É cada vez mais comum que técnicas de inseminação artificial substituam a relação sexual na reprodução humana. O método envolve a intervenção no ato da fecundação de pelo menos um terceiro sujeito: o médico.
Muitas vezes a figura do doador de material reprodutivo humano também se faz necessária. A doação pode ocorrer por meio de células reprodutivas (ou gametas),óvulos e espermatozoides, ou mesmo de embriões já formados. Pode haver também a doação temporária de útero, conhecida como empréstimo de útero ou mãe substituta.
O homem poderá resolver problemas de infertilidade recorrendo à utilização de espermatozoide de doadores através do banco de sêmen. É possível que o homem não seja totalmente infértil e que produza uma quantidade pequena de espermatozoides. Nesse caso, são feitos exames como o espermograma que avalia a quantidade e a qualidade dos espermatozoides, podendo haver a possibilidade de ser selecionados e utilizados para reprodução.
A mulher, por sua vez, quando sofrer qualquer anomalia tubária, não conseguir produzir óvulos, ter menopausa precoce, ooferectomizadas, menopausadas, com doenças genéticas ou qualquer motivo que impeça a fecundação por meios naturais poderá valer-se da fertilização in vitro. Nesse caso, o encontro com o sêmen não ocorrerá na trompa, mas no laboratório, em placas especiais com meio de cultura. E, quando a infertilidade feminina ocorrer por falta ou ausência de óvulos, pode ela recorrer a óvulos de doadoras que serão fertilizados in vitro pelo esperma do marido, e posteriormente, implantados em seu útero. Ocorrendo assim, a doação de óvulos.
O tema é abordado pela novela Sete Vidas, da rede Globo. O protagonista é um doador de sêmen que conhece uma série de filhos frutos da reprodução artificial. Mas a doação foi feita no exterior, assim é possível que sua identidade tenha sido revelada com base nas leis que vigoram nos Estados Unidos.
Com base nessas regras, os filhos gerados por inseminação que são maiores de idade podem buscar suas origens genéticas. Enquanto no Brasil, a identificação do doador ou doadora não é possível. A legislação brasileira não permite doação entre familiares e, no caso da doação de gametas, a escolha de doadoras baseia-se na saúde, semelhança física, aspectos imunológicos e a máxima compatibilidade entre doadora e receptora.