A incapacidade de gerar filhos pode ser vista pela mulher como algo muito negativo, quase como um fracasso, fazendo-a sentir-se inferior a outras mulheres, já que a maternidade sempre foi vista como algo inseparável dessa sua condição. Atualmente a medicina reprodutiva permite que a infertilidade seja vista como algo que pode ser superado.
As opções de tratamento que existem hoje são adequadas para a grande maioria dos casos e, para muitos deles, a fertilização in vitro – que é a técnica em que o óvulo e o espermatozoide são unidos em laboratório e depois colocados dentro do útero – acaba sendo a melhor opção. É muito comum que durante esse tipo de tratamento a mulher apresente sintomas de ansiedade e depressão. A espera pelos seus resultados é acompanhada pela angústia de uma mulher que deseja, mais do que tudo, ter um filho.
Muitos sintomas podem aparecer como resultado do tratamento medicamentoso, como enjoo, corrimento vaginal, variação de humor, cansaço e tontura. A dificuldade para dormir é comum, assim como o estresse.
Muitas vezes recomenda-se uma avaliação psicológica antes de iniciar o tratamento para infertilidade e, para algumas pacientes, é indicado que o acompanhamento com psicólogo perdure por todo esse período.
O médico especialista deve tirar todas as dúvidas que a paciente possa ter, pois é importante que a mulher compreenda qual a sua limitação reprodutiva, como é possível melhorar isso e o que ela pode esperar com o tratamento. Essa compreensão é um processo que não se encerra em uma única consulta, muito pelo contrário, a disponibilidade da equipe de atendimento é essencial para que a mulher possa se sentir tranquila e segura para expressar o que sente.
A reprodução assistida supera os limites impostos pela natureza, mas cada mulher tem uma carga emocional que é capaz de carregar, por isso o cuidado, a atenção e a compreensão são ferramentas fundamentais na relação entre a paciente e todos a sua volta, principalmente o seu médico.