Quando se trata de saúde feminina, a mulher de 35 anos precisa adotar uma estratégia de cuidados integrais. Isso é fundamental para garantir uma boa qualidade de vida nos anos seguintes e ajudá-la a alcançar os próximos objetivos. Iniciar um programa de prevenção às doenças mais comuns e tratar os distúrbios já existentes, por exemplo, são medidas que fazem parte dessa fase.
Neste artigo, explicamos como a manutenção de uma boa saúde tem a ver não apenas com a genética, mas com fatores externos, ligados aos hábitos. Continue a leitura e veja as dicas!
Como cuidar da saúde feminina nessa fase da vida?
Aos 35, a maioria das mulheres já tem consciência de que cada atitude tem consequência. Por isso, optam por fazer escolhas mais saudáveis. Por exemplo:
- ao invés de “curtirem uma noitada”, preferem dormir e levantar cedo, para poder treinar antes do trabalho;
- em vez de se preocuparem com o que os outros vão pensar, priorizam seus desejos, sem ligar tanto para a opinião alheia; e por aí vai.
Mas para tudo sair conforme o planejado, é preciso se cuidar. Sendo assim, veja o que você precisa fazer!
1. Vá às consultas médicas periodicamente
O diagnóstico precoce de doenças é indispensável para manter uma vida saudável e prevenir possíveis complicações. Para isso, é necessário ir ao médico (ginecologista e outros especialistas, conforme seu histórico clínico) com a frequência recomendada e realizar os exames preventivos. Esse cuidado, aparentemente simples, pode ser de imenso valor para a saúde feminina.
2. Tome cuidado com as DSTs
O uso de preservativos, por si só, ajuda a prevenir as doenças sexualmente transmissíveis (DST). E mesmo que esteja em um relacionamento estável, não deixe de realizar os exames periódicos (como o Papanicolau),para ter certeza de que está tudo bem.
3. Alimente-se bem
Uma dieta balanceada evita o sobrepeso e a obesidade, o que inibe uma série de doenças desencadeadas por esses fatores. A alimentação saudável também previne o diabetes, assim como o acúmulo de gordura no sangue, a arteriosclerose e diversos tipos de cânceres.
Além disso, comer bons alimentos está relacionado ao retardo no envelhecimento. Isso porque, eles combatem os radicais livres, responsáveis pelo desenvolvimento de doenças degenerativas associadas ao avanço da idade.
Uma alimentação à base de cálcio, assim como vitamina D e exercícios físicos, é fundamental para a saúde óssea, por exemplo. Assim, para a mulher de 35 anos ou mais, considera-se indispensável a ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, fortes aliados da saúde feminina.
Ao mesmo tempo, não fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas vai promover efeitos que sua juventude, por dentro e por fora, seu corpo agradecerá!
4. Faça exercícios físicos regularmente
Incluir as atividades físicas na rotina é um hábito indispensável na vida de qualquer pessoa, mas, principalmente, para as mulheres após os 35 anos. Exercitar o corpo traz uma série de benefícios respiratórios, cardiovasculares e musculares, além de regularizar as funções naturais do organismo. O movimento corporal também promove disposição e bom humor, ajudando a levar a vida com mais tranquilidade.
5. Envelheça com sabedoria
Aprender a conviver bem com a própria imagem garante mais qualidade de vida à saúde feminina. O estresse excessivo que algumas mulheres sentem, em função do envelhecimento, acaba gerando tensões que colaboram para a produção de radicais livres. Aceitar a idade com bom humor ajuda a trazer leveza e sabedoria para o dia a dia.
6. Dar atenção ao colágeno
A falta de colágeno no organismo pode causar dores nas articulações, tendinites, fraqueza muscular e óssea, assim como rugas e flacidez. A partir dos 25 anos, o corpo já começa a perder colágeno e, nas mulheres, essa queda é ainda mais acentuada.
Para ajudar a repô-lo, aconselha-se o consumo de alimentos como carnes vermelhas, frango e peixe, além da conhecida gelatina. Hidratar-se com bastante água também é imprescindível para conservar o tônus muscular e da pele.
7. Planeje a maternidade
Você não é obrigada a engravidar custe o que custar ou desistir da ideia para sempre. Mas para ter autonomia reprodutiva, planejamento é fundamental.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam o aumento no número de mulheres que optaram por se tornar mães com 30 anos ou mais. Mas para essa ser uma possibilidade viável, recomenda-se recorrer ao congelamento de óvulos.
Vale destacar que não existe nenhuma outra maneira de evitar a queda na reserva ovariana, a qual se acentua, consideravelmente, após os 35 anos. Por isso, procure um ginecologista especialista em reprodução humana assistida e converse a respeito.
Como funciona a criopreservação (ou congelamento de óvulos)?
A criopreservação, mais conhecida como congelamento de óvulos, preserva a quantidade e a qualidade dos gametas femininos, como se fosse uma “pausa” na idade fértil. Por isso, é essencial quando se necessita adiar a maternidade, mas existe o desejo de gerar um filho com o próprio material genético.
O procedimento consiste no esfriamento extremo das células reprodutivas, a ponto de interromper suas atividades biológicas. Para realizá-los, são necessárias as seguintes etapas:
- estimulação ovariana, com o uso dos medicamentos indutores de ovulação, a qual dura de 10 a 12 dias;
- punção folicular sob sedação, para a coleta dos ovócitos tidos como dentro dos folículos ovarianos, o que leva de 15 a 30 minutos;
- vitrificação, método de congelamento instantâneo dos ovócitos coletados e já analisados;
- armazenamento em contêineres de nitrogênio líquido, por tempo indeterminado.
Uma dúvida muito comum é se o congelamento de óvulos diminui a reserva ovariana. A resposta é não. Portanto, caso decidam adiantar os planos de engravidar, o “estoque” de óvulos não é afetado.
Outra questão se refere à segurança e às taxas de sucesso do procedimento. Estudos mostram que bebês nascidos a partir dessa técnica não aumentam os riscos de defeitos congênitos, anormalidades cromossômicas ou déficits de desenvolvimento.
Por que a mulher de 35 anos deve se preocupar em preservar a fertilidade?
A mulher acima de 35 anos, apesar de ter a vida inteira pela frente, encontra-se menos fértil. Afinal, assim como todo o organismo, os óvulos também começam a envelhecer. É por isso que a manutenção da saúde feminina deve incluir o planejamento reprodutivo. Caso haja o desejo de engravidar futuramente, por menor que ele seja no momento presente, considere a criopreservação.
Mas, atenção: recomenda-se realizar o congelamento dos óvulos até, no máximo, os 35 anos — só assim a fertilidade pode ser preservada e há liberdade para escolher quando engravidar!
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