Ao falar em infertilidade ou ao contar que um casal tenta engravidar, mas não consegue, logo as pessoas tendem a achar que a mulher tem algum problema. Raramente essa dificuldade é atribuída ao homem ou ao casal. Porém, há um termo mais amplo e até mais correto chamado de infertilidade conjugal para denominar alguns casos. Você já ouviu falar nisso?
O que é infertilidade conjugal?
Quando um casal está tentando ter filhos, tem relações sexuais frequentes, não usa nenhum tipo de contraceptivo e assim mesmo depois de um ano não conseguiu gerar uma criança, é considerado infertilidade conjugal. No entanto, para a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia esse tempo é maior: cerca de dois anos de tentativas e insucessos. Há também o termo esterilidade conjugal para quando há uma causa conhecida que impede a gravidez de modo definitivo.
De acordo com estudos, estima-se que a infertilidade conjugal acomete de 10% a 15% dos casais, sendo que algumas comunidades têm mais problemas do que as outras, ou seja, essa infertilidade não é uniforme em todas as populações do mundo. Por exemplo, de acordo com dados da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO),no Gabão a infertilidade conjugal chega a 30%.
O que pode interferir nessa infertilidade conjugal
É importante que essa dificuldade de gerar filho seja também analisada de acordo com outros aspectos, como a idade da mulher. Sabe-se que quanto mais velha, menor a qualidade dos folículos, o que dificulta a gravidez. Há também a queda na produção de inibina que aumentam os níveis do hormônio FSH na fase folicular inicial. E quando o FSH encontra-se no terceiro dia do ciclo acima de 10mUI/ml, há um prejuízo significativo da ovulação.
Embora muitos acreditem que só as mulheres têm uma queda na chance de engravidar devido à idade, isso não é verdade. Homens também sofrem pela ação do tempo e quanto mais velhos, mais difícil conseguirem ter filhos. A concentração de espermatozoides não se altera muito, mas a motilidade e morfologia dos deles são afetadas com o envelhecimento masculino, dificultando uma possível gestação. Além disso, há uma menor frequência de relação sexual o que dificulta a geração de herdeiros e está diretamente ligado à infertilidade conjugal.
Além disso, temos que ter em mente que a vida sedentária, cigarros, álcool, obesidade, diabetes e outras doenças e problemas do mundo moderno interferem negativamente pra a geração de um filho. Uso prolongado de ansiolíticos e antieméticos, bem como anti-inflamatórios podem alterar a produção de prostaglandinas e dificultar a ovulação. Já no homem o uso de sulfalazina, cetoconazol e anti-histamínicos entre outras medicações podem dificultar a espermatogênese, inviabilizando a gestação.
Você já conhecia esse termo? Conte pra gente nos comentários e se tiver alguma dúvida ou precisar de ajuda médica, entre e contato!