Publicado em 11/07/2019 - Atualizado 20/04/2023

Mito ou verdade: Inseminação artificial caseira funciona?

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Na tentativa de fugir dos altos custos envolvidos em um processo de inseminação artificial, muitos casais inférteis ou homossexuais e mulheres solteiras que desejam ser mãe optam pelo método caseiro como uma alternativa mais acessível para conseguir ter um filho. O grande problema é que a inseminação artificial caseira esconde graves riscos à saúde das mães e dos bebês.

A prática envolve a coleta do sêmen de um doador, que é armazenado em um pote ou outro material de coleta, e logo em seguida é introduzido na vagina da receptora com a ajuda de uma seringa. Geralmente, a inseminação do sêmen é realizada em ambientes domésticos, sem assistência de um profissional ou qualquer tipo de cuidado para evitar complicações à saúde.

Conheça os riscos envolvidos nessa prática pouco eficaz e saiba por que a inseminação artificial em laboratório dá resultados.

Quais são os riscos da inseminação artificial caseira?

Além da baixa eficácia, a inseminação artificial caseira traz diversos riscos aos envolvidos. Como trata-se de um material biológico que não passa por uma análise adequada, o maior risco é a possibilidade de transmissão de doenças que podem afetar a saúde da mãe e do bebê, como a infecção genital e a contaminação do sêmen por vírus como HIV e hepatites.

Como a inseminação artificial caseira é realizada sem o uso de materiais adequados e que cumprem os requisitos médicos, corre-se o risco, também, de haver  traumatismos vaginas devido à manipulação incorreta da seringa e dos demais materiais utilizados. 

Além da manipulação inadequada, os materiais utilizados no processo podem ser contaminados por bactérias e fungos presentes no ambiente, sobretudo em locais abertos. Como o esperma também fica em contato com o ambiente externo, ainda existe o risco de ele ser contaminado com microorganismos, mesmo que fique exposto por apenas alguns segundos. 

A inseminação artificial caseira esbarra, ainda,  em aspectos legais determinados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que vão além dos riscos à saúde. A doação de gametas, por exemplo, deve ser sempre anônima e sem qualquer tipo de acordo financeiro entre doador e receptor. O CFM também determina que os doadores do sexo masculino devem ter, no máximo, 50 anos de idade. 

Como não há fiscalização e um controle efetivo nas inseminações caseiras, as regras acima podem não ser respeitadas, o que vai contra as boas práticas da medicina. 

Qual é o método adequado para inseminação artificial?

Independente do método de reprodução humana assistida escolhido para gerar a gravidez, é importante que ele seja realizado em ambiente controlado e com profissionais capacitados. 

A inseminação artificial é um dos métodos mais eficientes e consiste, basicamente, na introdução dos espermatozoides no fundo do útero da mulher para a fecundação do óvulo.

Os espermatozoides utilizados no procedimento podem ser oriundos do próprio homem que está realizando o tratamento junto com a parceira ou de um doador anônimo. Nesse último caso, ele é adquirido em um banco de sêmen com rigoroso padrão de confiabilidade.

Geralmente, recorre-se ao esperma de doador quando há ausência total de espermatozoides no ejaculado do homem em tratamento ou não se consegue captá-los diretamente do testículo. Quando isso acontece, muitos casais optam para que as características físicas do doador sejam semelhantes ao do homem para quem, tecnicamente, é destinada a doação.

Em qualquer um dos casos a amostra de esperma é preparada no laboratório, sendo avaliada em termos de qualidade e quantidade. Depois, passa por um sistema de filtragem para classificação e limpeza e posterior colocação em uma seringa acoplada a um cateter para ser introduzido diretamente no útero, seguir o caminho pela tuba uterina e fecundar o óvulo para que haja a gravidez. 

Buscando ajuda médica

Casais que estão tendo dificuldade para engravidar jamais devem optar pela inseminação artificial caseira. Para garantir o sucesso do procedimento e engravidar com saúde, é fundamental buscar ajuda médica. Os especialistas farão uma análise do casal, realizando uma série de exames, para propor o melhor tratamento.

Somente profissionais da área são capacitados para realizar o processo de inseminação artificial com segurança e cumprir todos os cuidados necessários para garantir a saúde da mãe e do bebê. 

Está buscando um processo de inseminação artificial seguro e eficiente? Conheça melhor a Fecondare. Somos uma clínica especializada e altamente qualificada em medicina reprodutiva!

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Publicado por: Dr. Marcelo Costa Ferreira - Ginecologista - CRM/SC 7223 e RQE 2935
Formado em Medicina pela FURB, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Especialização em Reprodução Humana no Centro de Referência da  Saúde da Mulher em São Paulo e Especialização em Reprodução Assistida

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