Publicado em 31/10/2013

Mulheres que sofrem mais também abortam mais?

mulheres-que-sofrem-mais-tambem-abortam-mais

Mulheres-que-sofrem-mais-também-abortam-mais extremamente difícil se colocar no lugar de uma mulher que sofreu um aborto. A sensação de perda, às vezes de fracasso, o vazio e a decepção de um sonho que não se realiza é algo que podemos somente imaginar. Para essas mulheres, o apoio de amigos e familiares é essencial para que supere esse evento e possa seguir em frente.

É comum que recorra ao apoio psicológico de profissionais, que lhe ajudam a desenvolver ferramentas para lidar com a frustração e a decepção que possa estar sentindo. E essa reação da mulher, ou o efeito que o aborto tem sobre ela, é tão esperada que constantemente são realizados estudos com pacientes que tiveram essa história para que profissionais de saúde possam desenvolver suas próprias ferramentas para ajudá-las a amenizar seu sofrimento ou, de alguma, forma preveni-lo.

Sabendo que o sofrimento se segue naturalmente a esse acontecimento, uma dúvida ficou em meio a esses estudos: será que mulheres que sofrem mais também abortam mais? Pesquisadores holandeses tentaram responder a essa pergunta.

Foi observado que, comparado com mulheres que não tinham passado por isso, aquelas que abortaram apresentavam maiores chances de terem tido problemas psiquiátricos no passado.*

Por mais curioso que isso possa parecer, uma explicação sugerida foi a de que mulheres que convivem com o sofrimento mental podem se expor a situações de risco com maior frequência e essa exposição poderia levá-las a uma gravidez “não intencional”. É mais comum também que elas não aceitem levar a gravidez adiante, sendo ou não intencional, por sentirem-se muitas vezes incapazes ou não merecedoras da maternidade, já que a angústia é com frequência acompanhada de baixa autoestima.

O sofrimento mental é muito comum e muito pouco diagnosticado, isto é, muitas vezes passa despercebido pelas pessoas com quem se convive e até pelos profissionais de saúde. É preciso estar atento a isso e oferecer ferramentas para a paciente que possam lhe trazer autoconfiança e segurança para tomar decisões no dia a dia.

No entanto, ressalta Dr. Jean Louis Maillard, ginecologista da Fecondare (CRM-SC 9987 , CRM-RS 13107 e RQE 5605),que nada neste sentido está comprovado e os estudos não concluem de forma evidente que as que tenham maior sofrimento abortem mais. Pode ser que elas tenham mais estresse com maior descarga adrenérgica e essa está muito bem relacionada com aumento da atividade do musculo uterino.

*van Ditzhuijzen J, et al.,
Psychiatric history of women who have had an abortion, Journal of Psychiatric
Research (2013),https://dx.doi.org/10.1016/j.jpsychires.2013.07.024
www.elsevier.com/locate/psychires

Inscreva-se em nossa newsletter.

Receba mais informações sobre cuidados para a saúde em seu e-mail.

Publicado por: Equipe Fecondare

Filtre por temas:

Filtre pelo formato de conteúdo

Assine nossa newsletter!

    Assine nossa newsletter!

      (48) 3024-2523

      Rua Menino Deus, 63 Sala 302. Baía Sul Medical Center - Centro CEP: 88020-203 – Florianópolis – SC

      Diretor técnico médico: Dr Jean Louis Maillard - CRM-SC 9987 RQE 5605

      LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais A Clínica Fecondare trata com seriedade, confidencialidade e integridade todos os dados pessoais que se encontram sob a sua responsabilidade. Aqui cuidamos não apenas da sua saúde, mas também do sigilo das informações dos pacientes, colaboradores, médicos, prestadores de serviço e fornecedores. Requisições relacionadas à Lei Geral de Dados Pessoais (LGPD)? Entre em contato com a Clínica Fecondare. E-mail: contato@fecondare.com.br

      Termos e Serviços
      Política de privacidade
      <
      2024 © Clínica Fecondare - Todos os direito Reservados
      Desenvolvido por esaude