Ovários policísticos são uma alteração na saúde da mulher caracterizada pela falta de ovulação e também pelo excesso de hormônios masculinos no organismo. As mulheres com essa síndrome, geralmente, têm de dez a vinte cistos (bolsas líquidas menores do que um centímetro) nos ovários, o que impede que um óvulo se desenvolva e fique pronto para ser fecundado. Em função dessa doença a mulher menstrua de forma irregular (ou não menstrua) e pode ter dificuldade para engravidar, em geral, esses dois sintomas é que estimulam a busca por tratamento.
Sintomas
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) pode começar a se manifestar na adolescência, geralmente a irregularidade no ciclo menstrual não é o fator que mais chama atenção, mas sim o surgimento de pelos em excesso, a pele com muita oleosidade e o surgimento de acnes. Esses sintomas são provocados pela presença de mais testosterona do que o normal no organismo. Com o passar dos anos, quando a mulher deseja engravidar, a irregularidade menstrual é uma das principais queixas, e a SOP é uma das doenças que pode desencadear casos de infertilidade feminina.
Causas
Uma das causas observadas da SOP é a obesidade. Quando o corpo não consegue utilizar de maneira eficiente a insulina produzida, principal característica da crise metabólica, descompensa todo o funcionamento hormonal e leva os ovários a um funcionamento de maneira errada, trazendo como consequência a síndrome dos ovários policísticos. Estimativas mundiais calculam que 50% das mulheres com síndrome dos ovários policísticos tenham sobrepeso ou obesidade, e o ganho de peso piora a condição da doença.
Estudos sobre a síndrome registram que, apesar de as mulheres com SOP apresentarem mais resistência à insulina em comparação a mulheres de mesmo peso e ovários normais, essa resistência é encontrada em 10 a 15% das pacientes não obesas, mostrando que a condição pode não causar obesidade, mas provocar disfunções hormonais.
Tratamento
O principal tratamento para a SOP é a correção metabólica através da perda de peso. A perda de peso está associada com melhora dos distúrbios menstruais, ovulação e fertilidade, mesmo em perdas relativamente modestas, a partir de 5% do peso inicial. Reduzir o peso corporal causa diminuição dos níveis de leptina (hormônio produzido pelo tecido adiposo) e com essa condição é observada uma restauração (pelo menos parcial) da sensibilidade à insulina.
Além do estímulo à reeducação alimentar e prática regular de atividade física para a perda de peso, algumas pacientes precisam de medicamentos para o tratamento. A utilização de pílula anticoncepcional é a opção mais indicada para mulheres que não desejam engravidar, já as que procuram tratamento em função de infertilidade podem ter outras alternativas, como a estimulação de ovulação, porém cada caso deve ser avaliado individualmente e o médico que deve fazer o diagnóstico e prescrever o tratamento.
Acompanhamento médico
Se você está enfrentando uma condição de infertilidade e não tem certeza a respeito das causas, procure uma equipe médica especializada em saúde reprodutiva. Somente a avaliação de um médico e a realização de exames específicos poderá contribuir para o diagnóstico a respeito da infertilidade. Para saber mais sobre infertilidade feminina baixe nosso e-book sobre o tema e tire suas dúvidas.