Publicado em 04/02/2017 - Atualizado 26/07/2019

Filhos ou vida profissional? Como abordar a questão

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Pergunte às mulheres se elas querem ter filhos ou vida profissional. As respostas serão as mais variadas possíveis. Haverá aquelas que dizem que os filhos têm de vir em primeiro lugar e as contrárias a essa opinião, que acreditam que é melhor se realizar profissionalmente antes de exercer a maternidade. Existirão, ainda, as que afirmam que essa não precisa ser uma escolha, pois é possível conciliar os filhos e a profissão.

Nenhuma dessas mulheres está errada, pois ter filhos, vida profissional ou os dois ao mesmo tempo é uma escolha individual, com prós e contras. A decisão depende mais do que funciona para cada uma. Não há uma resposta definitiva para essa pergunta. Existem, sim, implicações biológicas e outros fatores que devem ser considerados no momento da decisão.

O que ponderar no momento de decidir entre filhos ou vida profissional

A mulher nasce com uma quantidade determinada de óvulos. Até a primeira menstruação, esse número reduz e ela chega à fase adulta com uma quantia de gametas bem definida. Eles não se renovam a cada ciclo, nem são produzidos pelos ovários, como acontece no caso dos homens, que produzem os espermatozoides ao longo da vida. Assim, conforme a mulher envelhece, os óvulos também envelhecem e vão se tornando células reprodutivas pouco viáveis em função do efeito do tempo sobre elas.

Por isso, do ponto de vista biológico, as mulheres que desejam engravidar naturalmente devem fazê-lo até os 35 anos. Até essa faixa etária, os óvulos estão mais “saudáveis”, o que torna maior a chance de a gravidez ocorrer. Depois disso, a probabilidade diminui gradativamente e pode ser necessário recorrer às técnicas de reprodução humana para engravidar.

A alternativa para as mulheres que preferem esperar para ter um filho é congelar os óvulos. Mas, até para isso, é preciso planejamento. Para que seja possível ter um óvulo viável para fecundação, o melhor é fazer a coleta do gameta antes dos 35 anos.

O congelamento dos óvulos na idade certa é fundamental para que a gravidez se concretize posteriormente. Permite à mulher ter gametas “jovens” para a fertilização, mesmo que decida ser mãe após os 40 anos, pois a preservação do óvulo nos tanques de nitrogênio mantém as características biológicas que detinha ao ser congelado.

Um especialista em reprodução humana é capaz de explicar melhor cada questão. O ideal é agendar uma consulta com um profissional da área para obter mais informações antes de decidir entre filhos ou vida profissional.

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Publicado por: Equipe Fecondare

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