Publicado em 21/01/2014 - Atualizado 26/07/2019

Mudanças na análise do sêmen podem devolver a fertilidade a alguns homens

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A infertilidade é uma condição médica que se torna um obstáculo na vida de homens e mulheres que desejam ter filhos. Ela pode resultar tanto de condições unicamente femininas como de masculinas, quanto de ambas, e é difícil desvendar a sua causa sem um acompanhamento médico adequado. Esse acompanhamento prevê diversas consultas e exames médicos; um desses exames é o espermograma, que avalia a qualidade do sêmen do homem (líquido expelido por ele após a ejaculação, onde estão os espermatozoides).

Em aproximadamente 50% das vezes, a causa da infertilidade do casal é unicamente masculina e o exame de estudo do sêmen é capaz de detectá-la, por meio da análise de algumas características importantes, como a quantidade de líquido produzido, a quantidade de espermatozoide presente nesse líquido, o formato dessas células e a sua capacidade de movimentação. Para cada um desses critérios há um valor mínimo necessário para que o homem seja capaz de engravidar uma mulher (deve haver no mínimo 15 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen, por exemplo) abaixo do qual isso não é possível, ou se torna muito mais difícil. Com essa avaliação, os homens considerados inférteis são encaminhados para profissionais especializados para tratamento adequado da sua condição.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou novos parâmetros numéricos de avaliação do espermograma (os valores de referência de exames de laboratório são frequentemente revistos por pesquisas que visam aperfeiçoá-los). Esse “novo exame” mostrou-se mais tolerante aos resultados, isto é, alguns homens, que antes eram considerados inférteis pelo exame tradicional, agora seriam considerados portadores de sêmen com parâmetros “normais” – mais precisamente 15% deles, segundo pesquisa da OMS – o que poderia mudar a avaliação da fertilidade do casal e redirecionar as opções de tratamento. Essa nova análise é uma novidade e ainda não se tornou um padrão oficial para laboratórios e médicos. São necessárias mais pesquisas e mais discussões dentro da comunidade científica para que esses novos parâmetros sejam validados e aceitos por todos.

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Publicado por: Equipe Fecondare

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