Recentemente uma pesquisa* realizada no Canadá buscou descobrir qual era o nível de compreensão de estudantes canadenses sobre questões relacionadas à fertilidade, abrangendo desde o seu significado, os fatores de risco, até o processo de diagnóstico e opções de tratamento disponíveis atualmente.
A visão da infertilidade como uma condição médica foi compartilhada pela maioria dos estudantes. A importância disso está na abertura para se aceitar que há fatores de risco que contribuem para o aparecimento dessa condição e que, atuando sobre eles, seria possível promover a saúde reprodutiva.
Foi observado que a maior parte dos jovens tinha razoável noção sobre essas questões, de modo que espontaneamente puderam identificar fatores de risco relacionados à infertilidade como o cigarro, o abuso de álcool, a idade para a concepção, o estilo de vida e a genética. Poucos souberam citar a relação existente com doenças sexualmente transmissíveis, riscos ocupacionais (aqueles relacionados ao trabalho, como exposição à radiação) e obesidade.
Boa parte dos jovens via os tratamentos propostos pela reprodução assistida de forma bastante positiva, creditando a eles um poder inquestionável de cura, não sendo tidos como tratamentos que não surtiriam efeito.
A adolescência é uma fase de transição, portanto o aprendizado e a informação da população jovem sobre o tema permite que ele possa aprimorar os seus conhecimentos sobre saúde reprodutiva e sexualidade. Isso possibilita ao jovem crescer com a consciência de que a fertilidade é um aspecto da vida sobre o qual ele pode atuar.
*Sabarre et al. Reproductive Health 2013
Disponível em: https://www.reproductive-health-journal.com/content/10/1/41
Acesso em: 11 de setembro de 2013