Será que é permitido ter relação sexual durante o tratamento para infertilidade? Pois essa é uma dúvida que percorre a curiosidade dos casais que procuram alternativas para engravidar, sendo até mesmo bastante recorrente nos consultórios de clínicas de reprodução assistida.
Mas o que será que os especialistas dizem sobre o ato sexual durante os principais procedimentos para tratar infertilidade?
Relação sexual e tratamento para infertilidade: é permitido?
Primeiramente, é muito importante que ao observar a dificuldade para engravidar, o casal procure ajuda de uma clínica de confiança para realizar procedimentos para tratar a infertilidade. Logo após o encontro com o especialista, é fundamental que o casal tire todas as dúvidas a respeito do processo do tratamento.
Durante esse processo da consulta, uma das dúvidas mais frequentes que surgem é sobre a possibilidade de continuar tendo relações sexuais durante o tratamento. Como
Os especialistas em reprodução humana alertam que para cada procedimento, haverá alguma indicação específica quanto à prática sexual, para que isso não afete a concepção do bebê.
Em alguns dos procedimentos, o sexo é permitido e até indicado, enquanto em outros, a prática sexual dependerá da percepção do especialista e da reação do casal ao tratamento. Vejamos a seguir:
Coito programado
A indução da ovulação com o coito programado é um dos procedimentos mais indicados para as mulheres que têm problemas de ovulação, como a síndrome do ovário policístico (SOP) e outros problemas de anovulação.
Assim sendo, esse procedimento é capaz de estimular a formação de um óvulo para ser fecundado e, consequentemente, gerar um embrião.
Por isso, durante esse procedimento, o ato sexual não é só permitido como se torna necessário para que haja a concepção.
O especialista acompanhante do caso irá verificar o período mais eficaz para que o casal mantenha relações sexuais, mediante a aplicação do medicamento estimulante da ovulação.
Um número adequado é de, aproximadamente, três relações sexuais em um intervalo de 36 horas.
Inseminação artificial e Fertilização in vitro (FIV)
Para homens e mulheres que optaram por tentar engravidar por intermédio da inseminação artificial ou dafertilização in vitro, é importante orientar que alguns momentos podem ser mais delicados e menos propícios à interação do casal.
Em ambos os procedimentos, há a necessidade de realizar a indução da ovulação para que mais de um óvulo esteja pronto para ser fecundado, em um mesmo ciclo.
Assim sendo, também será possível aumentar a produção de óvulos a partir do uso de determinados medicamentos. As mulheres que estão se preparando para a realização dainseminação artificial, por exemplo, utilizam, diariamente, uma certa dose de hormônio folículo-estimulante (FSH) e/ou hormônio luteinizante (LH),além de uma injeção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) para induzir a maturação dos óvulos.
Por isso, a utilização desses medicamentos podem aumentar o tamanho dos ovários, o que tende a ocasionar considerável desconforto para a mulher no decorrer da relação sexual. Dessa forma, nesses casos, a prática de relações sexuais não será aconselhada, embora seja necessário que cada paciente converse com o seu médico de maneira detalhada.
Transferência de embriões
Quando houver transferência de embriões, os especialistas indicam vida sexual rotineira. Caso haja sangramentos por algum motivo, a ausência da prática deverá ser suspensa.
Atenção à ejaculação
Outro fator importante de cuidado aos homens é em relação à ejaculação, durante os tratamentos para infertilidade.
Por isso, há que considerar que aos homens devem evitar a prática de sexo, antes de ser efetuada a coleta dos espermatozoides utilizada para o procedimento de fertilização.
Isso acontece pois a medida é destinada a preservar a qualidade dos gametas masculinos para tornar maiores as chances de fecundação do óvulo. Em geral, pode ser indicado ao homem permanecer até cinco dias sem ejacular.
Essa abstinência é capaz de garantir uma quantidade significativa de volume seminal, assim como uma melhor motilidade do esperma.
Entretanto, é importante manter o meio termo do período estabelecido pelo especialista já que períodos muito longos podem resultar em espermatozoides imóveis e períodos muito curtos podem comprometer o volume e a quantidade para os espermatozoides serem eficazes na FIV.
Há risco ter relação sexual durante o tratamento para infertilidade?
É importante que não haja dúvida: não é que a relação sexual durante o tratamento para infertilidade seja um risco. O que acontece é que, muitas vezes, o ato sexual pode não ser a melhor opção para o momento que o casal vive.
Além disso, também existe uma chance de que o sexo provoque um efeito contrário do que é esperado pelo tratamento para infertilidade. Por exemplo, no caso da fertilização in vitro, o relacionamento sexual entre os parceiros, durante o processo de estimulação ovariana, pode dar origem a uma gestação de múltiplos, se houver ovulação precoce.
Dessa mesma maneira, uma série de outros problemas podem surgir se essa condição estabelecida pelo especialista for ignorada. Assim sendo, é muito importante estar atento às suas recomendações. Seja curioso: tire todas as suas dúvidas durante a consulta e contribua para a obtenção de bons resultados.
Converse com seu médico
Como vimos, entre outros problemas, a prática de sexo é algo muito delicado durante o tratamento para infertilidade.
Por isso, o mais indicado é que o casal converse com o médico que esteja acompanhando o caso. Apenas um especialista de confiança poderá avaliar cada situação separadamente e orientar a melhor maneira de agir nessa situação.
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