções com cafeína) para outro dia.

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Publicado por: Equipe Fecondare

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