A estenose cervical uterina é um problema que ocorre em decorrência do estreitamento do útero, mais especificamente, da passagem para a parte inferior do órgão, o que chamamos de colo do útero. Embora algumas mulheres nasçam com estenose cervical uterina, o quadro também pode ser desencadeado por outros fatores.
Basicamente, o que acontece é que essa região que liga a vagina até o corpo principal do útero sofre uma alteração, podendo ficar estreita ou completamente obstruída. Em consequência, esse bloqueio pode afetar a saúde da mulher de diversas formas.
Esse é um problema sério e deve ser tratado com urgência, já que há grandes chances da doença gerar infertilidade na mulher.
Leia o artigo e fique por dentro do assunto:
Estenose cervical uterina: conheça as causas e sintomas
Como dissemos, algumas mulheres nascem com estenose cervical no útero. No entanto, existem outras causas que estão relacionadas com o problema, quando a doença é adquirida. Veja quais são os fatores desencadeantes:
- menopausa, período que tende a atrofiar os tecidos do colo do útero;
- radioterapia para tratar câncer de endométrio e câncer do colo do útero;
- procedimentos cirúrgicos que envolvem o colo do útero ou removem o revestimento do útero;
- câncer de colo do útero;
- câncer de endométrio.
É importante considerar que a estenose cervical uterina, quando ocorre após a menopausa, não causa sintomas.
Entretanto, quando acomete a mulher antes desse período, pode se manifestar por meio de: alterações na menstruação, como dismenorreia e amenorréia, além da presença de sangramentos anormais.
Hematometra e Piometra: sintomas de alerta para a doença
Além dos sintomas citados, a estenose cervical pode resultar em acúmulo de sangue no útero, o que chamamos de hematometra. Outra gravidade na sinalização dos sintomas é a piometra, que se caracteriza pelo acúmulo de pus no útero.
Quando esses sintomas surgem, podem causar aumento do útero, seguido de dor intensa. Na presença desses sinais, a mulher pode, até mesmo, notar a presença de nódulos na área pélvica.
É importante orientar que ambos os sintomas são gravíssimos e, inclusive, podem ser percebidos em casos de câncer do endométrio e câncer do colo do útero.
Estenose cervical uterina e suas complicações
Além do câncer do colo de útero e o câncer de endométrio serem fatores desencadeantes para a estenose cervical uterina, também caracterizam complicação da doença, quando não tratada.
Outra complicação séria da estenose cervical uterina é a endometriose, uma doença que se dá pelo crescimento de partes do tecido endometrial para fora do útero.
O que acontece é que o sangue menstrual, quando se mistura com as células do útero, pode acabar fluindo para o sentido inverso e se deslocando em direção à pelve, o que pode contribuir para o surgimento da doença.
Infertilidade feminina
Por isso, é importante considerar que a estenose cervical uterina é um problema sério, que pode desencadear um diagnóstico de infertilidade, quando não tratada.
Isso acontece, principalmente, pois, com a passagem do útero bloqueada, o esperma não é capaz de atravessar o colo do útero, o que, consequentemente, impede a fecundação com o gameta feminino.
Como é feito o diagnóstico da estenose cervical uterina?
Para diagnosticar a estenose cervical uterina, é necessário passar pela avaliação clínica médica. Assim sendo, após o relato da paciente, o especialista confirma o diagnóstico a partir de um exame que utiliza uma sonda para avaliar o interior do útero.
Dessa forma, é possível descartar a possibilidade do diagnóstico de câncer. Além disso, o médico coleta algumas amostras do colo e do revestimento do útero, em um exame chamado dilatação e curetagem.
Tratamento para a estenose cervical uterina
Para reparar a estenose cervical uterina, o ideal é realizar o alargamento do colo do útero. Dessa forma, o útero passa por uma dilatação, onde pequenas hastes de metal lubrificadas são inseridas por meio dessa abertura.
Além disso, é provável que o médico recomende a inserção de um tubo no colo do útero para mantê-lo aberto, chamado stent cervical.
De qualquer forma, é importante lembrar que a paciente só será submetida ao tratamento se apresentar os sintomas graves mencionados (piometra ou hematometria).
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