Muitos casais sofrem com a infertilidade, isto é, com a dificuldade ou impossibilidade de gerarem um filho naturalmente e, a partir daí, buscam caminhos para realizarem o sonho de se tornarem pais. Ao buscar ajuda de um especialista, aprendem sobre as técnicas de reprodução assistida e o médico os auxilia fornecendo meios para que possam engravidar a partir dos tratamentos para fertilidade.
Neste contexto, é de se esperar que diversos sentimentos e emoções percorram a mente e os corações desses casais. No intuito de entender os aspectos psicológicos que envolvem essa questão, diversas pesquisas são realizadas. Recentemente, um estudo holandês procurou aferir o impacto da fertilização in vitro sobre a qualidade de vida dos casais que se submeteram a este procedimento, do ponto de vista da saúde mental, especialmente depois de um ano do nascimento de seus filhos.
Casais relatam não sentir ansiedade em relação aos tratamentos para fertilidade
Nesta pesquisa, na qual participaram casais que conceberam naturalmente e os que o fizeram por meio da reprodução assistida, foram avaliados aspectos psicológicos em relação ao processo de engravidar e ao nascimento dos filhos. O principal aspecto avaliado foi a ansiedade. Questionou-se se a fertilização in vitro seria um fator agravante da ansiedade do casal e se isso poderia comprometer a qualidade de vida deles. O resultado surpreendeu os autores. Os pais de crianças concebidas com a ajuda da técnica de fertilização in vitro não estavam sob maior risco de desenvolver ansiedade após o tratamento e, inclusive, quanto maior o número de tentativas de fertilização, menos ansiosos se tornavam. Isso permitiu aos autores afirmar que até o momento não seria necessário aos casais que estão passando pelo processo da fertilização in vitro um acompanhamento psicológico propriamente dito.
Os pesquisadores acreditam que, por mais estressante que seja todo este caminho e por maior que seja o número de tratamentos para fertilidade que o casal se submete, o prazer de se tornarem pais e de estarem com o filho no colo compensa todo o desgaste emocional pelo qual eles passam, afinal de contas foi difícil para os casais da pesquisa se referirem a algo muito aquém de felicidade.