Primeiro há muita conversa… depois vem a decisão… segue-se o planejamento… e, por fim, muitas vezes, sendo ainda só o começo, inicia-se a fase das “tentativas”.
O caminho para se ter um filho não tem tempo para ser seguido. Muitos conseguem engravidar na primeira tentativa, outros sem nem ao menos “tentar”, mas um grande número de casais simplesmente não consegue.
Após um ano de tentativas sem sucesso, o casal é considerado infértil e é aconselhado a procurar um especialista para que seja feita uma investigação com o objetivo de descobrir quais os motivos que os estão levando a essa dificuldade.
Mais um tempo se passa e, dependendo de qual a causa identificada, um tratamento é proposto. E agora entra-se em uma outra fase: esperar que o tratamento funcione.
Durante todo esse tempo, desde o início das tentativas até agora, o casal é consumido por inúmeras emoções, positivas e negativas, que perduram e se alternam. Ora é a expectativa gerando esperança, ora é a mesma expectativa gerando ansiedade. Depois de um tempo pode ser que tudo se embole em uma grande frustração!
É preciso ter calma, paciência e acima de tudo saber o que está de fato acontecendo e qual deve ser a real expectativa a partir do ponto em que se está no momento.
Em relação aos parceiros, às vezes o homem pode se sentir excluído da atenção que a mulher recebe da equipe de saúde e dos parentes e amigos, e a mulher pode sentir como se estivesse fracassando de novo e de novo, conforme o tempo passa.
É possível imaginar que esse casal precise, mais do que exames, de apoio. E esse apoio não deve vir apenas do médico que os acompanha, os orienta e os aconselha, mas também de sua família e de seus amigos que convivem diariamente com duas pessoas que, acima de tudo, esperam.
Esse suporte permite que o casal resista à desesperança que muitas vezes pode aparecer e não desista do tratamento – quando ele parece se estender – aumentando as suas chances de sucesso e os aproximando mais ainda da realização desse sonho.