Existem diversas causas para a dor no testículo. O sintoma pode ser um simples desconforto, gerado por alguma roupa justa, ou ser decorrente de algum trauma. Da mesma forma, também pode ser um indicativo de hérnias e inflamações, como orquites e epididimites. Varicocele e problemas relacionados à irrigação sanguínea, como a torção testicular, também podem explicar a dor nos testículos. Até o estímulo sexual, seguido da não ejaculação, a partir da puberdade, pode provocar uma congestão prolongada das veias do epidídimo e testículos, causando a dor.
A avaliação adequada da causa da dor na região íntima masculina é o que permite a resolução do incômodo. Por isso, qualquer dor no testículo deve ser imediatamente investigada. Quanto mais rápido for o diagnósticos, maiores serão as chances de reversão do quadro.
No entanto, sabemos que a dor é a sinalização de algo que não vai bem no nosso organismo, por isso, é importante considerá-la, sempre. É importante estar atento e com os exames em dia. Existem algumas situações em que a dor no testículo pode estar sinalizando algum problema que, talvez, seja a causa de uma possível infertilidade.
Condições que causam dor no testículo e que levam à infertilidade
Torção testicular
A torção testicular tem origem em um problema de fixação do testículo na parede do escroto, que pode ser proveniente de um trauma ou movimento específico. Pode ocorrer também quando se está deitado. Nesses momentos, surge uma dor bastante aguda e repentina, seguida de inchaço. O cordão espermático se enrola e dobra-se, o que impede o fluxo da circulação sanguínea, podendo levar à necrose. Caso não seja tratada imediatamente, pode levar à perda do testículo.
Embora não haja prevenção, é possível tratar a torção testicular. Caso o paciente procure um especialista nas primeiras seis horas, é possível que haja recuperação. O procedimento cirúrgico é a saída para desenrolar o cordão espermático e fazer a fixação interna do testículo na parede escrotal.
Infecções
Infecções como prostatite e epididimite podem comprometer o funcionamento dos testículos e levar à infertilidade, já que podem obstruir o trato reprodutivo. Nos homens mais jovens, geralmente, a infecção está associada às bactérias que causam Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Nos homens mais velhos, a infecção pode ser causada por problemas no aparelho urinário.
O principal sintoma é dor local intensa e aumento do volume testicular. A dor infecciosa se inicia leve e vai aumentando no decorrer de três dias, juntamente com a aparição de uma vermelhidão da pele do escroto. O tratamento se baseia em uso de analgésicos e antimicrobianos. A negligência e demora em obter os cuidados corretos podem levar à necrose do testículo e à consequente atrofia.
Orquite
Caracteriza-se por uma inflamação nos testículos, ocasionada por vírus ou bactéria. A orquite bacteriana acontece posteriormente à infecção urinária. A doença também pode ser causada por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A clamídia, por exemplo, pode ser transmitida e resultar numa infecção na uretra que, ao atingir o testículo, ocasiona uma orquite. A caxumba também pode desencadear uma orquite de origem viral, após percorrer a corrente sanguínea e atingir o testículo.
Varicocele
Varicocele é a dilatação das veias de drenagem dos testículos. É ocasionada pelo refluxo de sangue nessas veias e pode provocar mudanças funcionais no testículo, alterando a qualidade dos espermatozóides, causando a infertilidade. No entanto, o tratamento é capaz de melhorar a qualidade do sêmen. Muito embora seja quase sempre assintomática, quando apresenta sintomas, a varicocele causa dor nos testículos e sensação de peso na bolsa escrotal, que se intensifica ao permanecer em pé e alivia ao deitar.
Outras causas de infertilidade masculina
- Criptorquidia unilateral ou bilateral, que significa a ausência do testículo na bolsa escrotal;
- trauma testicular;
- câncer testicular (os pacientes tratados com quimioterapia, radioterapia, cirurgia retroperitoneal ou uma combinação das mesmas podem levar até cinco anos para voltar a produzir espermatozoides);
- febre, bacteremia e viremia podem alterar a disfunção testicular temporariamente;
- histórico familiar de diabetes mellitus, que leva à ejaculação retrógrada ou a ausência da emissão seminal;
- cirurgias pélvicas, retroperitoneais, transuretrais e vesiciais;
- alterações genéticas.
Faça uma consulta
De qualquer maneira, é importante manter alguns cuidados básicos com os testículos. Primeiramente, é aconselhável evitar o uso de roupas apertadas e abafadas, já que os testículos necessitam de uma temperatura diferente da restante do corpo para produzir os espermatozóides e a testosterona. Também é importante realizar o autoexame, apalpando os testículos durante o banho, sem muita força, a fim de avaliar alguma irregularidade. Por último, é preciso fazer uma visita regular ao médico, para acompanhar a saúde reprodutiva.
Durante muito tempo, os homens apresentavam certa resistência para ir ao médico. Chegavam aos consultórios estimulados pelas suas parceiras ou em casos demasiadamente graves. No entanto, é fundamental fazer exames preventivos e acompanhamentos periódicos da saúde do organismo. A consulta deve ser feita a cada seis meses ou imediatamente, em caso de haver algum sintoma.
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