Atualmente, muitas mulheres têm dado preferência a sua vida profissional e pessoal e tomado a decisão de serem mães mais tarde. Algumas preferem engravidar após os 35 anos.
É reconhecido que a idade é um fator importante em relação a fertilidade, principalmente a feminina. Segundo a American Society for Reproductive Medicine, em torno dos 35 anos as chances de engravidar diminuem em 15% em relação aos anos anteriores e aos 45 anos as chances de gravidez natural são de apenas 4%.
Tendo conhecimento desses dados, é necessário que as mulheres saibam como o corpo funciona e o porquê das chances de uma gravidez natural diminuírem com o tempo.
Quando a menina nasce, ela tem um número pré-determinado de óvulos, cerca de 500 mil, e já na primeira menstruação esse número diminui bastante, pois, em cada ciclo menstrual, para cada óvulo que atinge a maturidade, cerca de mil são descartados.
Assim, após os 35 anos esse número de óvulos é baixo, e os que restam podem ter perdido o seu potencial reprodutivo, causando, assim, dificuldades de uma gravidez bem sucedida.
Devido a essa perda natural dos óvulos e do envelhecimento dos mesmos, aconselha-se que as mulheres com idade próxima aos 35 anos e que tentaram, por um ano, engravidar mas não obtiveram sucesso, procurem o auxílio de um médico, pois o especialista poderá informar melhor sobre a necessidade ou não de um tratamento de reprodução assistida.
Quais são as possibilidades para engravidar após os 35 anos
A avaliação da reserva ovariana em mulheres que querem engravidar após os 35 anos é feita através da dosagem dos hormônios FSH, LH, estradiol e do Hormônio Anti-Mulleriano (HAM) associados à contagem dos folículos antrais (contagem dos folículos nos ovários por ultrassom realizado no terceiro dia da menstruação). Caso seja constatada uma possível infertilidade, é indicada a realização do tratamento.
Para determinar o tratamento mais adequado a cada caso de infertilidade, os médicos necessitam realizar as avaliações clínicas com o casal, tanto no homem como na mulher. Indica-se que antes de iniciar o tratamento propriamente dito, seja realizada, também, uma avaliação psicológica, a fim de conscientizar os pacientes sobre todas as etapas e efeitos de uma reprodução assistida.