Os problemas reprodutivos e a dor pélvica masculina são condições bastante comuns entre os homens, podendo afetar significativamente a qualidade de vida. Ou seja, a síndrome da dor pélvica crônica (SDPC) é uma condição que causa dor crônica na região pélvica masculina.
Essa condição pode ter um impacto negativo em diversas áreas do corpo, incluindo o sistema urológico, gastrointestinal e musculoesquelético, resultando em uma redução significativa na qualidade de vida geral e na atividade sexual dos pacientes.
Antes de mais nada, é importante ter em mente que a pelve é a parte do corpo popularmente chamada de “bacia”, constituída por ossos e músculos que ajudam na sustentação e que conectam o tronco com os membros inferiores.
É ela que também dá suporte ao trato urinário, digestivo, reprodutivo e tem um importante papel na função sexual, especialmente na ereção e ejaculação. Durante a infância, o ser humano aprende a controlar a sua musculatura pélvica, o que permite, por exemplo, que ele troque as fraldas pelas idas ao banheiro.
A camada mais profunda dessa musculatura permite esse controle, enquanto a camada mais superficial está envolvida com a parte sexual, que, quando afetado, pode dificultar as tentativas de engravidar.
A integridade da musculatura pélvica é essencial para a qualidade de vida, no entanto, algumas alterações podem, eventualmente, acontecer. No geral, muitas podem ser causas dos problemas sexuais e reprodutivos do homem, incluindo problemas físicos, psicológicos e emocionais.
Esses problemas podem se manifestar por meio de alguns sintomas como:
- perda de urina (incontinência urinária);
- sensação de não esvaziar completamente a bexiga após urinar;
- prisão de ventre;
- perda das fezes (incontinência fecal);
- dificuldade em manter a ereção e em ejacular (disfunção erétil);
- dificuldade em alcançar o orgasmo, entre outros.
Algumas condições podem provocar o mau funcionamento da musculatura pélvica. Essas condições podem vir desde o nascimento ou ser adquiridas no decorrer da vida, como acontece no caso de lesão de um nervo da musculatura durante uma cirurgia ou em pessoas com o hábito de “segurar muito tempo” antes de ir ao banheiro.
Independente dos problemas reprodutivos, a fisioterapia se mostra uma das melhores opções de tratamento, uma vez que utiliza exercícios que fortalecem os músculos do assoalho pélvico.
Dor pélvica masculina e a fisioterapia
É importante destacar que a dor pélvica masculina pode ter várias causas, incluindo prostatite, síndrome da dor pélvica crônica, lesões na região pélvica e hérnias inguinais. E até mesmo nesses casos, a fisioterapia ajuda a aliviar a dor e melhorar a função da região pélvica.
Existem exames que podem ser realizados para verificar o funcionamento da pelve e diagnosticar uma possível alteração, como a eletromiografia cinesiológica, que registra a atividade elétrica dos músculos.
Quando detectada a alteração, é possível realizar uma intervenção com fisioterapia, feita em duas etapas: na primeira, o paciente aprende um pouco sobre a anatomia e o funcionamento da pelve, com o objetivo de se preparar para executar a segunda etapa.
Nesse momento, é usado um “biofeedback eletromiográfico”, exame que permite que o paciente responda aos registros da atividade elétrica do seu músculo, exercitando-se de forma consciente. Algumas vezes a prática de um exercício físico mais comum, mas direcionado para o seu problema, é o suficiente.
A fisioterapia permite melhorar o controle da musculatura e os sintomas, promovendo um enorme avanço na qualidade de vida. É importante que os homens conversem com seu médico sobre a possibilidade de tratamento com fisioterapia, para avaliar qual o melhor tratamento para o seu caso específico.
Esperamos ter esclarecido sobre a importância da fisioterapia para problemas reprodutivos e dor pélvica masculina! Quer ler mais conteúdos sobre tratamentos reprodutivos para homens? Então acompanhe o blog da Fecondare e fique de olho em todas as nossas publicações.