Publicado em 10/10/2014 - Atualizado 26/07/2019

A andropausa existe?

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Assim como ocorre com a mulher, o homem passa por mudanças em seu corpo durante o envelhecimento, em um processo completamente natural e que, na maioria das vezes, não causa sintomas e, portanto, não exige tratamento. Mas, para alguns homens, os sintomas são perceptíveis e incômodos, o que os fazem procurar ajuda médica.

Conforme os anos passam, mudanças ocorrem no funcionamento geral do organismo, como a maneira e a quantidade em que alguns hormônios são produzidos, e a queda da testosterona é o sinal mais comum, provocando a famosa “andropausa”. O tamanho dos testículos torna-se menor e diminui um pouco a produção de espermatozoides após os 70 anos; a função sexual também é afetada: torna-se mais difícil ter orgasmos, a ereção matinal torna-se menos rígida e pode diminuir o desejo sexual, assim como há dificuldade para ter ereção durante a relação.

O homem também tem, com o envelhecimento, o seu esqueleto fragilizado, pela falta de vitamina D e cálcio, mais dificuldade em ganhar massa muscular, e mais facilidade em ganhar gordura e, por tudo isso, sua força tende a diminuir. Outros sintomas que podem aparecer são a anemia, dificuldade de raciocínio, sintomas depressivos, facilidade em desidratar e dificuldade para dormir. Também surge resistência à insulina que colabora para o desenvolvimento futuro de diabetes nesses homens.

A avaliação médica é fundamental na presença de sintoma, já que eles se confundem com doenças comuns do envelhecimento e saber essa diferenciação é essencial para buscar o equilíbrio e a saúde do homem. Se forem descartadas outras doenças, e os sintomas forem de fato devido ao envelhecimento, optar por tratamento pode ser uma decisão difícil.

Ainda não se sabe ao certo quais os benefícios que a resposição hormonal teria para esses homens, portanto deve-se ficar atento pois ela não é uma recomendação certa para todos. Muitas pesquisas apontam que não há, necessariamente, melhora na qualidade de vida e na função sexual com o tratamento e ainda há o risco teórico de estimular doenças relacionadas à testosterona, como o câncer de próstata. Se a opção for pelo tratamento, o paciente deve ser monitorado durante e antes dele.

É importante o homem se conscientizar de que todas essas mudanças podem ocorrer e que elas são naturais nesse período e de que ele deve buscar ajuda médica quando quiser esclarecimento e orientação sobre como lidar com esse processo, mirando a qualidade de vida que certamente irá refletir em seu bem-estar e longevidade.

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Publicado por: Equipe Fecondare

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