Mais da metade das mulheres que possuem mioma uterino não apresentam sintomas, fator que deixa o problema mais difícil de ser identificado. Neste artigo, iremos explorar o que são os miomas uterinos, seus sinais e sintomas, causas, diagnóstico e tratamento. Também se interfere na gravidez e quando é importante procurar a orientação de um especialista. Acompanhe!
O que é o mioma uterino?
Trata-se de um tumor benigno formado por tecido muscular que cresce em diferentes lugares do útero, variando em tamanho, desde pequenos nódulos até grandes massas. Eles podem ocorrer em diferentes partes do útero, incluindo dentro da parede muscular, projetando-se seja para a cavidade uterina seja para a superfície externa.
Estas formações podem acabar alterando a forma do órgão a medida em que se desenvolvem. Geralmente o tumor costuma permanecer estável ao longo dos anos e, de repente, aumenta de tamanho em poucos meses.
A causa do mioma uterino é desconhecida, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), o crescimento do mioma uterino está relacionado diretamente com as alterações genéticas de cada mulher. Ou seja, os hormônios como o estrogênio e a progesterona influenciam o seu desenvolvimento.
Inclusive, na gravidez a tendência do tumor é aumentar. Já na menopausa, é comum que o mioma encolha pela queda de estrogênio no organismo.
Quais são os fatores de risco para mioma uterino?
Os fatores de risco, associados ao mioma uterino, abrangem uma variedade de influências, desde aspectos genéticos até características hormonais específicas. Histórico familiar da condição é um dos principais indicadores de risco, sugerindo uma predisposição genética ao desenvolvimento dos miomas.
No entanto, a idade, a obesidade e a origem étnica também são fatores a serem considerados. A incidência é maior em mulheres na faixa de 40 e 50 anos e é de três a nove vezes mais frequente em mulheres negras.
É importante destacar que diferentes tipos de miomas podem apresentar diferentes fatores de risco. Os tipos podem ser classificados conforme a sua localização na parede uterina. Confira abaixo!
Apesar de a doença se manifestar na maioria das mulheres, a metade das portadoras não apresentam sintomas. Porém, enquanto se desenvolve, o mioma uterino pode causar:
- menstruação irregular (intensa e por períodos prolongados);
- sangramento entre os períodos;
- cólicas;
- dores (pélvicas, abdominais e durante as relações sexuais);
- problemas urinários (micção frequente, infecção do trato urinário, infecção dos rins).
Tenha em mente que a variedade e a intensidade dos sintomas podem variar dependendo do tamanho, número e localização dos miomas dentro do útero.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico e o tratamento dos miomas uterinos são essenciais para garantir o bem-estar das mulheres afetadas por essa condição. Normalmente, é feita uma avaliação clínica abrangente, incluindo histórico médico detalhado e exame físico.
Quando o mioma provoca alteração no tamanho ou no relevo do útero, por exemplo, é possível que ele seja detectado através do exame de toque ginecológico rotineiro. Nesses casos, o ultrassom transvaginal é indicado para a confirmação do diagnóstico. Este exame revelará o tamanho, a localização e a quantidade de miomas.
Não há um tratamento medicamentoso que faça o tumor desaparecer. Estão disponíveis algumas drogas que conseguem reduzir temporariamente seu tamanho ou até impedir seu crescimento.
Entretanto, elas causam fortes efeitos colaterais e não podem ser ministradas por períodos maiores do que três a quatro meses. Assim que o tratamento é interrompido, o mioma volta a crescer.
É importante destacar que a escolha do tratamento considera tanto a presença de sintomas quanto a taxa de crescimento dos miomas. Para determinar a melhor forma de tratamento, além da localização, número e tamanho dos miomas, o desejo da paciente em manter sua capacidade reprodutiva e conservar o útero, também deve ser considerado.
Os tratamentos indicados quando a condição passa a apresentar sintomas e provocar desconfortos são:
- uso de pílula anticoncepcional ou medicação específica;
- intervenção não-cirúrgica (embolização da artéria uterina e/ou radiofrequencia);
- cirurgia para retirada do tumor (miomectomia);
- retirada do útero (histerectomia),em casos mais graves e nas mulheres que nao desejam gravidez..
O tratamento do mioma uterino precisa ser conduzido por profissionais de saúde especializados, para garantir a melhor abordagem e resultados. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, preservar a saúde reprodutiva e melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas por esta condição.
Quais as complicações do mioma uterino na gravidez?
Geralmente, os miomas não interferem na fertilização ou na gravidez. Contudo, alguns tumores – principalmente os que estão localizados dentro do útero – podem atrapalhar na concepção e aumentam o risco de algumas complicações na gestação, como:
- crescimento do feto;
- descolamento de placenta;
- parto prematuro;
- e mais frequentemente, aborto.
Assim, de acordo com cada situação, os médicos podem indicar que os tumores sejam retirados antes da mulher tentar engravidar. São raros os casos em que a doença gera outras complicações. Nas situações mais graves, pode ocorrer anemia, rompimento do tumor, compressão de órgãos adjacentes e necrose asséptica.
Não existe uma maneira de prevenir o aparecimento de miomas. Por isso, é importante reconhecer essas possíveis complicações e buscar orientação médica adequada.
Tenha em mente que cada caso tem suas características individuais. Embora o mioma uterino seja uma condição frequente, nem sempre sua presença deve gerar preocupação, uma vez que é possível não manifestar sintomas ao longo do tempo.
Se você tem dúvidas sobre mioma uterino ou gostaria de agendar uma consulta com um especialista, entre em contato com a Fecondare. Nossa equipe médica é altamente qualificada e está aqui para fornecer orientação e cuidados personalizados para suas necessidades individuais.
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