Embora a reprodução assistida, como tratamento para infertilidade, já exista há vários anos, é considerado um tratamento moderno em função da sua alta complexidade e tecnologia. Inúmeros estudos são realizados no mundo todo buscando aprimorar as técnicas já existentes e desenvolver novas opções de terapia.
Mesmo que seja um tratamento já conhecido, por ser normalmente demorado e demandar um alto investimento, muitas pessoas não o veem como uma opção. E, na maioria das vezes, aquelas que estão sob tratamento não são capazes de avaliar se o que está sendo oferecido para elas é um serviço de qualidade.
De fato não há método melhor para essa avaliação do que a informação e a compreensão exata de tudo o que está sendo proposto. Mas será que os casais que procuram e se submetem ao tratamento ficam satisfeitos?
Esse é outro tema muito presente nas pesquisas dentro da área da reprodução assistida. Um recente estudo sueco* elaborou um questionário de avaliação a ser realizado pelos próprios pacientes e que seria capaz de estimar a qualidade do tratamento ao qual se submeteram com a mesma efetividade que dados mais clássicos e objetivos – como a taxa de nascimentos – o fazem.
Esse tipo de questionário poderia ser aplicado separadamente para o homem e para a mulher e analisaria quatro importantes aspectos do tratamento: a competência técnica e o grau de comprometimento com o cuidado por parte da equipe de saúde, a infraestrutura e a atmosfera sociocultural da instituição que provê o cuidado.
Essa avaliação promoveria a melhora de muitos serviços e, consequentemente, a oferta de tratamentos de melhor qualidade que, com o tempo, levariam a um aumento nas taxas de sucesso com a terapia.
*Human Reproduction, Vol.0, No.0 pp. 1–14, 2013, Quality of care in an IVF programme from a patient’s perspective: development of a validated instrument, Herborg Holter1, Ann-Kristin Sandin-Bojo, Ann-Louise Gejervall, MattsWikland, BodilWilde-Larsson, and Christina Bergh